DÚVIDAS SOBRE COLELITÍASE - PEDRA NA VESÍCULA BILIAR


Publicado por Dr. Nemer Hajar

Colelitíase ou pedra na vesícula é a presença de cálculos na vesícula biliar.
Esses cristais ou cálculos podem ocorrer em diversas porções do trato biliar, como o ducto colédoco (causando Coledocolitíase) e a vesícula biliar. Os cristais podem obstruir o trato biliar, causando icterícia, e o ducto pancreático, levando à pancreatite. A colelitíase se trata especificamente da formação desses cristais na vesícula biliar.
A vesícula biliar tem o formato de pêra, com tamanho aproximado de 10 cm. Está localizada perto do fígado e tem como função o armazenamento da bile. A bile é produzida pelo fígado e é levada até a vesícula biliar para ser armazenada e eliminada na presença do alimento, principalmente rico em gorduras.
A doença afeta cerca de 20% da população mundial e é cercada de muitos mitos. Para esclarecer as principais dúvidas sobre a questão, imagemro.com conversou com a médica cirurgião Nathália Tabalipa da Silva que atende na Clinica Gastro Cirúrgica.
AS PEDRAS SÃO SEMPRE IGUAIS? Há diferentes tipos e tamanhos de pedras (cálculos). Os Cálculos são formados do aumento na concentração de gordura (90%), e ou sais biliares na bile. A razão da formação dos cálculos ainda não é bem conhecida.
AS PEDRAS PODEM SE DISSOLVER TOTALMENTE? Os medicamentos ajudam a dissolver a solução dentro da vesícula, no entanto, leva de seis meses a um ano, é caro e nem sempre resolve o caso. Não existe nenhuma solução capaz de dissolver os cálculos. Diante disso a remoção cirúrgica da vesícula, ou colecistectomia, é o tratamento eficaz.
TODOS TEMOS O MESMO RISCO DE TER PEDRAS? O risco aumenta com a idade, obesidade, mulheres com múltiplas gestações e que fazem uso de anticoncepcional. Mulheres entre 20 e 60 anos tem 3x mais chance que a população masculina.
A CIRURGIA DE VESÍCULA RETIRA SOMENTE AS PEDRAS E PODE SER FEITA A LASER? A colecistectomia consiste na retira de toda a vesícula biliar. Realizada da forma convencional por uma incisão abdome ou videolaparoscopia com minincisões e auxilio de um sistema de vídeo e não laser.
AS PESSOAS ENGORDAM APÓS A CIRURGIA? Não há fundamento científico, é boato.
O FATO DE RETIRAR A VESÍCULA AFETA O FUNCIONAMENTO DO FÍGADO OU INTESTINO? Não afeta de modo algum, alguns pacientes podem apresentar aumento nas evacuações no primeiro mês.
O alerta é que a prorrogação do tratamento cirúrgico só aumenta o risco de desenvolver colecistite (inflamação da vesícula), coledocolitiase, pancreatite, e também complicações cirúrgicas, que vão desde dor, infecção na ferida, sangramento, deiscência (soltura) dos pontos, lesão hepática, lesão intestino, icterícia (amarelão), lesão colédoco, infecção generalizada, e óbito.
Fonte: Imagemro.com

Retratação da Internet Em casos de doença séria ou emergência médica procure assistência imediatamente. As informações fornecidas neste website, tem por objetivo, apenas fornecer informações gerais para leitura. Ele NÃO substitui o exame, diagnóstico e atendimento médico provido por um profissional qualificado. Nenhum conteúdo deste site pode ser utilizado para diagnóstico ou tratamento de um problema de saúde.

Para considerações médicas, incluindo decisões sobre medicações e outros tratamentos, você deve realizar uma consulta com o profissional de saúde qualificado. As informações de saúde ou qualquer resposta interativa originária deste site não podem ser interpretadas como informações de um profissional médico. Você deve buscar dados em outros sites, principalmente os vinculados a sociedades e entidades médicas para confirmar as informações que disponibilizamos neste site.

Se você desconfia que está com qualquer problema de saúde, por favor entre em contato com um médico ou hospital, imediatamente, para correta avaliaçã

Dieta da Hérnia de Hiato


Publicado por Dr. Nemer Hajar

A hérnia de hiato, também conhecida como hérnia hiatal, acontece quando parte do seu estômago incha através do seu diafragma no seu hiato, que é por onde passa o esôfago. Isso acontece quando os músculos e tecidos do seu hiato estão fracos. Viver com hérnia hiatal pode ser difícil porque constantemente se experimentam queimações -- aquela sensação desconfortável de queimação abaixo do osso do peito. Seguir uma dieta para refrear essa condição tornará sua vida mais fácil.

Comidas a se evitar

Várias comidas diferentes agravarão sua queimação. Suco de laranja, limonada, suco de tomate, suco de toranja e o arando devem ser evitados. Batata e cebola frita também deve ser evitados, assim como a carne moída, nuggets de frango ou qualquer comida frita. Os produtos lácteos a serem evitados são o sorvete, creme de leite azedo, milk shakes e requeijão. Evite macarrão e queijo, espaguete com molho vermelho e salada. Licor, vinho, café e chá também agravarão sua hérnia hiatal. Chocolate, rosquinhas, salgadinhos de milho e salgadinhos de batatas também estão na lista.

Comidas seguras

Você pode estar se perguntando o que sobrou. Maçãs e bananas não agravarão sua hérnia hiatal. Batatas assadas, brócolis, repolho, cenoura, feijão verde e ervilhas são seguros para comer, assim como carne moída magra, bifes magros, frango ou peito de peru, clara de ovo ou substitutos de ovos e peixe. Queijo, desde que seja baixo em gordura, é bom para sua dieta. Pão, farelo de cereal, pão de milho, aveia e arroz são alimentos excelentes para a sua dieta. Para beber, a água mineral não perturbará sua hérnia hiatal.

Boas dicas

Não coma demais. Isso alargará seu estômago e relaxará sua válvula esofágica. Não coma rápido demais e mastigue completamente sua comida, senão seu estômago terá que produzir mais ácido para descompor o alimento. Tome um copo d'água 30 minutos antes de sua refeição. Isso ajudará o processo digestivo e reduzirá a queimação. Faça cinco refeições por dia, ao invés de duas ou três. Longas refeições aumentam seu estômago e fazem com que ele produza mais ácido, algo que você quer evitar. Faça sua última refeição do dia três horas antes de ir dormir. Até lá, a maioria da comida ingerida já estará no intestino e não estará mais causando refluxo ácido.
Fonte:  http://www.ehow.com.br

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Cirurgia de Vesícula Biliar Videolaparoscópica

Colecistectomia Video from Nemer on Vimeo.

Dieta Rica em Gordura e Carboidratos Eleva Risco de Pedras na Vesícula

Uma forte dor no estômago surge de repente. Quando se torna mais aguda, é sentida também na região das últimas
costelas à direita. O desconforto diminui e aumenta de intensidade, como uma cólica, e acaba irradiando-se pelo abdome superior e pelas costas. Em seguida, dependendo da gravidade do caso, o paciente pode sentir até enjoos e vômitos.
Esse cenário de dor e desconforto pode ser indicativo de várias doenças que possuem sintomas semelhantes, daí a necessidade de buscar auxílio de um médico clínico tão logo surjam os primeiros sintomas. Na lista de patologias estão desde o cálculo renal (que provoca dores terríveis, segundo relato de médicos e pacientes) até mesmo os prosaicos gases, que incomodam quem convive com o problema.
As dores relatadas no início da matéria podem ser provocadas também pelos chamados cálculos biliares ou, como prefere a população, por “pedras” na vesícula. A função da vesícula biliar é armazenar a bile produzida pelo fígado e lançá-la quando a comida contendo gordura entra no trato digestivo. Já o cálculo biliar é formado por cristais agrupados na vesícula, que podem ser pequenos como um grão de areia ou grandes como uma bola de gude.
A literatura médica constata que entre 10% e 20% das pessoas com idade entre 35 e 65 anos têm cálculos na vesícula. “A doença afeta mais as mulheres em idade fértil. Algumas das possíveis causas são o descontrole hormonal, a obesidade, o efeito sanfona (processo constante de ganho e perda de peso), a idade e a presença de diabetes", explica o cirurgião Robério Melo, coordenador de Cirurgia da Urgência 24 horas . “Ainda assim, qualquer pessoa sem este perfil pode vir a ter o problema”, acrescentou.
A bile produzida no fígado é uma mistura de várias substâncias, entre elas o colesterol, que é responsável por cerca de 75% dos casos de formação de cálculos. Por isso, o excesso de gordura na alimentação pode afetar à vesícula.
Os cálculos (cristais) que se formam na vesícula biliar podem não causar sintomas num primeiro momento mas, quando ficam presos no duto biliar e bloqueiam o fluxo da bile para o intestino, as dores são inevitáveis. Essa obstrução provoca a cólica biliar, que se caracteriza por dor intensa no lado direito superior do abdome, nas costas e até mesmo na região entre as omoplatas.
“A crise de cólica persiste enquanto a pedra permanecer no duto. No entanto, é comum voltarem à vesícula ou serem empurradas para o intestino. Quando isso ocorre, a crise dolorosa diminui”, esclarece Robério Melo. “A dor normalmente aparece meia hora após uma refeição, atinge um pico de intensidade e depois diminui, podendo ou não haver febre, náuseas e vômitos”, alerta.
Muitos fatores podem alterar a composição da bile e acionar o gatilho de formação dos cálculos na vesícula. Alguns desses fatores são dieta rica em gorduras e carboidratos e pobre em fibras; vida sedentária, que eleva o LDL (mau colesterol) e diminui o HDL (bom colesterol); diabetes; obesidade; hipertensão (pressão alta); tabagismo (fumo); uso prolongado de anticoncepcionais; predisposição genética; e elevação do nível de estrogênio, o que explica a incidência maior de cálculos biliares em mulheres. “É importante discutir com o médico a conveniência de tomar pílulas anticoncepcionais ou fazer reposição hormonal”, orienta Robério Melo. O tratamento adequado é a cirurgia por videolaparoscopia, que requer um dia de internação hospitalar. Outras opções são o uso de ondas de choque e medicamentos, porém sem resultados promissores.
Fonte: Ascom Santa Casa

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Como Prevenir Doenças da Vesícula Biliar


Dez a 20% dos adultos com mais de 40 anos têm cálculos biliares, qualquer muitos têm sem sintomas. Grandes quantidades de gordura faz a vesícula trabalhar mais e podem resultar na formação de cálculos biliares.


Instruções

  1. Coma uma dieta de baixo teor de gordura, baixo colesterol. Quando você come uma grande quantidade de gordura, a bile se torna supersaturada com colesterol. A bile pode se transformar em pedras e agir como um irritante, produzindo inflamação na vesícula biliar.
  2. Escolha monoinsaturada gorduras como canola e azeites, quando você come gordura. Eles quebram mais facilmente.
  3. Perde peso se você está com sobrepeso. Excesso de peso resulta em maiores flutuações de açúcar no sangue e níveis de insulina. Isto pode predispor uma pessoa para o desenvolvimento de cálculos biliares.
  4. Limite de açúcares refinados. Eles causam flutuações de açúcar no sangue e níveis de insulina, que podem conduzir a cálculos de vesícula biliar.
  5. Exercício. Um estudo mostrou que homens que exerceu por via aeróbia 30 minutos por dia, cinco dias por semana, tiveram um risco 34% reduzido de cálculos biliares.
  6. Evite jejuns ou dietas de ultra baixa caloria. Rápida perda de peso diminui o fluxo de bile, causando um aumento do risco de cálculos biliares desenvolvendo.
  7. Considere o café. Em um estudo de homens que beberam mais de quatro xícaras de café por dia, foi reduzida a incidência de colelitíase.
  8. Converse com seu médico sobre contraceptivos orais ou terapia de reposição de estrogênio, se você estiver tomando qualquer um. Pela adição de estrógeno para seu sistema, você pode ser levemente superestimulado a eliminação da bile do seu sistema.

Dicas & Advertências

Os diuréticos tiazídicos foi mostrado para aumentar ligeiramente o risco de cálculos biliares.
Pequenas quantidades de álcool tem mostrado para reduzir o risco de desenvolvimento de colelitíase em mulheres em 20 por cento.
Coma muita fibra, o que auxilia a digestão e o metabolismo das gorduras.
Se você tiver quaisquer perguntas ou dúvidas, entre em contato com um médico ou outro profissional de saúde antes de se envolver em qualquer atividade relacionada à saúde e dieta. Esta informação destina-se não como um substituto para aconselhamento médico profissional ou tratamento.
FONTE:  http://www.fuguitang.com/como-prevenir-doencas-da-vesicula-biliar.html

Retratação da Internet
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CISTO PILONIDAL - Causas e Cirurgia

O cisto pilonidal, também chamado de abscesso pilonidal, é uma lesão que ocorre habitualmente na parte superior da prega que divide as nádegas, logo acima do ânus. O cisto pilonidal é uma doença muito comum, que não costuma provocar maiores complicações, apesar de ser muito desconfortável e ter tratamento difícil em alguns casos.

Neste artigo vamos abordar os seguintes pontos sobre o cisto pilonidal:

  • O que é um cisto pilonidal.
  • Causas do cisto pilonidal.
  • Sintomas do cisto pilonidal.
  • Tratamento e cirurgia para o cisto pilonidal.

O que é um cisto pilonidal


Um cisto é uma um saco fechado, formado por uma membrana, e com algum conteúdo no seu interior. A maioria dos cistos que surgem em nosso corpo contém líquido, como é o caso do cisto renal (leia: CISTO RENAL SIMPLES). Se no interior do cisto houver pus, ele passa a ser chamado de abscesso. O termo pilonidal significa "ninho de pelos". O cisto pilonidal recebeu este nome porque é muito frequente encontrarmos cabelo dentro do cisto.

Os cistos pilonidais se formam preferencialmente na parte superior da prega que divide as nádegas, 4 a 5 cm acima do ânus, na região do cóccix, mas pode também aparecer em outros locais, como ao redor do umbigo, axilas ou couro cabeludo. 

O cisto pilonidal é uma doença que ocorre predominantemente em homens jovens, entre os 15 e 25 anos de idade. Homens acima de 40 anos raramente desenvolvem esta doença. 

Causas o cisto pilonidal


A origem do cisto pilonidal ainda não está totalmente esclarecida. Quando a doença foi descrita pela primeira vez, no início do século XIX, pensava-se que sua origem era uma má formação, que provocava a permanência de tecidos embriológicos na região subcutânea. Porém, um grande aumento da incidência da doença em soldados durante a Segunda Guerra Mundial levou a comunidade científica a repensar suas origens. Só no exército americano, mais de 80 mil soldados apresentaram casos de cisto pilonidal durante as batalhas. Se era uma doença congênita, como poderiam tantos soldados desenvolvê-la em tão curto espaço de tempo?

Atualmente, considera-se o cisto pilonidal uma doença que se adquire durante a vida. O mecanismo atualmente proposto seria a penetração de pelos para dentro da pele. Estes pelos se acumulam no tecido subcutâneo e provocam uma reação inflamatória, que leva a formação dos cistos. Em alguns casos, o pelo entra na pele e forma um pequeno canal subcutâneo antes de dar origem ao cisto.

Os cistos pilonidais costumam apresentar pelos, mas não conseguimos encontrar um folículo piloso, o que mostra que o cabelo não nasceu neste local, mas sim, foi empurrado até lá.

Abscesso pilonidal

Se junto com o pelo também houver invasão de bactérias, o cisto pode se infectar, formando pus. Como já explicamos, um cisto infectado dá origem a um abscesso.

O cisto pilonidal ocorre mais frequentemente em jovens, que costumam apresentar folículos pilosos mais amplos, facilitando a penetração do pelo para dentro da pele. Outros fatores de risco importantes são traumas na região do cóccix, atividades profissionais ou esportes que requerem muito tempo sentado, obesidade, excesso de pelos na região do cóccix ou ter uma prega das nádegas profunda. No caso da Segunda Guerra Mundial, a origem de tantos cistos pilonidais parece ter sido o tempo excessivo gasto em Jeeps, que mantinha os soldados sentados por muito tempo e ainda provocava pequenos traumatismos na região do cóccix devido ao instável terreno que os veículos
andavam.

Sintomas do cisto pilonidal


O cisto pilonidal pode se apresentar de maneiras diferentes. Há casos de pequenos cistos que não se infectam e, portanto, permanecem assintomáticos por muito tempo. Há cistos que inflamam e formam uma espécie nódulo avermelhado, quente e doloroso por baixo da pele. Os cistos pilonidais podem criar um ou mais canais, podendo fistulizar para pele (formar canais com orifícios de saída na pele). Se o cisto estiver infectado, o pus do abscesso pode escoar por estes canais e drenar pela pele.


Fotos de cisto pilonidal
Os cistos inflamados podem apresentam dor e impedir o paciente sentar. Febre não é comum e o paciente não costuma ter outras queixas além da lesão inflamada.

Metade dos paciente tem uma doença aguda, com rápida formação de abscesso, enquanto a outra metade apresenta uma forma mais crônica, com fistulização e drenagem persistente de material purulento pelo orifício.

Há relatos de que as formas crônicas, se negligenciadas, podem, após alguns anos, dar origem a um carcinoma de células escamosas, que é uma forma de câncer de pele (leia: O QUE É UM CARCINOMA?). Esta complicação, todavia, é rara.

Tratamento e cirurgia para o cisto pilonidal


O tratamento do cisto pilonidal é cirúrgico. Antibióticos ou medicamentos não resolvem o problema de forma definitiva. Inicialmente, uma pequena incisão da pele sob anestesia local é suficiente para drenar o conteúdo do cisto (leia: TIPOS DE ANESTESIA). Este procedimento é simples e pode ser feito ambulatorialmente, fora de ambiente hospitalar. O tempo de recuperação total deste procedimento pode chegar a 5 semanas. O problema é alta taxa de recorrência.

Se o cisto retornar após a drenagem, uma cirurgia mais extensa pode ser necessária para a remoção completa do mesmo. Nestes casos, o tempo de recuperação é bem mais prolongado, chegando a três meses.

A forma cirúrgica mais efetiva é também a de pior recuperação. O cirurgião pode abrir a pele, retirar o cisto e deixar a ferida aberta, sem dar pontos, para que ela cicatrize de forma natural (técnica chamada cicatrização por 2ª intenção). Esta técnica tem baixa taxa de recorrência, mas necessita de muitos cuidados com o curativo da ferida para evitar infecções do local enquanto ela ainda não estiver totalmente cicatrizada.

Leia o texto original no site MD.Saúde: CISTO PILONIDAL | Causas e cirurgia http://www.mdsaude.com/2013/02/cisto-pilonidal.html#ixzz2PVbYED4S

Autor do artigo - Dr. Pedro Pinheiro 

Hérnia de Hiato é um problema recorrente, mas pouco conhecido


Pesquisas mostram que incidência deste distúrbio aumentou na última década.

Hérnia de Hiato é um dos problemas mais frequentes registrados nos consultórios de médicos clínicos e de gastroenterologistas. Esta doença é caracterizada por uma fragilidade do óstio diafragmático. Ela divide o abdome do tórax, causando o alargamento deste espaço e a herniação de parte da câmara gástrica para o tórax do paciente. 


Além da idade, outros fatores podem contribuir para o desenvolvimento da doença: Excesso de peso; distúrbios e erros alimentares, como se alimentar com grandes quantidades antes de se deitar; ingestão de líquido em excesso durante as alimentações; traumas abdominais; problemas genéticos e prática de esportes que forcem a musculatura abdominal, como musculação e halterofilismo. 

Na maioria das vezes, a Hérnia de Hiato é pouco sintomática ou mesmo negligenciada pela população, por isso, é preciso estar atento aos principais sintomas:Azia, eructação (liberação de gases), regurgitação de alimentos, sinais relacionados com má digestão, desgaste anormal do esmalte dentário, halitose (mau cheiro na boca), disfonia de predomínio matutino (rouquidão), pigarro, distensão abdominal e dor precordial (à frente do coração). Geralmente estes sintomas são exacerbados após a ingestão de alimentos ou jejum prolongado. Em casos de hérnia muito grande, os sintomas podem ser parecidos com os das doenças cardíacas e pulmonares. Além disso, também podem ocorrer sintomas de compressão de estruturas torácicas, como tosse, pigarro e falta de ar. 

"Medidas como perda de peso, atividade física, elevação da cabeceira da cama são recomendadas para a prevenção e tratamento da Hérnia de Hiato"
O seu diagnóstico é basicamente clínico. Ao deixar seu médico a par de informações baseadas em sinais e sintomas, hábitos alimentares, histórico de atividade física e padrão de sono e vigília, ele poderá formular uma hipótese diagnóstica de Hérnia de Hiato que poderá ser confirmada com exames auxiliares como Endoscopia Digestiva Alta, Manometria e Phmetria Esofágica. 


A Endoscopia Digestiva Alta é um exame realizado por um médico especialista com um equipamento chamado de endoscópico flexível, que possui uma micro-câmera na extremidade. O procedimento é realizado com o paciente sedado e deitado, durante o processo o aparelho é introduzido pela boca, com progressão lenta e cuidadosa pelo esôfago, transição esofagogástrica, estômago e duodeno. Este exame possibilita o diagnóstico e mensuração da patologia, bem como a identificação ou não de patologias associadas a Hérnia de Hiato, Esofagite, Úlceras, Pólipos, Esôfago de Barrett e Neoplasias (câncer). Outros exames como Manometria e Phmetria Esofágica dão ênfase a motilidade do órgão e sua função valvular. 
Geralmente, o tratamento é clínico e baseia-se na mudança de hábitos alimentares, como uma dieta regrada, evitando o consumo de grande quantidade de alimentos de uma vez só, principalmente nos períodos noturnos. Também é importante evitar o consumo de bebidas alcoólicas, refrigerantes, chocolates, café, chá preto, produtos lácteos, massas de tomate e alimentos gordurosos, cítricos, ácidos ou fermentativos, que possam irritar a mucosa gástrica e agravar os sintomas.


Algumas medidas como perda de peso, atividade física, elevação da cabeceira da cama são recomendadas para a prevenção e tratamento da Hérnia de Hiato. 

Apresentando sinais e sintomas de refluxo gastroesofágico, o tratamento deve incluir antiácidos, onde podem ser associados medicamentos ditos pró-cinéticos, que auxiliam no esvaziamento gástrico e diminuem a sensação de barriga cheia. 

A cirurgia nos casos de Hérnia de Hiato é indicada quando existir falha no tratamento clínico medicamentoso ou quando constatada alguma complicação como sangramentos, Úlcera e Estenose (estreitamento) Esofágica ou Esôfago de Barrett. 


A intervenção cirúrgica é realizada geralmente pela técnica de videolaparoscopia e consiste na correção da hérnia com sutura na porção do diafragma ou da incontinência do esfíncter inferior do esôfago por meio da confecção de uma válvula antirrefluxo com o fundo gástrico que envolve total ou parcialmente o esôfago. 

FonteLuiz Eduardo Rossi Campedelli - http://www.minhavida.com.br
Retratação na Internet

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Vesícula Biliar

Publicado pelo Dr. Nemer Hajar
Tudo que se segue tem por objetivo fazer com que você entenda os sintomas da doença produzida pela vesícula, os sintomas, as causas mais comuns e as opções de tratamento.

Identificando se o seu problema é  de vesícula:

Você já teve dor no seu abdômen de grande intensidade, talvez acompanhada de náuseas (enjoô) e/ou vômitos? Estes sintomas normalmente acontecem após as refeições ? Esta pode ser a sua primeira crise de vesícula. Sintomas deste tipo podem significar que você tenha pedras na vesícula. Procure seu médico para alívio da sua dor.

Quem desenvolve problemas de vesícula?

Não sabe-se ainda ao certo porque certas pessoas apresentam problemas na vesícula. Alguns estudos comprovam que estão relacionada a alterações do metabolismo do colesterol, outros de que o problema ocorre por infecções da vesícula.Algumas pessoas apresentam mais problemas na vesícula do que outras; são elas:

- Mulheres acima de 40 anos.

- Mulheres que ficaram grávidas. A cada gravidez aumenta a chance de se desenvolve pedras na vesícula.

- Homens e mulheres que se encontram acima do peso. (Perder peso muito rápido também aumenta o risco).

- Pessoas que ingerem grande quantidade de enlatados, gordura animal e frituras.

- Pessoas com algum familiar próximo que tem/teve problemas de vesícula.

Até  começar a ter problemas na vesícula, provavelmente você nunca deu muita atenção a ela. Sua vesícula armazena bile, líquido produzido pelo fígado (FIGURA 1 FOTO A ANATOMIA DA VESÍCULA).


Figura 1: Anatomia da vesícula

A bile atua como um “detergente” dissolvendo as gorduras e certos alimentos ajudando  no processo digestivo. Quando o alimento chega ao seu estômago, um estímulo é produzido para que a vesícula se contraia e libere lentamente a bile para o intestino. Se sua vesícula estiver com pedras (cálculos), elas podem bloquear a saída da bile. O resultado será dor, havendo possibilidade até de se desenvolver sérios problemas (FIGURA 2).


Figura 2: Pedras na vesicula produzindo dor.

Como é uma vesícula normal?

Sua vesícula é um pequeno órgão que tem o aspecto de uma bola de encher. Está localizada abaixo do fígado, no alto à direita de seu abdômen (FIG 1. FOTO ANATOMIA). Basicamente a vesícula armazena a bile que vem do fígado. Quando você se alimenta, principalmente de alimentos gordurosos, a vesícula é contraída e elimina a bile por pequenos canais até o intestino. A bile então irá ajudar na digestão.

Como a bile ajuda na digestão?  

O seu fígado é que produz a bile. Ele a envia para outras partes do sistema digestivo através de um pequeno canal que comunica o fígado à primeira porção do intestino, denominado colédoco. Entre o fígado e o intestino este canal se comunica com a vesícula. A maior parte da bile vai para o intestino. Apenas parte dela é que vai para vesícula.

Sua vesícula armazena uma pequena quantidade de bile até ser solicitada para ajudar na digestão. A bile tanto entra quanto saí da vesícula através de um pequeno canal denominado ducto cístico.

O seu estômago e duodeno "avisam" sua vesícula para se contrair e eliminar a bile quando você ingere alimentos, principalmente, gordurosos. A bile então se mistura com os alimentos no duodeno. Seu pâncreas adiciona também seus sucos digestivos e o processo digestivo continua no intestino.

Pedras ou cálculos da vesícula: o problema mais comum da vesícula. 

A vesícula contém no seu interior, a bíle que é composta por uma série de componentes químicos, tais como água, colesterol, bilirrubinato etc., normalmente, balanceados. Eles podem ficar em desequilíbrio e se tornarem sólidos (como um sedimento no fundo de um copo), formando as chamadas pedras ou cálculos (Figura 2). Existem basicamente dois tamanhos de “pedras”: Os pequenos ou microcálculos e os cálculos grandes. Os microcalculos normalmente são mais “perigosos” porque podem sair da vesícula e, consequentemente, entupirem o sistema de drenagem da bile e isto pode ocorrer tanto na saída da vesícula e levará à distensão da vesícula e dor, como poderá seguir pelo canal que leva a bile para o intestino e obstruir a porção final deste canal. Neste caso, as consequências podem ser ainda piores, pois o canal que drena os líquidos produzidos no pâncreas, também desenboca nesta mesma região, portanto se o microcálculo obstruir esta saída tanto o pâncrea quanto a vesícula e o fígado não poderam drenar a bile e os líquidos do pâncreas para o intestino e consequentemente poderá ocorrer infecção na bile e no pâncreas causando a pancreatite, que pode ser leve ou muito grave. O tratamento mais utilizado em todo mundo para calculos na vesícula é o da retirada da vesícula por vídeolaparoscopia, denominada colecistectomia.

O Diagnóstico:

Normalmente, o médico ao perceber sintomas que sugiram problemas na vesícula solicita uma ultrassonografia do abdomen. Através deste exame, ele consegue visualizar a vesícula e na, maior parte das vezes determinar ou não a presença de pedras na vesícula (FIGURA 3 ULTRASSON).

Figura 3: Ultrassonografia visualizando a vesícula com pedra.

O diagnóstico e tratamento precoce dos cálculos da vesícula são as melhores opções para uma resolução com sucesso, sem consequências graves. Portanto, sempre procure um médico para se manter saudável.

O que é Colecistectomia videolaparoscópica:

A retirada da vesícula é denominada Colecistectomia. Esta retirada pode ser feita pelo método convencional ou seja por cirurgia que realiza uma incisão (corte) no abdomen (COLOCAR FOTO cirurgia aberta) ou cirurgia vídeolaparoscópica.

Figura 4: Foto cirurgia convencional/aberta.


Figura 5: Cirurgia Laparoscópica. Observe que o cirurgião opera, olhando em um monitor, as imagens internas da cirurgia.

No entanto, o acesso mais utilizado em todo o mundo para a retirada da vesícula é através da chamada Vídeolaparoscopia. Este acesso, diferentemente, das cirurgias abertas ou com incisões grandes no abdomen, utiliza pequenas incisões e, através delas, é insuflado na cavidade abdominal CO2 por uma agulha (Figura da Insuflação e Figura do Pneumo).

Figura 6: Insuflação do Abdomen.


Figura 7: Foto externa da insuflação  do abdomen( denominada Pneumoperitoneo). Observe que através de uma fina agulha injetamos ar(CO2) para criarmos um espaço “dentro” do abdomen.

Logo após que é criado, com o ar, espaço para visualizarmos com segurança os orgãos internos, são colocados alguns pequenos tubos, denominados trocarters e através destes é colocado uma microcâmera de altíssima resolução e pinças (Figura 8).


Figura 8: Retirada da vesícula por vídeolaparoscopia. Observe a camera com a luz e as pinças para retirada da vesícula(em verde).

Através de um monitor, o cirurgião acompanha todas as etapas da cirurgia até a retirada da vesícula (Figura 9).


Figura 9: Aspecto do cirurgião operando, observando o monitor.


Figura 10: Figura da retirada da vesícula

As vantagens deste método são a segurança e principalmente a recuperação mais precoce para as atividades do dia-a-dia.  
   
Figura 11: Alguns casos específicos.
  
Durante ou até mesmo antes da cirurgia podem ser identificado, cálculos no canal que leva a bile para o intestino. Em alguns casos, estas pedras não estão obstruindo este canal, mas devem ser retiradas. Esta retirada pode ser feita por cirurgia ou por endoscopia. Através da endoscopia   é possível chegar até a “saída” deste canal no intestino e fazer um corte para ampliar esta abertura e ,também, retirar os cálculos (Figura CPRE).
  
  
Figura 12: Figura do Endoscópio(tubo preto) dentro do intestino, fazendo a retirada do cálculo que esta no canal que traz a bile(em verde). Observe que ha um outro canal à direita(em rosa). Este canal é o que traz os sucos digestivos do pâncreas, portanto caso a pedra proveniente da vesícula obstrua a saída dos canais, além de inflamar a vesícula, também poderá inflamar o pâncreas. Portanto, caso a pedra proveniente da vesícula obstrua a saída dos canais, além de inflamar a vesícula, também poderá inflamar o pâncreas causando pancreatite.
  
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Fonte:http://www.cidpitombo.com.br


Vesícula Biliar - Espessamento Parietal da Vesícula Biliar no Exame Ultrassonográfico: Como Interpretar?

INTRODUÇÃO

O espessamento da vesícula biliar (VB) é um tema polêmico entre os ultrassonografistas, por ser frequente e por muito tempo ter sido considerado um sinal altamente sugestivo de colecistite aguda. Este conceito, porém, tem-se modificado, principalmente em decorrência de uma maior experiência dos profissionais envolvidos no diagnóstico por imagem e uma expressiva evolução tecnológica dos equipamentos de ultrassonografia (US)(1).

Entre as diversas doenças que provocam espessamento das paredes da VB, podemos citar, além da colecistite aguda, a pancreatite, a diverticulite, a insuficiência cardíaca, a pielonefrite e a hepatite. A adequada caracterização e interpretação desse achado é de grande importância. O diagnóstico correto tem impacto direto no tratamento, e algumas destas enfermidades requerem intervenção cirúrgica(2).

A US é o método de imagem inicial para a abordagem diagnóstica e avaliação do sistema biliar, pois é amplamente disponível, seguro, inócuo e de baixo custo. Possibilita um estudo detalhado em tempo real da VB, além de permitir a avaliação de outros achados que contribuem para o diagnóstico final, evitando, assim, colecistectomias desnecessárias e suas complicações(3—5). Além disso, a US pré-operatória (24 a 48 horas antes da cirurgia) pode ser utilizada como método seguro e eficaz para evitar a colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE) intraoperatória(6). Neste artigo o espessamento parietal da VB é contextualizado de modo a orientar sua precisa interpretação à luz dos dados clínicos e a permitir a escolha da terapêutica pertinente.


ANATOMIA E TÉCNICA ULTRASSONOGRÁFICA

A VB é uma víscera oca em formato de pera, de paredes finas e regulares, situada na fossa vesicular entre os segmentos IV e V do fígado, uma área "nua" do fígado, não recoberta pelo peritônio visceral(7). A VB divide-se em: infundíbulo, corpo e fundo (Figura 1). Ela possui quatro camadas: uma mucosa, formada por epitélio colunar simples e por uma lâmina basal; uma segunda camada, constituída por tecido muscular irregular; uma terceira camada, de tecido conjuntivo frouxo; e uma última camada, formada pela serosa(8—10). Possui a função de armazenar a bile e apresenta um volume de 30 a 50 ml(6).


Figura 1. Anatomia laparoscópica (a,b,c) comparada com anatomia ultrassonográfica (d) demonstrando o infundíbulo, o corpo e o fundo vesicular.



O estudo ultrassonográfico da VB é realizado rotineiramente com transdutor convexo. Para obtenção de imagens adequadas, o ideal é que seja feito um exame sistematizado com cortes longitudinais e transversais do órgão, avaliando sua forma, dimensões, espessura, regularidade e padrão textural de suas paredes, conteúdo, além de alterações locorregionais e dopplervelocimétricas(8). Para auxiliar a avaliação ultrassonográfica, os equipamentos possuem recursos que elevam a acurácia do método, como, por exemplo, a imagem harmônica, que possibilita um aumento na resolução lateral, relação sinal-ruído e contraste-ruído(9).

As imagens ultrassonográficas permitem uma representação fidedigna da VB, podendo-se correlacioná-las com a sua estrutura anatômica. É possível a identificação ultrassonográfica de três camadas: a mais interna corresponde à mucosa, é linear, ecogênica e apresenta superfície regular; a segunda camada corresponde à camada muscular, é fina e discretamente hipoecogênica; e a mais externa corresponde à serosa do órgão, é linear, ecogênica e regular(1,9).

Segundo diversos autores(1,2), o limite superior da normalidade para a espessura da parede da VB é de 3 mm. Entretanto, em pacientes com jejum inadequado, a espessura parietal pode exceder esse limite em razão da contração da musculatura lisa do órgão(8). Recomenda-se, então, um jejum de 8 horas antecedendo ao exame, principalmente naqueles casos nos quais a VB é o foco de atenção do estudo. O principal diagnóstico diferencial de espessamento parietal é o de alterações funcionais do órgão, em que se observa VB murcha persistentemente, mesmo após a reavaliação em jejum prolongado(9). Outra causa de "pseudoespessamento" está relacionada à insonação errônea do transdutor. Nesta condição, a realização de manobras de mudanças de decúbito auxilia na definição da verdadeira espessura da parede da VB. Um diagnóstico diferencial importante nestes casos é a alteração funcional da VB(10,11) (Figura 2).


Figura 2. Paciente apresentando dispepsia. Nota-se vesícula de paredes espessadas e murcha (seta) na primeira avaliação (a), que se mantém com jejum prolongado de 12 horas (pontas de setas em b). O aspecto ultrassonográfico sugere representar dismotilidade vesicular.



O espessamento parietal da VB é classificado em discreto (entre 4 e 7 mm) ou acentuado (maior que 7 mm) e em focal ou difuso. Em regra, doenças sistêmicas tais como insuficiência cardíaca, renal ou hepática promovem espessamentos difusos e menos expressivos, ao contrário de lesões tumorais que provocam espessamentos focais e mais exuberantes, frequentemente maiores que 10 mm(7). Alguns sinais associados permitem direcionar o diagnóstico para uma etiologia mais específica(9—11). Entre eles podem ser citados: dilatação das vias biliares, presença de cálculo fixo, líquido perivesicular, linfonodomegalias hilares, heterogeneidade da gordura perivesicular e aumento do diâmetro transversal da VB. As doenças que provocam espessamento da parede da VB podem ser classificadas em inflamatórias, neoplásicas e sistêmicas, e sua diferenciação pode ser obtida através de uma avaliação combinada dos aspectos clínicos e de imagem.


CAUSAS INFLAMATÓRIAS

Colecistite aguda calculosa


É a complicação inflamatória mais comum que acomete a VB, relacionada a coledocolitíase em 90% a 95% dos casos. É a quarta causa mais comum de abdome agudo que necessita de internação hospitalar(3). Em 95% dos casos decorre da obstrução persistente por cálculos no infundíbulo ou no ducto cístico. Apesar de não ser patognomônico, é a principal causa de espessamento ultrassonográfico da VB. Em geral, a parede da VB mede menos que 7 mm de espessura, tem contornos regulares e aspecto trilaminar(3,9,11). Este padrão ecotextural das paredes vesiculares pode se modificar, como, por exemplo, nos casos de colecistite enfisematosa, em que há imagens ecogênicas parietais com reverberação acústica compatíveis com gás(12) (Figura 3).


Figura 3. Colecistite enfisematosa. Notar, na parede da vesícula, imagens ecogênicas parietais com reverberação acústica compatíveis com gás (seta).



Outros achados ultrassonográficos são importantes por aumentarem a especificidade do método, tais como: cálculo impactado no colédoco com dilatação a montante, cálculo no infundíbulo, VB tensa com diâmetro transverso maior que 4 cm (denominada de VB hidrópica), descompressão dolorosa positiva no ponto cístico (Murphy ultrassonográfico), líquido perivesicular e hiperfluxo de suas paredes ao Doppler(5) (Figura 4).


Figura 4. Paciente do sexo feminino, 45 anos, com forte dor abdominal no hipocôndrio direito, com irradiação para região escapular. Sinal de Murphy positivo. Observa-se, nas figuras a e b, a vesícula tensa e de paredes espessadas, com cálculos no seu interior.



A sensibilidade da US varia entre 80% e 100%, e a especificidade, entre 60% e100%. O valor preditivo positivo da identificação do calculo é de 88%, e quando associado ao sinal de Murphy se eleva para 92%. O espessamento da parede da VB associado ao sinal de Murphy tem um valor preditivo positivo de até 94%(11,12).

Outra condição rara que determina espessamento vesicular associado a processo inflamatório é a síndrome de Mirizzi. Nesta situação, o cálculo impacta no ducto cístico ou no infundíbulo da VB, gerando dilatação da via biliar, causando compressão do ducto hepático comum ou inflamação secundária que produz edema ou fibrose na parede do ducto. Ao exame de US observa-se, além do cálculo impactado, um colédoco distal com calibre normal, sinais inflamatórios peribiliares e o espessamento da parede da vesícula, semelhante à colecistite aguda. A ressonância magnética (RM) e a colangio-RM são bastante úteis nestes casos, principalmente para afastar um tumor da cabeça pancreática ou uma colangite esclerosante primária(11) (Figura 5).


Figura 5. Síndrome de Mirizzi. a: Sequência de colangio-RM, ponderação T2, coronal oblíquo. b: Renderização de volume de colangio-RM. Neste caso o cálculo impactou no ducto cístico, gerando dilatação da via biliar, causando compressão do ducto hepático comum.



Colecistite crônica calculosa

Consiste em um processo inflamatório da VB decorrente da obstrução transitória desta, causando inflamação e fibrose(11,12). A vesícula em porcelana é uma rara forma de colecistopatia crônica, em que as paredes da VB estão calcificadas parcial ou completamente. Apesar de não haver consenso, muitos autores consideram que o processo inflamatório é um fator de risco para o carcinoma da VB, e, mesmo sendo um achado acidental em pacientes assintomáticos submetidos a exames ultrassonográficos de rotina, muitos defendem a colecistectomia profilática(1,3,13) (Figura 4).

Colecistite alitiásica

Trata-se de entidade incomum e grave, acometendo indivíduos diabéticos e em mau estado geral. É mais comum em pacientes internados (ventilação mecânica e hiperalimentação) e vítimas de trauma ou em grandes queimados, com alta taxa de mortalidade. Foi descrita em 1970 em soldados gravemente feridos na guerra do Vietnã(14).

Durante a interpretação dos achados ultrassonográficos, ou seja, espessamento parietal vesicular, VB tensa, distendida e líquido perivesicular, a correlação com o contexto clínico é fundamental para o diagnóstico correto(3,14). A ausência do sinal de Murphy ultrassonográfico não descarta o diagnóstico(14,15) (Figura 6).


Figura 6. Colecisite alitiásica. Observar o espessamento difuso da parede vesicular, com fluxo ao Doppler colorido e mínima coleção líquida adjacente.Todos estes achados são frequentes na colecistite, neste caso, não associada a cálculos.



Frequentemente, a colecistite alitiásica é diagnosticada erroneamente, pois alguns ultrassonografistas atribuem de forma equivocada à colecistite crônica acalculosa o espessamento secundário determinado por doenças sistêmicas, como, por exemplo, a pielonefrite(16). Outra interpretação errônea comum ocorre nos casos de colecistite aguda decorrente de pequenos cálculos obstrutivos no colédoco e não visualizados(3) (Figura 7).


Figura 7. Pielonefrite difusa e unilateral. A US do abdome superior (a) não identificou cálculos na VB ou aumento do seu diâmetro, porém as paredes estavam espessadas. Na TC abdominal com constraste intravenoso (b) observam-se nefrograma heterogêneo e aumento volumétrico do rim direito, levando a espessamento da parede da vesícula biliar (seta).



Colecistite xantogranulomatosa

É enfermidade incomum, descrita no início da década de 1980 como uma forma pseudotumoral de colecistite crônica calculosa, secundária ao extravasamento de bile na parede vesicular e frequentemente associada ao adenocarcinoma(17,18). No estudo macroscópico observa-se espessamento nodular das paredes associado a cálculos e a possível infiltração locorregional. Pode-se encontrar linfonodomegalia e coexistência com câncer de vesícula biliar.

O principal sinal ultrassonográfico é o espessamento difuso da parede vesicular, além de nódulos hipoecoicos, que podem ser encontrados em até 35% dos pacientes(3,17,18). Estes casos podem ser indistinguíveis da forma infiltrativa do carcinoma da VB(18). Clinicamente, se manifesta com quadro de colecistite aguda em mulheres com idade em torno de 60 a 70 anos.

Adenomiomatose da vesícula biliar

Caracteriza-se pela proliferação excessiva do epitélio superficial em direção aos seios de Rokitansky-Aschoff, determinando espessamento parietal que pode ser focal, segmentar ou difuso(5). A principal forma de apresentação ultrassonográfica é de espessamento parietal segmentar com múltiplos focos ecogênicos intramurais, que determinam artefato de reverberação sonora posterior, conhecido como artefato em "cauda de cometa". Não se observam outros sinais como distensão da VB, líquido perivesicular e Murphy ultrassonográfico positivo(3,18).

É condição não inflamatória benigna da VB, encontrada em 8,7% das colecistectomias(5). Manifesta-se como dor persistente no hipocôndrio direito, mais comum em mulheres, e associa-se com cálculos em 90% dos casos. Na persistência dos sintomas, a colecistectomia está indicada(5,15).

Pólipo de colesterol

O espessamento focal e nodular das paredes da VB representa cerca de 50% de todas as lesões polipoides, e na maioria das vezes não possui potencial maligno(1). Os pacientes não apresentam sintomas e ao exame identifica-se imagem nodular ecogênica, bem definida e fixa. Os principais diferenciais incluem adenoma e adenocarcinoma(1,19).

A US bidimensional não é capaz de diferenciar as pequenas lesões polipoides neoplásicas e não neoplásicas, porém alguns trabalhos têm mostrado a utilidade da US tridimensional no diagnóstico diferencial entre os pólipos (Figura 8). Nestes casos, a RM pode ser muito útil nessa diferenciação(20).


Figura 8. Colesterolose da VB com imagem polipoide no fundo vesicular. Observam-se pontos ecogênicos com reverberação acústica nas paredes da VB, correspondendo à colesterolose (pontas de setas) associada a lesão polipoide no fundo vesicular (seta).



Vesícula em porcelana

É uma variante incomum da colecistite crônica, caracterizada pela extensa calcificação das paredes da VB, que pode estar parcial ou completamente acometida. O termo "porcelana" é utilizado devido sua consistência e aspecto (Figura 9). A sua prevalência em colecistectomias é de 0,06% a 0,8%. Em 95% dos casos, encontra-se colelitíase associada. É cinco vezes mais comum em mulheres do que em homens, mais frequente nas quinta e sexta décadas da vida(7,12). No início do século 20, acreditava-se que existia uma associação com neoplasia, porém estudos publicados mais recentemente não confirmaram os achados iniciais, mostrando, assim, uma baixa incidência de coexistência de neoplasia com VB em porcelana(20,21).


Figura 9. US (a) e raios-X (b) do abdome de um paciente com 50 anos apresentando desconforto abdominal. Observar VB biliar em porcelana (setas), com finas calcificações na sua parede.



CAUSAS NEOPLÁSICAS

Carcinoma da vesícula biliar


É a neoplasia mais comum do sistema biliar, com 2,5 novos casos por 100.000 habitantes por ano. Possui elevada mortalidade, pois o seu diagnóstico na maioria das vezes é feito nos estágios mais avançados da doença, em razão da escassez de sintomas. Quando presentes, os sintomas iniciais são inespecíficos e incluem perda de peso, dor abdominal, febre e icterícia(1,2,7,16) e estão frequentemente associados a cálculos (73% a 98%)(6). Apenas 1% das colecistectomias realizadas por colelitíase demonstram carcinoma de vesícula incidental(2). O mais importante fator de risco é a presença do processo inflamatório crônico usualmente desencadeado pelos cálculos. Os principais diagnósticos diferenciais incluem colecistite aguda complicada, carcinoma hepatocelular e metástases para a fossa vesicular.

O tipo histológico maligno que mais frequentemente acomete a VB é o adenocarcinoma, que ocorre em 90% dos casos. Este tumor apresenta, geralmente, três padrões de imagem: a) massa ocupando e obscurecendo o leito vesicular; b) espessamento parietal focal ou difuso; c) lesão polipoide parietal que se projeta para o seu lúmen. A forma mais frequente de apresentação é de uma grande lesão sólida na fossa vesicular associada a cálculos e com extensão para o fígado e órgãos adjacentes (Figura 10).


Figura 10. Carcinoma de VB associado a litíase. Notam-se dilatação de vias biliares intra-hepáticas (setas em a), linfonodomegalia no hilo hepático (seta em b) e lesão mal definida associada a cálculos no interior da VB (c).



Quando nos deparamos com espessamento parietal focal ou assimétrico e superior a 10 mm, a possibilidade de neoplasia é elevada. Nestes casos, a caracterização de outros fatores como linfonomegalia locorregional fortalece a hipótese diagnóstica. A tomografia computadorizada (TC) mostra um padrão de realce característico nas lesões suspeitadas de malignidade, com impregnação de contraste iodado na fase arterial, tornado-se isodensa na fase de equilíbrio(22,23). A RM mostra imagens hiperintensas e heterogêneas em sequências ponderadas em T2 e hipointensas nas sequências ponderadas em T1, com realce após o contraste. Nos casos de espessamento difuso com infiltração uniforme, seu aspecto de imagem é similar à colecistite crônica(21).

A precisa diferenciação das lesões polipoides malignas e benignas não é possível de ser feita somente pela US. Em geral, pólipos malignos são maiores que 1 cm e raramente apresentam calcificações e necrose. Possuem um realce precoce e prolongado após a administração do gadolínio, ao contrário das lesões benignas, que apresentam realce precoce com subsequente washout(21—23).

Metástases para a vesícula biliar

Alguns tumores, tais como tumor carcinoide, linfoma, carcinoma de mama e sarcomas, enviam metástases para a VB, sendo assim uma possível causa de espessamento parietal. Entre eles, o mais comum é o melanoma, representando cerca de 50% dos casos(24). Estas lesões são indistinguíveis da neoplasia primária, sendo, porém, muito menos frequentes e não associadas a cálculos.


CAUSAS SISTÊMICAS

Processos inflamatórios localizados no hipocôndrio direito não originados da VB e doenças sistêmicas podem mimetizar uma colecistite aguda, determinando espessamento simétrico e difuso de suas paredes. Estas alterações são ocasionadas pela extensão da inflamação ou pela elevação da pressão venosa portal associada a redução da pressão osmótica intravascular, ocasionando o edema parietal. O exame de um paciente portador de uma dessas enfermidades deve ser feito com cautela, de modo a evitar interpretações errôneas de um quadro de colecistite alitiásica. O quadro clinicolaboratorial, sinais de pneumoperitônio, divertículos inflamados do cólon direito/transverso, inflamação do apêndice com localização alta, sinais de pielonefrite, permitem a definição do diagnóstico anatômico. Mesmo assim, em diversas situações, os antecedentes epidemiológicos são de extrema importância para a orientação diagnóstica, sobretudo nas doenças infecciosas(4,6,23).

Na avaliação dessas enfermidades, a característica ultrassonográfica chave é a preservação da regularidade e ecogenicidade da mucosa, ou seja, da primeira camada. O espessamento se dá à custa da camada hipoecoica, correspondendo ao edema da camada muscular e do tecido conjuntivo(1,4,5).

A pancreatite aguda é doença comum em nosso meio e suas principais causas são as de origem biliar e alcoólica. Aproximadamente 64% dos pacientes com pancreatites cursam com espessamento da parede da VB(3,23), secundário à extensão do processo inflamatório para estruturas locorregionais(3—5).

Com este princípio fisiopatológico, qualquer processo inflamatório localizado no hipocôndrio direito, tal como úlcera duodenal perfurada, diverticulite aguda, apendicite e pielonefrite, pode determinar espessamento das paredes da VB(3,4,9,20,25) (Figura 8).

Nas hepatites virais observa-se espessamento regular e difuso da VB, que se apresenta murcha, associado a gânglios junto ao hilo e a hepatomegalia, além de mal-estar, fadiga, artralgia e icterícia(2,17).

Nos casos de hepatites transinfecciosas, enquadram-se doenças como a síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA), a dengue e a malária. Nos indivíduos com SIDA, este achado pode ser secundário ao uso dos antirretrovirais, estado nutricional e até mesmo a infecções oportunistas do trato biliar(17) (Figura 11).


Figura 11. Paciente do sexo feminino, cortadora de cana-de-açúcar, apresentava febre, mal-estar, calafrios e icterícia. A US (a,b) demonstrou espessamento reacional da VB por causa sistêmica. Nota-se a preservação da camada interna ecogênica (mucosa). No sangue periférico foi identificado o Plasmodium sp.



As disfunções hepáticas, como a cirrose, desnutrição e ascite, causam espessamento parietal secundário a hipoalbuminemia reacional à ascite(7). A hipoalbuminemia é a anormalidade mais frequentemente associada a essa alteração em crianças(1). A ascite pode ser decorrente de doenças benignas e malignas. Alguns relatos sugerem que o espessamento da VB é mais frequentemente encontrado em afecções benignas, enquanto condições malignas não espessam as paredes da VB (Figura 12).


Figura 12. Exemplos de causas sistêmicas de espessamento da VB. Paciente alcoólatra de longa data com aumento do volume abdominal e hematêmese. Observa- se VB de paredes espessadas secundária a ascite (a), associada a hepatopatia crônica. O aspecto tridimensional da VB (b) confirma os achados do modo convencional. Paciente com SIDA em uso de terapia antirretroviral apresentando algia abdominal (c). O estudo ultrassonográfico mostrou espessamento da VB de aspecto reacional. Há nítida preservação da camada interna ecogênica (seta).



O fígado cardíaco é condição clínica encontrada em indivíduos com insuficiência cardíaca direita. O mecanismo fisiopatológico do espessamento parietal vesicular está relacionado ao aumento da pressão venosa intra-hepática, determinando edema da segunda camada da VB associado à preservação do aspecto hiperecogênico da mucosa. Outros achados, como ectasia das veias hepáticas e veia cava inferior, alterações dopplervelocimétricas e hepatomegalia, são também frequentemente encontrados nesta situação clínica(6).


CONCLUSÃO

A US é o método de escolha inicial para o estudo da VB, apresentando elevada sensibilidade na detecção do espessamento vesicular. Este achado não é sinônimo de colecistite aguda. A correlação com outros achados ultrassonográficos, clínicos, laboratoriais e epidemiológicos é fundamental para evitar colecistectomias desnecessárias.


Fonte:  Aldo Benjamim Rodrigues Barbosa - http://www.rb.org.br/detalhe_artigo.asp?id=2246

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Para considerações médicas, incluindo decisões sobre medicações e outros tratamentos, você deve realizar uma consulta com o profissional de saúde qualificado. As informações de saúde ou qualquer resposta interativa originária deste site não podem ser interpretadas como informações de um profissional médico. Você deve buscar dados em outros sites, principalmente os veinculados a sociedades e entidades médicas para confirmar as informações que disponilizamos neste site.
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