Como aproveitar melhor o tempo da consulta médica

Durante uma consulta médica, é freqüente que os pacientes ou o próprio médico desviem do assunto em questão e discutam pontos não tão importantes para o esclarecimento da doença.
Por isso preparamos algumas orientações para que você, paciente, possa aproveitar melhor o tempo que passam com os médicos.

O que é uma consulta médica?
Consultar um médico significa obter informações a respeito de algum problema de saúde. Você será questionado sobre uma série de coisas e deve dar as respostas bem objetivas e sinceras sobre o problema em questão. Veja algumas dicas para uma boa consulta.

Horário
Nunca chegue atrasado. Você certamente estará atrapalhando outras pessoas. Da mesma forma chegar muito adiantado também poderá causar transtorno nas acomodações e horários de funcionamento do consultório. Programe-se para chegar na hora marcada.

Acompanhantes
O acompanhante só é necessário se puder dar informações úteis sobre o paciente. Caso contrário, pode haver até um certo constrangimento na presença de acompanhantes não familiarizados com o problema.

Cronologia
Procure fazer um resumo do seu problema antes da consulta. Coloque os fatos em ordem cronológica, do início do quadro até o dia da consulta. Se possível escreva, para não esquecer.

Medicação
Anote todos os medicamentos que você toma habitualmente ou tomou durante o período em que esteve adoentado, mesmo se, aparentemente, não tenham relação com o quadro. Se possível, leve as receitas destes medicamentos.

Exames
Leve todos os exames relacionados à sua doença atual. Nunca jogue fora exames antigos, mesmo os normais. É muito importante saber que, naquela época, você estava bem. Assim, o médico pode ter uma idéia aproximada da época de instalação da doença.

Dúvidas
Esclareça todas as suas dúvidas na consulta. Se precisar, anote o que o médico lhe disse, para evitar telefonar e perguntar o que já foi discutido.

Lembre-se
O resultado do tratamento depende de você, de suas informações, de sua dedicação em tomar a medicação e dos cuidados recomendados.

A Nova Roda dos Alimentos

Mudam-se os tempos mudam-se as vontades. Neste caso nem é vontade, mas sim necessidade, porque a ciência evoluí constantemente em conhecimento nas mais diversas áreas . A área em questão é a Educação Alimentar (a nossa alimentação, os nossos hábitos alimentares). Houve necessidade de mudar as orientações alimentares com o objectivo da população aprender a comer de forma mais equilibrada, variada e completa. As orientações alimentares são dadas através de um gráfico em formato de círculo/circunferência dividido por partes que tem o nome de A Roda dos Alimentos. O que mudou foi a Roda dos Alimentos, sendo alterada a organização nos grupos dos diferentes alimentos. A percentagem, valor de cada grupo de alimentos, também sofreu algumas alterações. O grupo dos Cereais e derivados, tubérculos com 28% é agora o maior grupo na roda. De seguida os grupos: Hortículas com 23%, o grupo da Fruta com 20% e o grupo dos Lacticínios com 18%. Por fim, os grupos mais pequenos são: Carnes, pescado e ovos com 5%, Leguminosas com 4% e Gorduras e óleos com 2 %.  Devido à importância que a água tem no dia a dia da população considerou-se que esta ocupava a posição central na roda dos alimentos. Recomenda-se o consumo diário de água na ordem de 1,5 litros a 3 litros. Posto isto, agora a roda dos alimentos ficou conhecida como A Nova Roda dos Alimentos.
“A Roda dos Alimentos é um instrumento de educação alimentar destinado à população em geral. Esta representação gráfica foi concebida para orientar as escolhas e combinações alimentares que devem fazer parte de um dia alimentar saudável. Utilizada desde 1977, como parte da Campanha de Educação Alimentar Saber comer é saber viver”, a Roda dos Alimentos sofreu recentemente uma reestruturação, motivada pela evolução dos conhecimentos científicos e pelas alterações nos hábitos alimentares.
Mantendo o formato circular original, associado ao prato vulgarmente utilizado às refeições, a nova versão subdivide alguns dos anteriores grupos e estabelece porções diárias equivalentes, para além de incluir a água no centro desta nova representação gráfica.” 
 Fonte: http://www.portaldasaude.pt


A nova Roda dos Alimentos é composta por sete grupos, com funções e características nutricionais específicas:
  • Cereais e derivados, tubérculos – 28%
  • Hortícolas – 23%
  • Fruta – 20%
  • Lacticínios – 18%
  • Carne, pescado e ovos – 5%
  • Leguminosas – 4%
  • Gorduras e óleos – 2%
Dentro de cada divisão estão reunidos alimentos nutricionalmente semelhantes entre si, para que possam ser regularmente substituídos, assegurando a variedade nutricional e alimentar.
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COMPARAÇÃO ENTRE A ANTIGA E A NOVA RODA DOS ALIMENTOS
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Segundo a Direcção Geral de Saúde:
As recomendações, em termos nutricionais, são as seguintes:
1) Promoção do aleitamento materno;
2) Aumento do consumo de hidratos de carbono complexos;
3) Aumento do consumo de fibra;
4) Redução do consumo dos lípidos totais, em especial à custa dos ácidos gordos saturados e colesterol;
5) Redução do consumo de sacarose;
6) Redução do consumo de sódio;
7) Redução do consumo de álcool;
8) Ingestão adequada de cálcio;
9) Ingestão adequada de flúor (1);
10) Adequação alimentar às necessidades energéticas.
(1) De acordo com as recomendações publicadas no Programa Nacional de Promoção da Saúde Oral – 2005, a suplementação da alimentação com flúor não é recomendada para nenhuma faixa etária da população. Excepcionalmente, as crianças com elevado risco para o aparecimento de cárie dentária podem fazer 1 comprimido diário de fluoreto de sódio a 0,25 mg.
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A estas recomendações poder-se-ão acrescentar as seguintes especificações em termos alimentares:
1) Aleitamento materno nos primeiros meses de vida, pelo menos durante os primeiros seis meses;
2) Consumo adequado de cereais e seus derivados, como o pão e outros, batatas e leguminosas;
3) Aumento do consumo de produtos hortícolas e de frutos frescos;
4) Redução do consumo de gorduras, em especial das gorduras sólidas e das sobreaquecidas; dar preferência ao consumo de azeite;
5) Aumento do consumo de peixe;
6) Redução do consumo de açúcar e de produtos açucarados;
7) Redução do consumo de sal;
8) Em caso de ingestão de bebidas alcoólicas, que esta seja feita com moderação. Grávidas, lactantes, crianças e jovens com menos de 17 anos nunca devem beber álcool;
9) Consumo adequado de leite e seus derivados;
10) Manutenção de um peso adequado à custa de um equilíbrio entre a ingestão alimentar e a actividade física;
11) Ingestão alimentar variada e fraccionada em pelo menos cinco refeições diárias;
12) Uma primeira refeição equilibrada logo após o acordar.
(*) Fonte: Conselho Nacional de Alimentação e Nutrição, Comissão de Educação Alimentar. ”Recomendações para a educação alimentar da população portuguesa”; 1997

Saiba como cada parte do seu corpo sofre com o excesso de álcool

Cerveja, chope, whisky, vodka, caipirinha. Antes de encher o caneco neste Carnaval, é bom saber de algumas informações valiosas sobre os efeitos do exagero do álcool no seu corpo. Você sabia que os dados mais recentes da Organização Mundial de Saúde (OMS) mostram que os brasileiros consomem 18,5 litros de álcool puro por ano, sendo, portanto, o quarto país que mais consome álcool das Américas?

E as pesquisas não param por aí. Ainda segundo a OMS, o álcool causa quase 4% das mortes no mundo todo, matando mais do que a Aids, a tuberculose e a violência. Hoje o impacto do abuso de álcool é considerado igual ao impacto da dependência em si, o alcoolismo.

Confira no infográfico como o abuso de bebidas compromete o fígado, cérebro e até os músculos

Para aqueles que não sabem, abuso de álcool é quando a pessoa ingere bebida alcoólica em doses maiores que cinco, em uma só situação, sem uma "carreira" de consumidor, mas mesmo assim colhe os malefícios para o organismo.

Esse dado é preocupante, já que revela que aquela pessoa que abusa de bebidas alcoólicas uma vez ou outra pode correr os mesmos riscos de vida do que uma pessoa dependente.


"Isso acontece por que o corpo de um abusador não está acostumado com o etanol, diferentemente do dependente", conta a médica psiquiatra Ana Cecilia Marques, pesquisadora da Unidade de Álcool e Drogas (Uniad) da Unifesp e especialista em dependência química da Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas (Abead).


Confira agora por que o excesso de bebidas alcoólicas causa tantos danos ao nosso organismo e quais partes do nosso corpo são mais afetadas com essa prática:
dor de estômago - Foto Getty Images

Por que o excesso de álcool causa tantos danos?
Para entender como a ingestão de bebidas alcoólicas consegue causar danos a tantas partes do nosso corpo, é preciso explicar o processo de metabolização do álcool ou etanol, ou seja, como o nosso corpo absorve, metaboliza e excreta essa substância.

A médica Ana Cecilia explica que o órgão responsável por metabolizar o álcool é o
fígado, e que ele só metaboliza em média uma dose de bebida alcoólica por hora - entenda uma dose como uma lata de cerveja (360ml), uma taça de vinho (100ml) ou de destilado (40ml).


Portanto, se tomarmos seis latas de cerveja, por exemplo, nosso fígado irá levar as mesmas seis horas para metabolizar todo o álcool presente em nosso corpo. "E enquanto o fígado metaboliza a primeira latinha, o resto do álcool fica circulando no sangue e intoxicando, causando alterações e danos em diferentes órgãos", explica Ana Cecília.

O órgão responsável por metabolizar o álcool é o fígado, e ele só metaboliza em média uma dose de bebida alcoólica por hora.


Sistema gastrointestinal
Quando bebemos uma cerveja ou uma caipirinha, o álcool logo é absorvido pelo nosso sistema gastrointestinal. Ele irrita as mucosas do esôfago e do estômago, alterando as membranas do intestino, prejudicando a absorção.

Os resultados podem ser esofagite, gastrite e até diarreia. Já no fígado, o álcool vai alterar a produção de enzimas, aumentando este conjunto de substâncias que serão responsáveis pela metabolização.

"É como se o álcool forçasse o trabalho do fígado, que fica sobrecarregado", diz Ana. "O fígado passa a produzir mais enzimas para metabolizar o etanol e isso culmina com uma inflamação crônica e hepatite alcoólica, podendo evoluir para cirrose", completa.

Outro órgão afetado pelo excesso de bebidas alcoólicas é o pâncreas, responsável pela fabricação de insulina e de enzimas digestivas. O álcool pode causar uma inflamação no pâncreas, e essa inflamação pode evoluir para uma pancreatite.


A pancreatite é uma doença que causa uma forte e repentina dor abdominal, perda de apetite, náusea, vômito e febre. O tratamento é feito em hospitais e inclui medicações para a dor e antibióticos.

Álcool - Foto Getty Images
Sistema nervoso central
Quando abusamos das bebidas alcoólicas, o sistema nervoso, ou seja, nosso cérebro é afetado logo após a ingestão da segunda dose. Homens apresentam alterações na percepção da realidade e do comportamento logo após a segunda dose, e mulheres já na primeira.



De acordo com a especialista Ana Cecilia, os sintomas decorrentes da presença de álcool no sistema nervoso são: problemas de atenção, perda da memória recente, perda de reflexo, perda do juízo crítico da realidade. Com o aumento da dose, sonolência, anestesia e, no grau mais elevado, o coma alcoólico.


"O coma é um grau de intoxicação grave, por ação direta do etanol no sistema nervoso central e em outros sistemas orgânicos", diz Ana Cecilia. Quando isso acontece, é muito importante procurar socorro médico. Se o corpo não conseguir se recuperar do coma, pode haver parada respiratória, podendo levar à morte.

A reversão do quadro inclui medidas gerais para manutenção da vida, que vão desde oxigenação, hidratação, correção da glicemia, do magnésio e do zinco, entre outros cuidados que podem variar de caso para caso.

bêbado - Foto Getty Images
Sistema renal
Os rins são responsáveis pela filtração final do etanol, de apenas 6% da substância. Mas quando abusamos das bebidas, o etanol altera a capacidade dos rins de filtrar as substâncias do nosso corpo, causando uma alteração dos hormônios que controlam a pressão arterial, o que culmina em hipertensão arterial.

Pulmões

Como o sangue passa pelos pulmões para efetuar as trocas gasosas, nem esse órgão fica livre dos efeitos do álcool. "O etanol deixa as trocas gasosas mais lentas, pois os pulmões recebem um sangue muito sujo", conta Ana Cecilia.

O resultado disso é uma respiração mais lenta, fazendo a pessoa sentir dificuldades para respirar. É por isso também que o bafômetro capta o álcool ingerido, que ainda está circulante.

Sistema cardiovascular

A ingestão de bebidas alcoólicas favorece a liberação de dopamina no cérebro. Este hormônio neurotransmissor é responsável pela regulação de outras substâncias que, por sua vez, regulam o sistema cardiovascular.

Isto significa uma possível alteração da pressão arterial, da frequência cardíaca e depois, dos vasos sanguíneos. A taquicardia e a hipertensão arterial são as consequências mais comuns. 

bêbado - Foto Getty Images
Sistema muscular
É o sistema nervoso central o grande responsável por movimentar nossos músculos. A médica especialista da Abead explica que além da alteração central causada pelo álcool, que deixa as mensagens que chegam aos músculos mais lentas, as ligações nervosas periféricas são comprometidas, e a sensação é de relaxamento.

Sistema hormonal

Ninguém escapa da ação do etanol e, portanto, as glândulas também têm seus produtos, no caso os hormônios, alterados. Porém, são as pessoas que já apresentam doenças de alteração hormonal, como diabetes, que sentem com mais intensidade os danos físicos pela ingestão de bebidas alcoólicas.

A principal consequência do abuso de álcool em diabéticos, por exemplo, é uma rápida evolução ao coma alcoólico. Ana explica que o etanol altera a metabolização da glicose pelo fígado e pelo pâncreas, este último já adoecido pelo diabetes. Por conta disso, os danos aparecem mais rápido.

ressaca - Foto Getty Images
Ressaca
Além de todas as complicações que o álcool causa enquanto o indivíduo ainda está embriagado e intoxicado, ele ainda deixa seu efeito para o dia seguinte, a famosa ressaca. Dentre os sintomas da ressaca estão enjoo, vômitos, diarreia, tontura, pensamento embaralhado, moleza e até um sentimento de tristeza.

Abuso do álcool é diferente do alcoolismo

Como já foi dito anteriormente, o abuso do álcool é quando a pessoa bebe em grandes quantidades e tem problemas, mas não é dependente.

O
alcoolismo é a doença crônica, a dependência pela bebida. E as consequências são individuais, tanto para os abusadores como para os dependentes.  

"Quando a pessoa é dependente de álcool é diferente. Ele tem uma tolerância maior pelo etanol, que demora em média, cinco anos para se desenvolver", conta Ana Cecilia.

Os órgãos e sistemas comprometidos são os mesmos citados acima, porém, quando os problemas aparecem, as complicações são bem mais graves e muitas vezes irreversíveis.

Dentre as doenças que podem surgir do alcoolismo estão gastrite crônica, hepatite crônica que pode evoluir para cirrose, hipertensão arterial, diabetes por alteração crônica no funcionamento do pâncreas e problemas de memória que podem evoluir para demência alcoólica - não só quando está sob os efeitos da bebida, como é o caso do abuso -. Além disso, o álcool também altera a imunidade, abrindo caminho para o surgimento de outras doenças.

Fonte: Carolina Gonçalves - www.minhavida.com.br  

Comer antes de dormir faz mal?


Não, mas é preciso escolher bem o que comer antes de dormir. Durante o sono há modificações no funcionamento de vários órgãos, o nosso metabolismo fica mais lento, havendo uma redução do fluxo sanguíneo para o sistema digestivo.
O ideal é comer alimentos leves e de preferência com pouca gordura, pois a digestão da gordura é mais demorada do que as proteínas e carboidratos. E sem falar na azia que os alimentos gordurosos podem causar. Além disso, considerando que o metabolismo desacelera durante o sono, as calorias ingeridas em excesso são estocadas em nosso corpo na forma de gordura. Devemos evitar também os alimentos que caracteristicamente causam fermentação, como repolho, couve-flor, brócolis e feijão. E é muito importante que a última refeição seja até duas horas antes de ir para a cama.

Evite também as bebidas estimulantes, como o café, bebidas energéticas, guaraná e bebidas do tipo “cola”. A cafeína, por exemplo, atua sobre o sistema nervoso central aumentando a sua atividade, reduzindo o sono, e deixa a pessoa atenta e alerta. O resultado? A pessoa não consegue dormir à noite, mas no dia seguinte está sonolenta, irritada e exausta.
Evite o álcool, pois em doses moderadas, curiosamente, ele é um estimulante do sistema nervoso central. Além disso, o álcool é um inibidor do sono REM (a fase do sono com sonhos) na primeira metade da noite. Já na segunda metade da noite, devido à ação do álcool, o sono torna-se mais superficial, estando mais susceptível a interrupções. E não se esqueça que o álcool em excesso traz vários problemas de saúde, como pressão alta e aumento do risco de ter um acidente vascular cerebral (AVC), por reduzir a coagulação sanguínea. Dentre outros, o álcool pode levar à obesidade (por ser altamente calórico), levar a alterações do fígado,prejuízo das funções mentais, e até morte de neurônios do feto em uma gestação.

A quais alimentos devemos dar preferência na refeição noturna?

Comer antes de dormir faz mal?
  • As frutas são uma boa pedida, pois o açúcar das frutas, a frutose, é benéfica para uma boa noite de sono.
  • Leite e derivados (um copo de leite quente é uma excelente sugestão) contém um aminoácido essencial chamado triptofano, que é indutor do sono. Isso acontece porque o triptofano é o aminoácido que dá origem à serotonina. A serotonina é um neurotransmissor que regula o sono de ondas lentas. Ela ajuda as pessoas a terem uma noite de sono reparadora. Uma dica é adicionar ainda uma colher de mel ao copo de leite, pois sendo um carboidrato simples, ele facilita a absorção do triptofano.
  • As verduras e legumes também ajudam no sono, pois algumas verduras, como o alface, contém opiáceos naturais em pequenas quantidades, que auxiliam no sono.
  • Uma boa sugestão é ingerir, além das frutas, verduras, legumes, leite e derivados, pães ou cereais integrais, que são ricos em vitaminas e fibras. E lembre-se: esses carboidratos, na refeição noturna, devem ser consumidos em quantidades moderadas.
  • Evite queijos amarelos, pois eles possuem uma substância chamada tiramina, um radical químico derivado da amônia, que pode provocar distúrbios do sono, como pesadelos, além de poder desencadear crises de enxaqueca em pessoas que tenham enxaqueca. Ela também está presente em chocolates, carnes em conserva, salsichas, lentilha, amendoim, sementes, bebidas alcoólicas e vinagre.
  • Opte por proteínas com baixo teor de gordura, como queijos brancos, peito de peru, hambúrguer de peru, carne de soja ou peixes que possuam baixos teores de gordura, como sardinha ou atum.
E lembre que é no jantar que devemos comer menos, pois o nosso metabolismo é mais lento no período noturno. Não pule a refeição noturna, para evitar longos períodos de jejum e hipoglicemias noturnas, especialmente se você é diabético. Tenha uma refeição noturna balanceada, e não coma em excesso antes de dormir!

Fonte:  Dra. Maria Eduarda Bécho Freitas Arger

7 Pecados que Engordam

As emoções podem estar sabotando sua dieta e provocando o ganho de alguns quilos a mais. Reverta essa situação ingerindo os alimentos certos nas horas mais críticas.
fotos Fabio Mangabeira

Vaidade, ira, preguiça, gula, avareza, inveja, luxúria. Sete pecados que podem estar minando sua satisfação com o corpo. A verdade é que esses vícios - comer sem limites, desânimo, irritação, apego etc. - estão presentes no cotidiano de todo ser humano, mas é o exagero o responsável pelos seus efeitos negativos, que podem culminar em várias reações físicas, até mesmo no temido aumento de peso.
"Na visão da Psicologia, os sete pecados capitais são estados de ânimo que geram consequências físicas e emocionais ao organismo. As emoções são transformadas em mensagens captadas pelo cérebro, enviadas para cada órgão correspondente, gerando uma resposta. Já os sintomas físicos sinalizam que algo não vai bem com o indivíduo", esclarece a psicóloga Cristiane Marchiori, do Centro Integrado de Medicina Preventiva e Nutrologia (CIMEP), em Curitiba (PR).
Para o psicólogo clínico Wálter Vieira Poltronieri, pesquisador do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, a relação do homem entre a emoção e a comida é natural, pois acontece desde o inicio da vida. "Já nascemos com as emoções sendo contidas pelo alimento. Um exemplo é o choro do bebê para receber o leite da mãe", destaca
O QUE FAZER?
É bom deixar claro que não estamos fadados a sofrer com o aumento do peso só porque cometemos um pecado ou outro. O primeiro passo deve ser dado na direção da alimentação saudável, que pode frear essas consequências
."Os alimentos certos são aliados para conter as emoções que não se manifestam de maneira positiva. Podem diminuir sintomas nos resultados de exames clínicos como glicose alta e alterações hormonais", ressalta Cristiane.
Nutricionistas confirmam que os alimentos influenciam na manifestação desses efeitos: "Existem alimentos com propriedades especiais que atuam na prevenção de doenças: são os chamados alimentos funcionais", afirma o nutrólogo Edson Credidio, doutorando em Ciências de Alimentos e especialista em Gestão da Qualidade e Segurança dos Alimentos pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).
Saiba agora como cada pecado capital age no organismo e de que maneira é possível fugir dos excessos por meio dos alimentos indicados pelos especialistas. Mas, antes de escolher o seu, siga algumas dicas: "Mastigue devagar, inicie a refeição pela salada e afaste-se dos alimentos chamados 'calorias vazias' como refrigerantes, doces, chocolates e salgadinhos, entre outros", orienta a nutricionista Mariana Formagio, do CIMEP
Descubra qual é o seu pecado
Não é fácil admitir a falta de controle ao se alimentar ou mesmo o desejo de possuir o que é do outro. Mas, antes de procurar a solução, deixe o constrangimento de lado e reconheça em qual desses vícios suas atitudes mais se aproximam. "Baseados nos sintomas que sofremos, podemos chegar à 'raiz' do processo emocional. Refletir sobre nossas condutas, saber de onde elas se originam, ajuda no autoconhecimento", diz a psicóloga Cristiane Marchiori.
VAIDADE
O que é: desejo constante de atrair a admiração de outras pessoas; mostrar com extravagância os pontos positivos e esconder os negativos. O invejoso é motivado a manter uma imagem, o corpo, dentro dos padrões de estética. A atitude de querer se ver mais bonito não teria problema, não fosse a ansiedade exagerada pelo objetivo.
Como se manifesta: a busca pela perfeição pode ir contra a própria saúde: "A pessoa pode deixar de comer, escolher alimentos hipocalóricos (com poucas calorias), fazer exercícios físicos em excessos, abusar de medicação que favoreça o emagrecimento, como laxantes e diuréticos", esclarece Cristiane. "O vaidoso é aquela pessoa que não mede esforço em manter tudo muito lindo na parte externa do corpo, mas nega seus desequilíbrios emocionais, seus conflitos internos", explica. O sentimento desregrado pode causar transtornos alimentares como a bulimia (em que a pessoa pode continuar acima do peso, mesmo colocando a comida para fora), ou a anorexia.
O que ingerir: abacate, cenoura, nozes, maçã, beterraba, salsão e mel. Todos esses alimentos apresentam polifenóis, que atuam na melhora do bem-estar físico e mental, e elevam a autoestima.


fotos Fabio Mangabeira
IRA
O que é: emoção impulsiva a partir de um acontecimento específico, seja para alguém ou para si mesmo. A raiva excessiva leva à perda da racionalidade, logo, a cometer erros, seguida de arrependimento. "Quando nos deparamos com algum conflito intenso, o cérebro envia uma mensagem ao organismo de que as coisas não vão bem. Como resposta, no caso da raiva, o corpo produz adrenalina. É então liberado no organismo o cortisol, que estimula a defesa interna. Esse hormônio entra na corrente sanguínea e não encontra nenhuma bactéria para destruir, mas faz toda sua função que é armazenar lipídios e glicose (combustível necessário para atacar o corpo estranho não encontrado), transformados em energia", detalha a psicóloga Cristiane Marchiori. "Com o cortisol em excesso na corrente sanguínea, passamos a 'estocar' energia", completa.
Como se manifesta: o órgão mais afetado é o fígado, que, segundo Cristiane, retém a raiva que não é expressa e pode provocar condições como a prisão de ventre. A raiz do problema está ligada à liberação da raiva na comida. Quantas pessoas não comem desesperadamente após um momento de irritação? "Alguns buscam os alimentos que dão prazer imediato. Assim, cometem excessos", explica.

Nutricionistas indicam quais ingredientes atuam como aliados para conter as sensações que não se manifestam de maneira positiva, como desânimo e irritação
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PREGUIÇA
O que é: quem nunca sentiu uma preguicinha matinal ou vespertina, principalmente depois do almoço? Até aí tudo bem, mas este pecado capital diz respeito àquele indivíduo que não tem, quase nunca, ânimo para trabalhar, fazer exercício, ou outra ação que envolva força física. "Um exemplo de preguiça que pode influenciar no aumento de peso é a dinâmica familiar de criar os filhos com a oferta de guloseimas em troca da emoção. Há famílias que preferem compensar a frustação com comida do que se dedicar a criação dos filhos", exemplifica Cristiane Marchiori.
Como se manifesta: a preguiça de fazer exercícios físicos pode levar ao sedentarismo, ou seja, a caloria é consumida, mas não é gasta. O psicólogo Wálter Poltronieri completa: "O indivíduo preguiçoso pode ainda estar sem energia mental, graças a qualquer motivo que tenha gerado desânimo. Daí pode surgir a preguiça de lavar uma verdura e ele se rende ao fast food".
O que ingerir: alimentos que garantam energia, ânimo ao corpo e à mente: amendoim, caju, amêndoa, chá-verde, canela, brócolis (que ainda combate dores musculares) e grão de bico.
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GULA
O que é: definida pela Psicologia como uma compensação, forma de fuga e proteção em relação a algumas carências. "A busca pela satisfação imediata vem da necessidade de 'engolir' emoções, absorver questões alheias e assumir cargas. O aumento de peso contribui como suporte necessário para manter uma estrutura 'forte', que aguente a carga", analisa Cristiane.
Como se manifesta: o ato de comer sem controle, ir além do necessário, pode gerar problemas com gases, gastrite, indigestão e náuseas. "Mas a maior consequência é o aumento de peso. Nesses casos, é preciso perguntar a si mesmo o que não se está engolindo, digerindo e aceitando", orienta a psicóloga.
O que ingerir: abacaxi, que auxilia a digestão; arroz, principalmente o integral, rico em aminoácidos e vitamina B1; café, que tem poder de aumentar a termogênese (acelera o metabolismo e favorece a queima de gorduras); leite, porque o cálcio de alta qualidade auxilia na perda de peso e no controle do cortisol; salmão, que reduz o colesterol; maçã, que leva a gordura e açúcar para o intestino mais rápido; e nabo, um aliado na saciedade.


fotos Fabio Mangabeira
AVAREZA
O que é: o medo excessivo de perder algo que possui. Uma pessoa avarenta sente dificuldade de abrir mão do que tem mesmo que receba algo em troca e cuida dos seus pertences como uma pessoa egoísta.
Como se manifesta: além dos sintomas de melancolia, falta de ânimo e tristeza, que podem levar a descontar as emoções na comida, um comportamento típico na avareza em relação à alimentação, segundo Cristiane, é quando o indivíduo não se permite deixar porções de alimento no prato, para não jogar fora, mesmo que já esteja saciado. "Outro perigo é o de intoxicação alimentar, ao comer alimentos que não foram devidamente estocados para que se evite o desperdício", destaca a psicóloga.
O que ingerir: angélica, artemísia, calêndula, cidra, erva-de-são-joão, primavera e iogurte. "A infusão de cada uma dessas ervas auxilia no controle das catecolaminas e melhora o estado emocional. Já o iogurte regulariza a flora intestinal e produz toda gama de vitaminas do complexo B que estão diretamente ligadas ao sistema neurológico", explica Edson Credidio.




fotos Fabio Mangabeira

INVEJA
O que é: este pecado capital pode ser definido como uma vontade frustrada de possuir os atributos ou qualidades de outra pessoa. Assim como a vaidade, é motivado pela imagem, mas, nesse caso, de se parecer com o outro, com o que não é ou não pode ser ou ter.
Como se manifesta: um indivíduo invejoso pode comer excessivamente em uma única refeição, caso ele tenha dúvidas se poderá repeti-la novamente. Ele também não mede esforços para se parecer com o outro (exagera nos exercícios, come pouco para emagrecer, ou come determinado alimento em excesso se souber que outra pessoa o quer). "O invejoso não tem autoestima, se acha inferior e, por isso, se deixa levar pela alimentação errada", analisa Wálter Poltronieri.
O que ingerir: queijo branco, nozes, soja e seus derivados, lentilha, banana e ameixa. "São alimentos ricos em triptofano, substância responsável pela sensação de bem-estar e que pode elevar a autoestima. Ainda indico alguns carboidratos, como pães, cereais, massas e arroz, todos integrais", orienta a nutricionista Mariana Formagio.

fotos Fabio Mangabeira
LUXÚRIA
O que é: desejo passional e egoísta por todo o prazer sensual, material e carnal. É a cobiça desordenada pelos prazeres sexuais. Pode ser definida como uma impulsividade desenfreada, um prazer pelo excesso.
Como se manifesta: segundo Cristiane, como a pessoa acometida por esse pecado lida com a imagem, pode querer estar sempre bem cuidada. No entanto, o excesso pode gerar ansiedade e levar ao prazer pelo alimento, sobretudo os que oferecem deleite, como os doces.
O que ingerir: agrião, laranja, inhame, milho e uva. "Estes alimentos atuam na regulação hormonal que é um dos fatores que podem levar à luxúria", esclarece Edson Credidio. Já a nutricionista Mariana Formagio recomenda alimentos calmantes: maracujá, coco, laranja, melancia, melão, chá de camomila.

Sete virtudes saudáveis
1. Opte pela alimentação saudável e coma devagar.
2. Substitua as sobremesas hipercalóricas por frutas da estação.
3. Ame a si mesmo, assuma o que há de melhor em você.
4. Fuja das dietas sem orientação médica.
5. Tenha mais pique, caminhe, dance, faça exercício físico.
6. Fuja do estresse, faça coisas de que goste e relaxe.
7. Não faça jejum prolongado e mantenha uma disciplina na hora das refeições.


Fonte : Marcela Rodrigues - Revista Viva Saúde

Hérnia Inguinal - Perguntas e Respostas

1. Como aparece a hérnia inguinal?


Você pode nascer com a hérnia ou pode adquirir a hérnia durante a vida, geralmente decorrente de algum tipo de esforço físico. Ex.: Carregar peso, esforço para urinar em pessoas com problemas de próstata, esforço para evacuar em pessoas com obstipação, tosse crônica, gravidez e outros.
2. Como eu sei se estou com uma hérnia inguinal (na virilha)?
Geralmente a pessoa portada de hérnia inguinal sente, inicialmente, uma sensação de peso ou dor ou aparecimento de um “caroço” na virilha. Como sugestão, você pode fazer um auto exame: Fique em pé e coloque a mão na região da virilha onde você suspeita da presença de hérnia e faça um esforço de tosse por cinco vezes seguidas. Se você sentir um “caroço” ou abaulamento na região, VOCÊ PROVAVELMENTE É PORTADOR DE HÉRNIA INGUINAL.
Após este procedimento, recomendamos que você descanse deitado por cerca de cinco minutos para que o “caroço” desapareça. Passado este tempo, fique em pé novamente e repita o procedimento para examinar o outro lado. Ao término deste exame, caso esse caroço não regrida ou em caso de qualquer dúvida, recomendamos que você procure um cirurgião de sua preferência.
3. Qual é o tratamento da hérnia inguinal?
O tratamento ideal é cirúrgico, ou seja, você deverá ser submetido a uma intervenção cirúrgica para a correção da hérnia. Existem várias técnicas de correção e a escolha da melhor para o seu caso dependerá da capacitação e do conhecimento sobre as modernas técnicas descritas pelo cirurgião que você escolher.
4. Tenho outras alternativas de tratamento sem a operação?
Sim, a mais utilizada são as fundas, porém a cura para a hérnia só pode ser alcançado pela cirurgia. Geralmente as fundas trazem um grande incômodo para o paciente e não previnem as potenciais complicações decorrentes do não tratamento cirúrgico.
5. O que pode acontecer se eu não operar?
A hérnia inguinal tem uma tendência a aumentar de volume com o passar do tempo e você pode vir a desenvolver a complicação mais temida que é o encarceramento seguida ou não pelo estrangulamento. Estas situações, de emergência, podem colocar a sua vida em risco. Além disso, a hérnia inguinal prejudica o seu desempenho cotidiano, causa dor, constrangimento ou dificuldade para a sua atividade sexual e dificulta sua colocação no mercado de trabalho.
6. Quando devo operar a hérnia inguinal?
Após o estudo minucioso do seu caso, salvo em condição clínica de emergência, você irá se programar para que, no prazo mais breve possível, seja realizado o seu tratamento cirúrgico.
7. Será necessário a colocação uma tela para a correção da minha hérnia inguinal?
O seu caso será analisado com toda a atenção durante consulta médica. Lembre-se que se a sua hérnia inguinal for adquirida, a colocação de tela para correção definitiva da hérnia inguinal é atualmente a melhor alternativa de terapêutica cirúrgica.
8. Qual é a vantagem do uso da tela?
O uso da tela possibilita a redução da dor após a cirurgia, diminui o tempo de internação hospitalar, diminui o tempo para o retorno seguro às atividades do dia a dia e evita a recidiva.
9. A cirurgia pode ser realizada com anestesia local?
Sim. Na maioria dos casos pode ser realizada a correção da hérnia inguinal utilizando a anestesia local, após o seu consentimento.
10. Quanto tempo demora a minha recuperação depois da operação?
Você poderá receber alta no mesmo dia da operação ou no dia seguinte. Poderá voltar as suas atividades após um período mínimo de repouso de 2 dias, dependendo do tipo de atividade física que você exerce.
11. A correção cirúrgica altera o meu desempenho sexual?
Não. A correção cirúrgica não altera o seu desempenho sexual. Entretanto saiba que aconselhamos você a abster-se de atividades sexuais por no máximo 10 dias.
12. Vou sentir dor após a operação?
Sim. Sentirá uma dor nos primeiros dias de pós-operatório, plenamente controlada com medicação analgésica com mínima repercussão sobre as suas atividades corriqueiras.
13. O que posso fazer após a operação?
Você poderá fazer atividades físicas leves logo após a recuperação da anestesia como andar, levantar-se sozinho e outros. Após dois dias já poderá desenvolver atividades moderadas como subir escadas, dirigir e retornar ao trabalho. Após dez dias você já estará liberado para fazer todo tipo de atividade física, inclusive atividades físicas intensas como levantar pesos ou correr.
14. Quais os cuidados que devo tomar com o local operado?
Mantenha o local operado com curativo oclusivo com compressas de gaze e esparadrapo, evitando molhar a região por 2 dias. Depois do segundo dia, o curativo oclusivo pode ser retirado, mantendo-se somente as fitas de esparadrapo. O local operado deverá ser lavado com água e sabão durante o banho. Se as fitas cairem durante esse procedimento, não se preocupe, basta substituí-las por esparadrapo de Micropore. Após o décimo dia da operação, as fitas de esparadrapo podem ser retiradas.
15. Quando eu volto para a retirada dos pontos?
O INSTITUTO DE HÉRNIA DAS AMÉRICAS, adota uma maneira de aproximação do local operado sem que a necessidade da dolorosa retirada de pontos. Esta técnica, além de conferir um efeito estético excelente, permite uma condução do pós-operatório com maior conforto para o agendamento e a administração do seu precioso tempo, principalmente se você morar em outro estado ou país.
16. Terei que fazer algum tipo de dieta após a operação?
Não. Não há necessidade de obedecer a nenhuma dieta especial em decorrência da operação utilizada na correção de sua hérnia inguinal.
17. Posso retornar ao trabalho enquanto espero pela cirurgia?
Sim, recomendamos que você mantenha suas atividades habituais porém com uma restrição a esforços físicos intensos até que tenha realizado a sua operação.
18. A hérnia pode voltar após a operação?
Sim. Esta condição denominamos de hérnia inguinal recidivada. Quando utilizam-se técnicas clássicas de correção de hérnia inguinal, os índices de recidiva podem atingir até 35%. Entretando, existem técnicas modernas que utilizam tela de polipropileno que permitem que esses índices sejam reduzidos para cifras ingeriores à 0,1%.
19. Já operei de hérnia e ela voltou. Tenho que operar de novo?
O tratamento da hérnia recidivada é também através de cirurgia. Esta cirurgia é de alta complexidade e requer um tempo de recuperação maior do que na cirurgia para hérnia não recidivada. Nestes casos é imprescindível o uso da tela de polipropileno para evitar novas recidivas.
20. A hérnia inguinal pode ser corrigida através de via laparoscópica ?
Sim. Trata-se apenas de mais uma via de acesso para a correção da hérnia inguinal com as suas vantagens e desvantagens. Como já frisamos, o seu caso será estudado e será proposta a melhor via de acesso para o seu caso.
Fonte: blig.ig.com.br

Síndrome do Intestino Irritável - SII

A síndrome do intestino irritável (SII) apresenta-se como um conjunto de queixas (sintomas) provocadas pelo mau funcionamento do intestino. Os sintomas mais comuns são dor e/ou desconforto abdominal, diarréia e/ou constipação (prisão de ventre).

A SII é uma das desordens gastrointestinais mais comuns atingindo cerca de 15 a 20% da população geral. No entanto, a grande maioria (70-90%) não procura atendimento médico, o que significa que os valores para a frequência da doença são subestimados. A SII é a segunda causa mais frequente de falta ao trabalho, perdendo apenas para o resfriado. Essa síndrome acomete mais mulheres do que homens, como mostram vários estudos.

Como você pode ver a SII é muito comum!

A SII pode ocorrer em qualquer idade, sendo mais comum dos 15 aos 44 anos. Os médicos classificam a SII como uma doença funcional, pois, quando examinam o intestino não encontram nenhum sinal de dano ou alteração na sua estrutura. Geralmente, apresenta-se de forma leve. Em alguns pacientes, os sintomas podem alterar as atividades diárias, causando insegurança de ir ao trabalho, participar de reuniões sociais ou fazer uma viagem, mesmo de curta distância. As implicações econômicas da síndrome são relevantes pelos seus custos diretos (como consultas médicas, exames diagnósticos e medicamentos), custos indiretos (diminuição da produtividade e ausência do trabalho), além do prejuízo na qualidade de vida.

O controle dos sintomas da SII pode ser alcançado por medidas que incluem dietas específicas, tratamento e controle do estresse em alguns casos e medicação apropriada.

Quais são os sintomas da SII?

Os sintomas mais frequentes são diarréia, constipação ou ambos, intercalados com períodos de evacuação normal.

Diarréia: os pacientes com diarréia têm evacuações frequentes com fezes amolecidas de pequeno ou médio volume, que ocorrem durante o dia. A diarréia é acompanhada de dor ou eliminação de muco. É comum a sensação de não ter conseguido evacuar toda a quantidade necessária, além da sensação de urgência, que leva a pessoa a procurar rapidamente o banheiro, principalmente pela manhã ou após as refeições.
Constipação: é a dificuldade para eliminar fezes de consistência dura. Geralmente os pacientes queixam-se do esforço e da dor para evacuar, da baixa frequência das evacuações e da sensação de evacuação incompleta.
Outros sintomas: além da diarréia e constipação, é comum ocorrerem dor e distensão abdominal, eructações (arrotos) frequentes, sensação da azia, náusea e sensação de empachamento (sensação de estômago cheio), além do e outros sintomas menos comuns como dor de cabeça e irritação.


Quais são as causas da SII?

A SII pode apresentar diferentes causas:

- Fatores psicológicos: a SII pode estar relacionada a fenômenos psicológicos e alterações de comportamento, tais como: alto grau de ansiedade, variação de humor, tristeza, preocupações com dieta, limitações da atividade sexual, depressão e distúrbios do sono. Nos portadores da SII, existe uma resposta exagerada do intestino aos estímulos como distensão (provocadas por alimentos ou gases). Esse aumento da sensibilidade intestinal normalmente se agrava em situações de estresse. Portanto, a redução do estresse, profissional, familiar, entre outros, tem impacto nos sintomas da síndrome.

- Aumento da atividade dos movimentos intestinais: os pacientes com SII apresentam resposta exagerada e inadequada dos movimentos intestinais aos estímulos da ingestão de alimentos, tensão psicológica e outros, ocasionando alterações da atividade intestinal evacuatória, tais como diarréia e constipação.

- Aumento da sensibilidade à dor: na SII existe uma sensibilidade exacerbada aos estímulos dolorosos na região abdominal, ou seja, um mesmo estímulo que não tem intensidade suficiente para causar dor abdominal em pessoas saudáveis é capaz de causar dor nos pacientes com SII.

- Infecção intestinal: é possível que infecções intestinais anteriores seja responsáveis pelo aparecimento da SII em algumas pessoas.

Como a dieta interfere na SII?

A ingestão de alimentos e o estresse psicológico são os principais fatores desencadeantes e perpetuadores da síndrome. Normalmente os sintomas da SII ocorrem logo após as refeições. Em média, 35 a 66% das pessoas que apresentam SII não toleram certos tipos de alimentos. Para avaliar se isso acontece com você, observe se a ingestão de um determinado alimento provoca diarréia; anote os alimentos ingeridos e o número de evacuações durante um período de tempo em que aconteçam pelo menos dois episódios de diarréia. Vale lembrar que nem todas as pessoas são afetadas da mesma maneira pelos mesmos alimentos. A melhor maneira de realizar a avaliação é retirar somente um alimento de sua dieta de cada vez e ficar atento se você apresentará melhora.

Alguns exemplos de alimentos que não devem fazer parte da dieta ou devem ser consumidos em pequenas quantidades:
- Alimentos gordurosos (bacon, banha, maionese, manteiga, amendoim, chocolate), pois aumentam os movimentos do intestino.
- O álcool também deve ser evitado, pois desencadeia espasmos do cólon.
- Alimentos ricos em sorbitol: o sorbitol está presente como adoçante artificial em produtos dietéticos (por exemplo, goma de mascar) e medicamentos. Encontra-se também, em quantidade considerável em alimentos como o pêssego, ameixa, cereja, maça, pêra, chocolate e doces em pasta.
- Alimentos ricos em frutose (açúcar das frutas): frutas secas, uva, morango, maça, sorvete, geléia, gelatina, pudim, biscoito, entre outros. A frutose provoca aumento de gases.
- Laticínios: alguns dos pacientes com SII também são intolerantes à lactose (açúcar presente no leite), o que significa que não são capazes de digeri-la. Nesses casos, pode-se fazer restrição de leite e seus derivados, como o queijo e a margarina, ou utilizar um leite com baixo teor de lactose, já facilmente encontrado no mercado brasileiro.
- Alimentos ricos em cafeína: café, chá preto, chocolate, refrigerantes tipo "cola" por apresentarem efeito excitante e laxativo.
- Alimentos picantes e produtores de gás: pimenta, feijão, lentilha, brócolis, repolho pimentões e cebolas.

Uma dieta rica em fibras é recomendada nos casos de SII, seja por meio da ingestão de maiores porções de frutas, hortaliças e cereais integrais, ou mesmo utilizando a suplementação de agentes que aumentam o bolo fecal. A fibra deve ser adicionada de maneira gradual para não aumentar a produção de gases e a sua dose deve ser tomada durante as refeições e adaptada a cada paciente. Em muitos casos, fibras dietéticas podem aliviar os sintomas, especialmente a prisão de ventre, mas elas podem não fazer o mesmo efeito no caso das dores ou diarréia.

Como o estresse atua na SII?

O estresse normalmente provoca alterações no sistema digestivo. Nas pessoas com SII, o intestino é mais sensível e, portanto, essas alterações são ainda maiores. Nesses casos, o acompanhamento psicológico mostra efeito positivo na atenuação dos sintomas da síndrome ou na redução do estresse.

Como os medicamentos podem melhorar a SII?

Existem várias opções de medicamentos para o tratamento da SII. O medicamento ideal para você deve ser escolhido por um médico experiente.

Lembre-se: para controlar a SII, é importante seguir sempre a prescrição e as orientações médicas.

Fonte: cdto.med.br