Hemorroida, essa coisa feia e sem graça

Uma das queixas mais freqüentes no consultório de gastroenterologistas e proctologistas, diz respeito à presença das hemorroidas. É interessante observar que, independente da doença que afete o ânus ou o canal anal, o paciente queixa-se de que “sofre de hemorroidas”.

Não é nosso objetivo, neste texto, abordar outras doenças orificiais, tais como as fissuras e os abscessos/fístulas perianais, mas sim tentar esclarecer e orientar as pessoas sobre esta tão freqüente patologia: hemorroidas. Hemorróidas são dilatações venosas que surgem no ânus ou no canal anal. O nome tem origem na denominação das veias que aí se localizam e drenam essa região, as veias hemorroidárias. São classificadas em internas ou externas, conforme sua localização e em graus, de acordo com seu comportamento:

1º grau: não são visíveis externamente, mas podem sangrar às evacuações.

2º grau: exteriorizam-se durante a defecação, mas retornam espontaneamente ao canal anal, onde permanecem até o próximo evento.

3º grau: permanecem, constantemente, para fora do canal anal.
Os sintomas mais freqüentemente relatados pelos pacientes, são: sangramento anal, exteriorização de pele ou caroço em região anal, sensação de peso no reto, desconforto ou coceira anal, dor intensa e coágulo ou caroço em região anal (trombose hemorroidária) e saída de secreção (muco) que suja a roupa íntima.

Aqui, vale ressaltar que muitos pacientes, principalmente as mulheres, sentem-se desconfortáveis por não conseguir realizar adequada higiene da região, mesmo lavando-se sistematicamente após as evacuações. No entanto, nada se compara ao constrangimento de exibir para o(a) parceiro(a) sexual algo que consideram antiestético.

Se considerarmos os estragos que uma simples estria ou um pouco de celulite conseguem fazer na auto-estima feminina, podemos entender todo o drama daquelas mulheres que possuem hemorroidas de 3º grau, exteriorizando-se para fora do ânus e deformando-o. Nessas circunstâncias, a preocupação maior passa a ser em como esconder os genitais para que o parceiro não perceba as suas hemorroidas, em como fazer sexo sem que elas sejam identificadas. Seguramente, este é um fator limitante para o relacionamento sexual e interfere, negativamente, na libido feminina.

Entre as causas aventadas como predisponentes para o surgimento de hemorroidas, temos:

1 - Nossa condição de bípedes. Na evolução das espécies, desde que o Homem assumiu a posição ereta, houve uma alteração na coluna de pressão do sangue. Como esta é maior nas extremidades, as pernas (no caso dos membros) e o ânus (no caso do tubo digestivo) suportam as maiores pressões sobre os vasos sanguíneos e estes podem dilatar, dando origem às varizes das pernas e às hemorróidas, no ânus.

Vaso sanitário não é poltrona! É bom lembrar também que, pelo mesmo raciocínio, vaso sanitário não é poltrona. Nada de ler o jornal de domingo inteiro, sentado no vaso. Quanto maior o tempo sentado no vaso, maior a pressão sobre as hemorroidas. O resultado é que você sai do banheiro com as hemorróidas totalmente para fora. Conclusão: só vá ao banheiro quando estiver com vontade de evacuar. Se por algum motivo não conseguir, levante-se e aguarde o próximo reflexo de evacuação, que pode ser percebido após as refeições.

2 - Distúrbios do funcionamento intestinal (diarreia e, mais freqüentemente, constipação intestinal).
3 - Hereditariedade.
4 - exercícios físicos ou esforço para carregar peso exagerados. Aqui, não podemos deixar de citar o parto normal como exemplo de grande esforço físico e que pode ser responsável pelo surgimento de hemorroidas. Neste caso específico, o mais freqüente é que as hemorróidas desapareçam após um período de tempo.
5 - Aumento da pressão dentro do abdômen que ocorre, por exemplo, na gestação e na obesidade.

O diagnóstico é feito pelo médico especialista, baseado nos dados de história clínica e exame físico detalhado, que deve incluir, obrigatoriamente, a inspeção da região anal e o toque retal.

A boa prática médica recomenda que toda e qualquer queixa de sangramento anal seja melhor investigada, com retossigmoidoscopia e/ou colonoscopia, mesmo que o paciente seja portador de hemorroidas.

Explico: não é raro que um paciente com hemorroidas, doença muito freqüente na população, seja portador também de pólipos ou outras lesões mais altas, inclusive câncer do reto e dos cólons, e que sejam os responsáveis de fato pelo sangramento. 
Uma vez confirmado o diagnóstico, analisa-se a melhor proposta de tratamento que inclui, sempre, a regularização do funcionamento intestinal e medidas terapêuticas clínicas ou cirúrgicas.

De modo geral, o bom funcionamento do intestino depende de medidas dietéticas simples, que incluem a ingestão de fibras e de líquido em quantidades adequadas. Não se recomenda o uso habitual de laxantes.

Se apenas tais medidas não forem suficientes para o controle dos sintomas ou se as hemorroidas já apresentam complicações, pode-se optar, sempre em função da mais adequada solução para cada caso, por:

- escleroterapia 
- ligadura elástica
- criocirurgia
- cirurgia convencional

Nos últimos anos, também pudemos incorporar ao arsenal terapêutico um método que utiliza um grampeador e que, quando bem indicado, pode proporcionar uma recuperação pós-operatória muito mais confortável. Este método, conhecido como P.P.H. – Procedimento para Prolapso e Hemorroidas – baseia-se na retirada de uma faixa de tecido que reveste o final do reto e o início do canal anal. Como conseqüência, o tecido remanescente é puxado para cima e diminui-se, assim, a exteriorização das hemorroidas.

Particularmente, não pratico escleroterapia nem criocirurgia, por julgar que os outros métodos citados preenchem, totalmente, a necessidade terapêutica de meus pacientes, com segurança e conforto.
Vale lembrar ainda, antes de encerrar este texto que, nos dias atuais, a cirurgia convencional não é mais encarada como causadora de profundo sofrimento para aqueles que se submetem ao método.

A adequada anestesia, a técnica cirúrgica delicada e precisa e o uso de medicação analgésica potente propiciam bom resultado terapêutico e um período pós-operatório bastante confortável.

Com este método, a pele que já perdeu a elasticidade é retirada e as veias hemorroidárias são amarradas, dentro do canal anal, o que garante que as hemorroidas não voltarão a aparecer. É a técnica que, em minha opinião, propicia os melhores resultados estéticos. E beleza, citando Vinícius de Moraes, é fundamental...

Na dificuldade de ilustração mais realista, as fotos remetem as hemorroidas à memória daqueles que delas padecem.

Fonte: Dra. Cleide Gonçalves de Almeida 

Atenção! As informações desse site visam apenas ajudar na compreensão dos temas, não deve ser usado como guia para diagnóstico e tratamento nem substituir uma visita ao médico.

Pedra na Vesícula - Quando a Cirurgia é Necessária

Para tratar a pedra na vesícula as vezes é necessário a realização de uma cirurgia. Um sintoma que aponta problema na a vesícula é a forte dor no estômago. Quando se torna ainda mais aguda, é sentida também na região das últimas costelas à direita.

O desconforto diminui e aumenta de intensidade, como uma cólica, e acaba irradiando pelo abdome superior e pelas costas. Depois acontecem os enjoos e o vômito. Esses são sintomas mais comuns da pedra na vesícula.





Esses foram os sintomas da dona de casa Fabiana Fillus, 49 anos, antes que ela saísse às pressas para o pronto-socorro mais próximo de sua casa. "Descobri que tinha pedra na vesícula quando tive uma dor insuportável e foi preciso sair correndo para ser medicada. Quando eu estava mais controlada, os médicos investigaram as causas mais prováveis que desencadearam aquela dor. Foi com uma ultrassonografia abdominal que o diagnóstico descartou problemas em outros órgãos e indicou a existência de cálculos na vesícula biliar", conta ela.


Segundo pesquisas, esse quadro doloroso não é incomum, já que de 10% a 20% das pessoas com idade entre 35 e 65 anos têm cálculos na vesícula. "A doença afeta mais a mulher, e algumas das possíveis causas são a síndrome plurimetabólica, descontrole hormonal em vários órgãos, a obesidade, o efeito sanfona, processo constante de ganho e perda de peso, a idade e a presença de diabetes", explica o infectologista e chefe da disciplina de Clínica Médica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Paulo Olzon Monteiro da Silva.

Na maioria dos casos, as pedras são assintomáticas, e o paciente só vai saber que tem o distúrbio quando elas obstruem parcial ou totalmente as vias biliares, causando dor. "Tem que ter cuidado para não confundir problemas de fígado com vesícula. Geralmente, as pessoas acham que estão passando mal, com diarréia, dor de cabeça, enjoo e a pele e o branco dos olhos meio amarelados, porque o fígado não está cumprindo seu papel, mas, na realidade, este órgão causa poucos sintomas. O que acontece realmente é que a vesícula não está funcionando como deveria", esclarece Olzon.

Funções

De acordo com o gastroenterologista Vitório Luiz Kemp, de São Paulo, a vesícula biliar é um órgão pequeno, no formato de uma pêra, localizado embaixo do fígado. Ela é a responsável por armazenar a bile, um líquido esverdeado produzido pelo fígado que aumenta a solubilidade de gorduraspara o organismo absorver com mais facilidade as vitaminas provenientes dos alimentos e, ainda, facilita o trânsito intestinal. Funciona como um "sabão" do corpo, quebrando as gorduras que ficam presas no intestino. Depois dessa "limpeza", o que não vai ser aproveitado é jogado fora - neste caso, com as fezes.

"Sempre que se come alguma coisa, a vesícula é encarregada de jogar a bile, fazendo pequenas contrações, no duodeno, que é a primeira parte do intestino, para a digestão acontecer sem nenhum mal-estar. É lógico que em refeições pesadas, com gorduras em excesso, o trabalho vai ser bem maior. Mas se isso não for freqüente, a bile executa o trabalho direitinho. Isto é, quando não há uma pedrinha no caminho", diz Kemp.

Mas como essas pedras se formam? "Dentro da vesícula, estão concentrados gorduras e sais biliares. Se houver qualquer alteração nessa solução, começam a ser formados os cálculos, que podem ficar tranquilamente guardados ali por anos sem causar problemas. Dependendo do tamanho, eles também podem passar pelas vias biliares, causando um mal-estar dolorido, mas passageiro, ou, simplesmente, obstruir o canal, quando acontecem as cólicas, vômitos e febres", prossegue o gastroenterologista.

Tratamento

O tratamento para os problemas de cálculo na vesícula podem ser feitos com medicação ou cirurgias. "Os medicamentos ajudam a dissolver a solução dentro da vesícula, evitando a formação de pedras. No entanto, leva de seis meses a um ano, é caro e nem sempre resolve o caso", explica o médico Paulo Olzon.

Diante disso, a remoção cirúrgica da vesícula, ou colecistectomia, é a opção preferida pela maioria dos médicos. "Essa escolha é feita porque as intervenções convencionais, que até alguns anos atrás pediam internação mínima de cinco dias e deixavam cicatriz de 20 a 30 cm de extensão, estando, portanto, mais sujeitas a complicações, foram deixadas de lado. Hoje, com a videolaparoscopia, intervenção feita por meio de mini incisões, com o auxílio de um sistema de vídeo, a cirurgia dura de duas a quatro horas, dependendo da anatomia do paciente, e a internação caiu para dois ou três dias. Os cortes têm apenas meio centímetro e a recuperação no pós-operatório é bem mais rápida", garante o infectologista.

Fonte: vilamulher.terra.com.br

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Cirurgia Minimamente Invasiva

O que é cirurgia minimamente invasiva?

cirurgia minimamente invasiva é aquela realizada por meio de pequenas incisões, com mínima agressão ao organismo, realizado por meio de uma técnica conhecida como laparoscopia.

Laparoscopia é uma maneira de olhar dentro do abdômen, através de um mini-corte por onde se introduz uma lente chamada laparoscópio.

Para criar o espaço necessário para a cirurgia e adequada visualização dos órgãos abdominais a cavidade abdominal é preenchida e insuflada com ar (gás carbônico) através de um aparelho chamado insuflador. Ao processo de encher a cavidade abdominal com ar denomina-se penumoperitôneo.

O instrumental cirúrgico e uma câmera entram na cavidade através de trocateres, que são tubos com válvulas para permitir a entrada de gás carbônico e dos instrumentos. Os instrumentos de cirurgia (pinças, tesouras, cautérios, porta agulhas, fios, gazes e outros) são introduzidos pelo cirurgião através destes trocateres que se localizam em pequenas incisões na pele (de 1 a 15 mm) denominadas portais.

O pneumoperitônio é realizado de forma aberta ou fechada. Este primeiro portal geralmente se localiza próximo ao umbigo para que a cicatriz fique escondida. Na forma aberta é realizada um minicorte e o primeiro trocater é inserido sob visão direta na cavidade abdominal. Na forma fechada é realizada uma punção com uma agulha especial (agulha de Veress) e após ser atingida a pressão desejada é inserido um instrumento às cegas na cavidade. Após a introdução do primeiro portal é inserida uma microcâmera e uma fonte de luz, através de fibra óptica. Esta câmera aumenta a visão do cirurgião e permite que a cirurgia possa ser realizada sem cortes maiores. O médico especialista inspeciona todos os órgãos da cavidade abdominal e verifica se a cirurgia pode prosseguir. São inseridos os demais instrumentos com a realização de novos portais de acordo com o procedimento a ser realizado. Ao final da operação são retirados os trocateres e os portais são fechados com técnica de cirurgia plástica.

De uma forma geral, os riscos do procedimento cirúrgico ainda existem mesmo quando realizados por laparoscopia em mãos experientes e são similares aqueles da cirurgia convencional. Converse com nossa equipe sobre os risco e alternativas da cirurgia.

Sabe-se ainda que por realizar incisões menores o risco de infecção da ferida cirúrgica seja menor com o uso de laparoscopia. Existem complicações associadas especificamente ao uso desta técnica relacionadas a punção e ao pneumoperitôneo.

Outras vantagens do uso de cirurgia minimamente invasiva

- Com cortes menores há menos dor, com menor uso de remédios e a recuperação é mais rápida: você pode caminhar e movimentar-se livremente de forma mais rápida, previnindo complicações relacionadas a pessoas acamadas, tais como infeccção e embolismo. Há um retorno do funcionamento do intestino mais cedo permitindo que você se alimente antes. Você também pode sair do hospital em um curto período de tempo (em média em 24 horas) e retornar as suas atividades diárias em um curto prazo (em média em uma semana).
- Do ponto de vista estético, os resultados são mais agradáveis.

Hoje, praticamente todas as cirurgias do Aparelho Digestivo podem ser realizadas através de métodos minimamente invasivos. Os benefícios são os mesmos, mas vale ressaltar que procedimentos complexos envolvem um maior risco devido ao tempo que a equipe médica precisa para obter a experiência necessária para conduzir estes procedimentos de forma segura. Seu uso está principalmente consagrado para tratamento das doenças da vesícula biliar e do refluxo gastroesofageno, seguido por apendicectomias, cirurgias de obesidade e correção de hérnias. O uso em cirurgia de fígado e de pâncreas vem crescendo gradativamente. A Sociedade Brasileira de Videocirurgia (Sobracil) promove o desenvolvimento destas técnicas no Brasil.

Saiba mais

- "Láparos" vem do grego e significa abdômen. Laparotomia é a cirurgia que incisa a parede abdominal para operar as estruturas e órgãos intra-abdominais a céu aberto.
- Foi somente em 1962 que se realizou a primeira laqueadura tubária por via laparoscópica. Em 1974, Semm em Lubeck, na Alemanha, realizou vários tipos de cirurgia ginecológica. Sem é considerado o pai da cirurgia laparoscópica. Por sua influência direta, os avanços iniciais foram todos na área ginecológica. Em 1983 esse mesmo cirurgião alemão e Mouret em Lyon, França, executaram as primeiras apendicectomias. Em 1987, já com o desenvolvimento de microcâmeras de vídeo, realizou-se a primeira remoção laparoscópica de vesícula biliar. A partir da década de 90 houve uma proliferação da técnica de cirurgia minimamente invasiva, sendo que hoje a técnica é de uso preferencial para um grande número de cirurgias abdominais. 
Fonte:www.cirurgiahepatogastro.com.br

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Intoxicação alimentar grave pode até levar à morte


Ovo, maionese e frutos do mar são os principais vilões do problema.

Nos restaurantes, na praia e até mesmo em casa, muito alimentos são os agentes campeões dos surtos de doenças transmitidas por alimentos (DTA). Causada por bactérias, vírus e algumas toxinas, a intoxicação alimentar é mais comum nas altas temperaturas e pode ocorrer tanto no processo de produção quanto de manuseio dos produtos, provocando a deteriorização dos alimentos. "As altas temperaturas e a falta de higiene são as principais causas da contaminação e se não for tratada a tempo, esta infecção intestinal pode levar a morte", explica Antonio Carlos Lopes, clínico médico da Unifesp. 
Alimentos contaminados geram intoxicação
Eles podem ocorrer em qualquer época do ano e causar falta de apetite, náuseas, vômitos, diarreia, dores abdominais e febre, além da possibilidade de atingirem o fígado (hepatite A) e as terminações nervosas periféricas (botulismo). Há um registro médio de 665 surtos por ano no Brasil, com 13 mil doentes, de acordo com o Ministério da Saúde. Por isso, é importante ficar atento à alimentação.

Segundo a Secretaria de Vigilância em Saúde, mais de 117 mil brasileiros adoeceram e 64 morreram entre 1999 e agosto de 2008 por esse motivo. Um estudo realizado pelo Centro para Ciência no Interesse Público dos Estados Unidos, divulgado no blog Well, do jornalThe New York Times, aponta o ovo cru, consumido principalmente na gemada, como um dos dez vilões mais perigosos da intoxicação alimentar. 

Os cientistas explicam que tal resultado se dá pelo fato do ovo cru ser muito suscetível a contaminações por bactérias, como a salmonela, que podem levar à morte se não forem tratadas a tempo. Tais bactérias invadem o sistema imunológico das pacientes e alteram todo o funcionamento do organismo, em especial do intestino, fígado e rins, provocando dores fortes e náuseas. Segundo o estudo, entre os produtos que mais provocaram o problema estão ovos crus e mal cozidos (22,8%), carnes vermelhas (11,7%), sobremesas (10,9%), água (8,8%), leite e derivados (7,1%). 

Principais causas da intoxicação alimentar

1. Bacteriana: as principais causas são as bactériasSalmonela ou Estafilococos. Podem ser originadas no preparo ou pela deterioração dos alimentos. "Quando a intoxicação é causada por bactéria, é mais grave e pode levar a desidratação aguda e ao choque da pressão arterial. Aparecem vômitos, febre, diarreia e, em estágios mais graves, chega a sangrar", explica o clínico Antonio Carlos Lopes. 

2. Viral: é menos frequente, mas alguns vírus podem levar à intoxicação alimentar. A hepatite B pode ser transmitida por copos ou utensílios, que não foram lavados adequadamente. "Se o vilão da história for um vírus, os sintomas são os mesmos: diarreia, febre, vômitos, mas aparecem com menor intensidade e podem ser tratados apenas com ingestão de alimentos leves, como frutas e de líquidos (chás, água de coco e muita água)", continua. 

3. Botulismo: é uma forma de intoxicação alimentar rara, mas potencialmente fatal, causada por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum, presente no solo e em alimentos contaminados e mal conservados, principalmente enlatados. A ingestão excessiva desta toxina leva a alterações no sistema nervoso e os primeiros sintomas são boca seca, visão dupla e a incapacidade de focar objetos próximos. "É mais grave, porém pouco comum. Os enlatados são os principais causadores desse tipo de intoxicação e devem ser consumidos com cautela", explica Antonio Carlos. 

Bactéria causadora de infecção

Tratamento

Por bactérias: "se os sintomas durarem por mais de 3 dias sem melhoras, o ideal é procurar um médico e seguir a risca o tratamento com antibióticos", explica Antonio Carlos. 

Por vírus: "nestes casos, o tratamento é mais simples, com ingestão de bastante líquido, em especial água de coco para hidratar, e repouso", continua o clínico.

Botulismo: o tratamento deve ser acompanhada por um médico. "São casos mais graves, não dá para tratar só com repouso e água", explica Antonio Carlos.





Cuidados com alimentos
A prevenção é sempre mais importante. O certo seria não ingerir nenhum alimento que você não tenha preparado em casa, em condições ideais de higiene, mas como não é possível, fique atento a alguns fatores como armazenamento e lavagem.

1. Mantenha a temperatura do refrigerador abaixo de 4 graus centígrados. Isto irá retardar o crescimento das bactérias. Esse crescimento ocorre muito rapidamente, entre 16 e 45 graus centígrados, e mais lentamente entre 5 e 15 graus. É ainda importante lembrar que o congelamento não mata as bactérias, mas o seu crescimento fica inibido em temperaturas extremamente baixas. Mantenha o freezer com uma temperatura regulada entre 12 e 15 graus centígrados negativos.

2. Mantenha alimentos, peixes, carnes, ovos e laticínios na geladeira, até o momento de prepará-los. Alimentos fora do refrigerador, nos períodos de verão, têm o risco de apresentarem o crescimento da bactéria Salmonella, causadora de infecções gastrointestinais. 

3. Alimentos que sobram de uma refeição devem ser congelados imediatamente, para consumo posterior ou, então, serem descartados. Caso sejam guardados, deve-se procurar remover os acompanhamentos (como molhos), cobri-los e congelá-los imediatamente.  

4. Ostras e crustáceos devem ser bem cozidos, pois podem conter desde vírus ( causadores da hepatite, por exemplo), a bactérias (causadoras de intoxicação alimentar). 

5. Cuidados ao servir os alimentos: sirva,principalmente carnes e peixes, imediatamente após o cozimento e não aguarde mais de 2 horas para servir o alimento. Nos buffets de restaurantes, verifique se os alimentos frios estão no gelo a temperaturas próximas de zero grau, já os pratos quentes devem ser mantidos aquecidos acima de 60 graus centígrados. 

6.Utensílios usados devem ser lavados cuidadosamente, antes de receberem novas porções, mesmo que seja do mesmo alimento. Todas as frutas e outros vegetais devem ser cuidadosamente lavados. 

7. Lave as mãos e utensílios de cozinha antes de preparar os alimentos. "Facas utilizadas no corte de peixes ou carnes devem ser lavadas com água quente e detergente, antes de se iniciar o processo de preparo. Assim evita-se a contaminação", sugere o clínico. 

8. Cuidado com a água que você consome. "Muita gente acha que só alimentos causam intoxicação, mas a água é um dos principais motivos do problema. Prefira sempre água filtrada da qual você saiba a procedência", finaliza o clínico médico.  

E lembre-se, prefira sempre uma alimentação mais leve. Além de ser menos perigosa para o organismo, te ajuda a manter o peso .

Ranking dos alimentos mais perigosos *
1-Ovos
2-Frutos do mar
3-Enlatados
4-Maionese
5-Queijo, em especial os queijos quentes vendidos na praia
6-Frutas vendidas em potes ou em barracas na rua, como açaí, abacaxi , melancia e outros
7-Sorvete
8-Espetinhos em geral
*Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde
Publicado no site Minha Vida.
Atenção! As informações desse site visam apenas ajudar na compreensão dos temas, não deve ser usado como guia para diagnóstico e tratamento nem substituir uma visita ao médico.