Hemorroida, essa coisa feia e sem graça

Uma das queixas mais freqüentes no consultório de gastroenterologistas e proctologistas, diz respeito à presença das hemorroidas. É interessante observar que, independente da doença que afete o ânus ou o canal anal, o paciente queixa-se de que “sofre de hemorroidas”.

Não é nosso objetivo, neste texto, abordar outras doenças orificiais, tais como as fissuras e os abscessos/fístulas perianais, mas sim tentar esclarecer e orientar as pessoas sobre esta tão freqüente patologia: hemorroidas. Hemorróidas são dilatações venosas que surgem no ânus ou no canal anal. O nome tem origem na denominação das veias que aí se localizam e drenam essa região, as veias hemorroidárias. São classificadas em internas ou externas, conforme sua localização e em graus, de acordo com seu comportamento:

1º grau: não são visíveis externamente, mas podem sangrar às evacuações.

2º grau: exteriorizam-se durante a defecação, mas retornam espontaneamente ao canal anal, onde permanecem até o próximo evento.

3º grau: permanecem, constantemente, para fora do canal anal.
Os sintomas mais freqüentemente relatados pelos pacientes, são: sangramento anal, exteriorização de pele ou caroço em região anal, sensação de peso no reto, desconforto ou coceira anal, dor intensa e coágulo ou caroço em região anal (trombose hemorroidária) e saída de secreção (muco) que suja a roupa íntima.

Aqui, vale ressaltar que muitos pacientes, principalmente as mulheres, sentem-se desconfortáveis por não conseguir realizar adequada higiene da região, mesmo lavando-se sistematicamente após as evacuações. No entanto, nada se compara ao constrangimento de exibir para o(a) parceiro(a) sexual algo que consideram antiestético.

Se considerarmos os estragos que uma simples estria ou um pouco de celulite conseguem fazer na auto-estima feminina, podemos entender todo o drama daquelas mulheres que possuem hemorroidas de 3º grau, exteriorizando-se para fora do ânus e deformando-o. Nessas circunstâncias, a preocupação maior passa a ser em como esconder os genitais para que o parceiro não perceba as suas hemorroidas, em como fazer sexo sem que elas sejam identificadas. Seguramente, este é um fator limitante para o relacionamento sexual e interfere, negativamente, na libido feminina.

Entre as causas aventadas como predisponentes para o surgimento de hemorroidas, temos:

1 - Nossa condição de bípedes. Na evolução das espécies, desde que o Homem assumiu a posição ereta, houve uma alteração na coluna de pressão do sangue. Como esta é maior nas extremidades, as pernas (no caso dos membros) e o ânus (no caso do tubo digestivo) suportam as maiores pressões sobre os vasos sanguíneos e estes podem dilatar, dando origem às varizes das pernas e às hemorróidas, no ânus.

Vaso sanitário não é poltrona! É bom lembrar também que, pelo mesmo raciocínio, vaso sanitário não é poltrona. Nada de ler o jornal de domingo inteiro, sentado no vaso. Quanto maior o tempo sentado no vaso, maior a pressão sobre as hemorroidas. O resultado é que você sai do banheiro com as hemorróidas totalmente para fora. Conclusão: só vá ao banheiro quando estiver com vontade de evacuar. Se por algum motivo não conseguir, levante-se e aguarde o próximo reflexo de evacuação, que pode ser percebido após as refeições.

2 - Distúrbios do funcionamento intestinal (diarreia e, mais freqüentemente, constipação intestinal).
3 - Hereditariedade.
4 - exercícios físicos ou esforço para carregar peso exagerados. Aqui, não podemos deixar de citar o parto normal como exemplo de grande esforço físico e que pode ser responsável pelo surgimento de hemorroidas. Neste caso específico, o mais freqüente é que as hemorróidas desapareçam após um período de tempo.
5 - Aumento da pressão dentro do abdômen que ocorre, por exemplo, na gestação e na obesidade.

O diagnóstico é feito pelo médico especialista, baseado nos dados de história clínica e exame físico detalhado, que deve incluir, obrigatoriamente, a inspeção da região anal e o toque retal.

A boa prática médica recomenda que toda e qualquer queixa de sangramento anal seja melhor investigada, com retossigmoidoscopia e/ou colonoscopia, mesmo que o paciente seja portador de hemorroidas.

Explico: não é raro que um paciente com hemorroidas, doença muito freqüente na população, seja portador também de pólipos ou outras lesões mais altas, inclusive câncer do reto e dos cólons, e que sejam os responsáveis de fato pelo sangramento. 
Uma vez confirmado o diagnóstico, analisa-se a melhor proposta de tratamento que inclui, sempre, a regularização do funcionamento intestinal e medidas terapêuticas clínicas ou cirúrgicas.

De modo geral, o bom funcionamento do intestino depende de medidas dietéticas simples, que incluem a ingestão de fibras e de líquido em quantidades adequadas. Não se recomenda o uso habitual de laxantes.

Se apenas tais medidas não forem suficientes para o controle dos sintomas ou se as hemorroidas já apresentam complicações, pode-se optar, sempre em função da mais adequada solução para cada caso, por:

- escleroterapia 
- ligadura elástica
- criocirurgia
- cirurgia convencional

Nos últimos anos, também pudemos incorporar ao arsenal terapêutico um método que utiliza um grampeador e que, quando bem indicado, pode proporcionar uma recuperação pós-operatória muito mais confortável. Este método, conhecido como P.P.H. – Procedimento para Prolapso e Hemorroidas – baseia-se na retirada de uma faixa de tecido que reveste o final do reto e o início do canal anal. Como conseqüência, o tecido remanescente é puxado para cima e diminui-se, assim, a exteriorização das hemorroidas.

Particularmente, não pratico escleroterapia nem criocirurgia, por julgar que os outros métodos citados preenchem, totalmente, a necessidade terapêutica de meus pacientes, com segurança e conforto.
Vale lembrar ainda, antes de encerrar este texto que, nos dias atuais, a cirurgia convencional não é mais encarada como causadora de profundo sofrimento para aqueles que se submetem ao método.

A adequada anestesia, a técnica cirúrgica delicada e precisa e o uso de medicação analgésica potente propiciam bom resultado terapêutico e um período pós-operatório bastante confortável.

Com este método, a pele que já perdeu a elasticidade é retirada e as veias hemorroidárias são amarradas, dentro do canal anal, o que garante que as hemorroidas não voltarão a aparecer. É a técnica que, em minha opinião, propicia os melhores resultados estéticos. E beleza, citando Vinícius de Moraes, é fundamental...

Na dificuldade de ilustração mais realista, as fotos remetem as hemorroidas à memória daqueles que delas padecem.

Fonte: Dra. Cleide Gonçalves de Almeida 

Atenção! As informações desse site visam apenas ajudar na compreensão dos temas, não deve ser usado como guia para diagnóstico e tratamento nem substituir uma visita ao médico.

Pedra na Vesícula - Quando a Cirurgia é Necessária

Para tratar a pedra na vesícula as vezes é necessário a realização de uma cirurgia. Um sintoma que aponta problema na a vesícula é a forte dor no estômago. Quando se torna ainda mais aguda, é sentida também na região das últimas costelas à direita.

O desconforto diminui e aumenta de intensidade, como uma cólica, e acaba irradiando pelo abdome superior e pelas costas. Depois acontecem os enjoos e o vômito. Esses são sintomas mais comuns da pedra na vesícula.





Esses foram os sintomas da dona de casa Fabiana Fillus, 49 anos, antes que ela saísse às pressas para o pronto-socorro mais próximo de sua casa. "Descobri que tinha pedra na vesícula quando tive uma dor insuportável e foi preciso sair correndo para ser medicada. Quando eu estava mais controlada, os médicos investigaram as causas mais prováveis que desencadearam aquela dor. Foi com uma ultrassonografia abdominal que o diagnóstico descartou problemas em outros órgãos e indicou a existência de cálculos na vesícula biliar", conta ela.


Segundo pesquisas, esse quadro doloroso não é incomum, já que de 10% a 20% das pessoas com idade entre 35 e 65 anos têm cálculos na vesícula. "A doença afeta mais a mulher, e algumas das possíveis causas são a síndrome plurimetabólica, descontrole hormonal em vários órgãos, a obesidade, o efeito sanfona, processo constante de ganho e perda de peso, a idade e a presença de diabetes", explica o infectologista e chefe da disciplina de Clínica Médica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Paulo Olzon Monteiro da Silva.

Na maioria dos casos, as pedras são assintomáticas, e o paciente só vai saber que tem o distúrbio quando elas obstruem parcial ou totalmente as vias biliares, causando dor. "Tem que ter cuidado para não confundir problemas de fígado com vesícula. Geralmente, as pessoas acham que estão passando mal, com diarréia, dor de cabeça, enjoo e a pele e o branco dos olhos meio amarelados, porque o fígado não está cumprindo seu papel, mas, na realidade, este órgão causa poucos sintomas. O que acontece realmente é que a vesícula não está funcionando como deveria", esclarece Olzon.

Funções

De acordo com o gastroenterologista Vitório Luiz Kemp, de São Paulo, a vesícula biliar é um órgão pequeno, no formato de uma pêra, localizado embaixo do fígado. Ela é a responsável por armazenar a bile, um líquido esverdeado produzido pelo fígado que aumenta a solubilidade de gorduraspara o organismo absorver com mais facilidade as vitaminas provenientes dos alimentos e, ainda, facilita o trânsito intestinal. Funciona como um "sabão" do corpo, quebrando as gorduras que ficam presas no intestino. Depois dessa "limpeza", o que não vai ser aproveitado é jogado fora - neste caso, com as fezes.

"Sempre que se come alguma coisa, a vesícula é encarregada de jogar a bile, fazendo pequenas contrações, no duodeno, que é a primeira parte do intestino, para a digestão acontecer sem nenhum mal-estar. É lógico que em refeições pesadas, com gorduras em excesso, o trabalho vai ser bem maior. Mas se isso não for freqüente, a bile executa o trabalho direitinho. Isto é, quando não há uma pedrinha no caminho", diz Kemp.

Mas como essas pedras se formam? "Dentro da vesícula, estão concentrados gorduras e sais biliares. Se houver qualquer alteração nessa solução, começam a ser formados os cálculos, que podem ficar tranquilamente guardados ali por anos sem causar problemas. Dependendo do tamanho, eles também podem passar pelas vias biliares, causando um mal-estar dolorido, mas passageiro, ou, simplesmente, obstruir o canal, quando acontecem as cólicas, vômitos e febres", prossegue o gastroenterologista.

Tratamento

O tratamento para os problemas de cálculo na vesícula podem ser feitos com medicação ou cirurgias. "Os medicamentos ajudam a dissolver a solução dentro da vesícula, evitando a formação de pedras. No entanto, leva de seis meses a um ano, é caro e nem sempre resolve o caso", explica o médico Paulo Olzon.

Diante disso, a remoção cirúrgica da vesícula, ou colecistectomia, é a opção preferida pela maioria dos médicos. "Essa escolha é feita porque as intervenções convencionais, que até alguns anos atrás pediam internação mínima de cinco dias e deixavam cicatriz de 20 a 30 cm de extensão, estando, portanto, mais sujeitas a complicações, foram deixadas de lado. Hoje, com a videolaparoscopia, intervenção feita por meio de mini incisões, com o auxílio de um sistema de vídeo, a cirurgia dura de duas a quatro horas, dependendo da anatomia do paciente, e a internação caiu para dois ou três dias. Os cortes têm apenas meio centímetro e a recuperação no pós-operatório é bem mais rápida", garante o infectologista.

Fonte: vilamulher.terra.com.br

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Cirurgia Minimamente Invasiva

O que é cirurgia minimamente invasiva?

cirurgia minimamente invasiva é aquela realizada por meio de pequenas incisões, com mínima agressão ao organismo, realizado por meio de uma técnica conhecida como laparoscopia.

Laparoscopia é uma maneira de olhar dentro do abdômen, através de um mini-corte por onde se introduz uma lente chamada laparoscópio.

Para criar o espaço necessário para a cirurgia e adequada visualização dos órgãos abdominais a cavidade abdominal é preenchida e insuflada com ar (gás carbônico) através de um aparelho chamado insuflador. Ao processo de encher a cavidade abdominal com ar denomina-se penumoperitôneo.

O instrumental cirúrgico e uma câmera entram na cavidade através de trocateres, que são tubos com válvulas para permitir a entrada de gás carbônico e dos instrumentos. Os instrumentos de cirurgia (pinças, tesouras, cautérios, porta agulhas, fios, gazes e outros) são introduzidos pelo cirurgião através destes trocateres que se localizam em pequenas incisões na pele (de 1 a 15 mm) denominadas portais.

O pneumoperitônio é realizado de forma aberta ou fechada. Este primeiro portal geralmente se localiza próximo ao umbigo para que a cicatriz fique escondida. Na forma aberta é realizada um minicorte e o primeiro trocater é inserido sob visão direta na cavidade abdominal. Na forma fechada é realizada uma punção com uma agulha especial (agulha de Veress) e após ser atingida a pressão desejada é inserido um instrumento às cegas na cavidade. Após a introdução do primeiro portal é inserida uma microcâmera e uma fonte de luz, através de fibra óptica. Esta câmera aumenta a visão do cirurgião e permite que a cirurgia possa ser realizada sem cortes maiores. O médico especialista inspeciona todos os órgãos da cavidade abdominal e verifica se a cirurgia pode prosseguir. São inseridos os demais instrumentos com a realização de novos portais de acordo com o procedimento a ser realizado. Ao final da operação são retirados os trocateres e os portais são fechados com técnica de cirurgia plástica.

De uma forma geral, os riscos do procedimento cirúrgico ainda existem mesmo quando realizados por laparoscopia em mãos experientes e são similares aqueles da cirurgia convencional. Converse com nossa equipe sobre os risco e alternativas da cirurgia.

Sabe-se ainda que por realizar incisões menores o risco de infecção da ferida cirúrgica seja menor com o uso de laparoscopia. Existem complicações associadas especificamente ao uso desta técnica relacionadas a punção e ao pneumoperitôneo.

Outras vantagens do uso de cirurgia minimamente invasiva

- Com cortes menores há menos dor, com menor uso de remédios e a recuperação é mais rápida: você pode caminhar e movimentar-se livremente de forma mais rápida, previnindo complicações relacionadas a pessoas acamadas, tais como infeccção e embolismo. Há um retorno do funcionamento do intestino mais cedo permitindo que você se alimente antes. Você também pode sair do hospital em um curto período de tempo (em média em 24 horas) e retornar as suas atividades diárias em um curto prazo (em média em uma semana).
- Do ponto de vista estético, os resultados são mais agradáveis.

Hoje, praticamente todas as cirurgias do Aparelho Digestivo podem ser realizadas através de métodos minimamente invasivos. Os benefícios são os mesmos, mas vale ressaltar que procedimentos complexos envolvem um maior risco devido ao tempo que a equipe médica precisa para obter a experiência necessária para conduzir estes procedimentos de forma segura. Seu uso está principalmente consagrado para tratamento das doenças da vesícula biliar e do refluxo gastroesofageno, seguido por apendicectomias, cirurgias de obesidade e correção de hérnias. O uso em cirurgia de fígado e de pâncreas vem crescendo gradativamente. A Sociedade Brasileira de Videocirurgia (Sobracil) promove o desenvolvimento destas técnicas no Brasil.

Saiba mais

- "Láparos" vem do grego e significa abdômen. Laparotomia é a cirurgia que incisa a parede abdominal para operar as estruturas e órgãos intra-abdominais a céu aberto.
- Foi somente em 1962 que se realizou a primeira laqueadura tubária por via laparoscópica. Em 1974, Semm em Lubeck, na Alemanha, realizou vários tipos de cirurgia ginecológica. Sem é considerado o pai da cirurgia laparoscópica. Por sua influência direta, os avanços iniciais foram todos na área ginecológica. Em 1983 esse mesmo cirurgião alemão e Mouret em Lyon, França, executaram as primeiras apendicectomias. Em 1987, já com o desenvolvimento de microcâmeras de vídeo, realizou-se a primeira remoção laparoscópica de vesícula biliar. A partir da década de 90 houve uma proliferação da técnica de cirurgia minimamente invasiva, sendo que hoje a técnica é de uso preferencial para um grande número de cirurgias abdominais. 
Fonte:www.cirurgiahepatogastro.com.br

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Intoxicação alimentar grave pode até levar à morte


Ovo, maionese e frutos do mar são os principais vilões do problema.

Nos restaurantes, na praia e até mesmo em casa, muito alimentos são os agentes campeões dos surtos de doenças transmitidas por alimentos (DTA). Causada por bactérias, vírus e algumas toxinas, a intoxicação alimentar é mais comum nas altas temperaturas e pode ocorrer tanto no processo de produção quanto de manuseio dos produtos, provocando a deteriorização dos alimentos. "As altas temperaturas e a falta de higiene são as principais causas da contaminação e se não for tratada a tempo, esta infecção intestinal pode levar a morte", explica Antonio Carlos Lopes, clínico médico da Unifesp. 
Alimentos contaminados geram intoxicação
Eles podem ocorrer em qualquer época do ano e causar falta de apetite, náuseas, vômitos, diarreia, dores abdominais e febre, além da possibilidade de atingirem o fígado (hepatite A) e as terminações nervosas periféricas (botulismo). Há um registro médio de 665 surtos por ano no Brasil, com 13 mil doentes, de acordo com o Ministério da Saúde. Por isso, é importante ficar atento à alimentação.

Segundo a Secretaria de Vigilância em Saúde, mais de 117 mil brasileiros adoeceram e 64 morreram entre 1999 e agosto de 2008 por esse motivo. Um estudo realizado pelo Centro para Ciência no Interesse Público dos Estados Unidos, divulgado no blog Well, do jornalThe New York Times, aponta o ovo cru, consumido principalmente na gemada, como um dos dez vilões mais perigosos da intoxicação alimentar. 

Os cientistas explicam que tal resultado se dá pelo fato do ovo cru ser muito suscetível a contaminações por bactérias, como a salmonela, que podem levar à morte se não forem tratadas a tempo. Tais bactérias invadem o sistema imunológico das pacientes e alteram todo o funcionamento do organismo, em especial do intestino, fígado e rins, provocando dores fortes e náuseas. Segundo o estudo, entre os produtos que mais provocaram o problema estão ovos crus e mal cozidos (22,8%), carnes vermelhas (11,7%), sobremesas (10,9%), água (8,8%), leite e derivados (7,1%). 

Principais causas da intoxicação alimentar

1. Bacteriana: as principais causas são as bactériasSalmonela ou Estafilococos. Podem ser originadas no preparo ou pela deterioração dos alimentos. "Quando a intoxicação é causada por bactéria, é mais grave e pode levar a desidratação aguda e ao choque da pressão arterial. Aparecem vômitos, febre, diarreia e, em estágios mais graves, chega a sangrar", explica o clínico Antonio Carlos Lopes. 

2. Viral: é menos frequente, mas alguns vírus podem levar à intoxicação alimentar. A hepatite B pode ser transmitida por copos ou utensílios, que não foram lavados adequadamente. "Se o vilão da história for um vírus, os sintomas são os mesmos: diarreia, febre, vômitos, mas aparecem com menor intensidade e podem ser tratados apenas com ingestão de alimentos leves, como frutas e de líquidos (chás, água de coco e muita água)", continua. 

3. Botulismo: é uma forma de intoxicação alimentar rara, mas potencialmente fatal, causada por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum, presente no solo e em alimentos contaminados e mal conservados, principalmente enlatados. A ingestão excessiva desta toxina leva a alterações no sistema nervoso e os primeiros sintomas são boca seca, visão dupla e a incapacidade de focar objetos próximos. "É mais grave, porém pouco comum. Os enlatados são os principais causadores desse tipo de intoxicação e devem ser consumidos com cautela", explica Antonio Carlos. 

Bactéria causadora de infecção

Tratamento

Por bactérias: "se os sintomas durarem por mais de 3 dias sem melhoras, o ideal é procurar um médico e seguir a risca o tratamento com antibióticos", explica Antonio Carlos. 

Por vírus: "nestes casos, o tratamento é mais simples, com ingestão de bastante líquido, em especial água de coco para hidratar, e repouso", continua o clínico.

Botulismo: o tratamento deve ser acompanhada por um médico. "São casos mais graves, não dá para tratar só com repouso e água", explica Antonio Carlos.





Cuidados com alimentos
A prevenção é sempre mais importante. O certo seria não ingerir nenhum alimento que você não tenha preparado em casa, em condições ideais de higiene, mas como não é possível, fique atento a alguns fatores como armazenamento e lavagem.

1. Mantenha a temperatura do refrigerador abaixo de 4 graus centígrados. Isto irá retardar o crescimento das bactérias. Esse crescimento ocorre muito rapidamente, entre 16 e 45 graus centígrados, e mais lentamente entre 5 e 15 graus. É ainda importante lembrar que o congelamento não mata as bactérias, mas o seu crescimento fica inibido em temperaturas extremamente baixas. Mantenha o freezer com uma temperatura regulada entre 12 e 15 graus centígrados negativos.

2. Mantenha alimentos, peixes, carnes, ovos e laticínios na geladeira, até o momento de prepará-los. Alimentos fora do refrigerador, nos períodos de verão, têm o risco de apresentarem o crescimento da bactéria Salmonella, causadora de infecções gastrointestinais. 

3. Alimentos que sobram de uma refeição devem ser congelados imediatamente, para consumo posterior ou, então, serem descartados. Caso sejam guardados, deve-se procurar remover os acompanhamentos (como molhos), cobri-los e congelá-los imediatamente.  

4. Ostras e crustáceos devem ser bem cozidos, pois podem conter desde vírus ( causadores da hepatite, por exemplo), a bactérias (causadoras de intoxicação alimentar). 

5. Cuidados ao servir os alimentos: sirva,principalmente carnes e peixes, imediatamente após o cozimento e não aguarde mais de 2 horas para servir o alimento. Nos buffets de restaurantes, verifique se os alimentos frios estão no gelo a temperaturas próximas de zero grau, já os pratos quentes devem ser mantidos aquecidos acima de 60 graus centígrados. 

6.Utensílios usados devem ser lavados cuidadosamente, antes de receberem novas porções, mesmo que seja do mesmo alimento. Todas as frutas e outros vegetais devem ser cuidadosamente lavados. 

7. Lave as mãos e utensílios de cozinha antes de preparar os alimentos. "Facas utilizadas no corte de peixes ou carnes devem ser lavadas com água quente e detergente, antes de se iniciar o processo de preparo. Assim evita-se a contaminação", sugere o clínico. 

8. Cuidado com a água que você consome. "Muita gente acha que só alimentos causam intoxicação, mas a água é um dos principais motivos do problema. Prefira sempre água filtrada da qual você saiba a procedência", finaliza o clínico médico.  

E lembre-se, prefira sempre uma alimentação mais leve. Além de ser menos perigosa para o organismo, te ajuda a manter o peso .

Ranking dos alimentos mais perigosos *
1-Ovos
2-Frutos do mar
3-Enlatados
4-Maionese
5-Queijo, em especial os queijos quentes vendidos na praia
6-Frutas vendidas em potes ou em barracas na rua, como açaí, abacaxi , melancia e outros
7-Sorvete
8-Espetinhos em geral
*Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde
Publicado no site Minha Vida.
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Pólipo de Vesícula Biliar o que fazer ? Consenso do Colégio Brasileiro de Cirurgiões

Pólipo de Vesícula Biliar
Alguns estudos apontam para uma associação entre polipose de vesícula biliar e leucodistrofia metacromática. Esta se caracteriza pelo depósito de material metacromático resultante da quebra de mielina no sistema nervoso central e periférico. As manifestações clínicas estão relacionadas com a degeneração da substância branca encefálica. Como a polipose biliar é um fenômeno raro na infância, a leucodistrofia metacromática deve ser excluída nessa ocasião. A polipose vesicular é encontrada dez vezes mais em pacientes com retocolite ulcerativa. Na doença de Peutz-Jeghers também podem ocorrer hematomas intravesiculares. Em dislipidemais, como na doença de Gaucher, podem ser encontrados pólipos de gordura dentro da vesícula. Estudos mostraram não haver associação entre lesões polipoides de vesícula biliar (LPVB) e sexo, índice de massa corporal e diabetes melito, considerados fatores de risco para litíase biliar. Também não há associação com gestações e uso de anticoncepcionais orais. Os fatores de risco para colelitíase (obesidade, gravidez, anticoncepcionais, etc.) não parecem estar relacionados com LPVB. Há dúvidas quanto a uma possível associação entre pólipos e carcinoma da vesícula. Os adenomas, que representam 4% das lesões polipoides, podem ser os precursores do carcinoma de vesícula, ainda que alguns autores acreditem que a maioria dos carcinomas se desenvolva a partir de um epitélio plano displásico, em termo estimado de 15 anos entre displasia e câncer avançado.

Existe pólipo sintomático?
As LPVB são assintomáticas, salvo casos excepcionais. Durante investigação de quadros dispépticos, o eventual achado de lesão polipoide na vesícula biliar geralmente não explica a origem das queixas do paciente. A maioria dos sintomas pode ser atribuída a afecções concomitantes, como cálculos de vesícula (presentes em 15% dos casos com lesão polipoide), úlcera péptica ou refluxo gastroesofágico. Algumas lesões polipóides maiores ou localizadas próximo ao ducto cístico podem obstruir o trânsito colecistocoledociano, produzindo quadros de cólica biliar ou colecistite aguda. Ocasionalmente, um pólipo de colesterol pediculado pode desprender-se da parede vesicular e obstruir o cístico ou a via biliar extra-hepática distal. 

Na presença de lesão polipoide recomenda-se outro(s) exame(s) além da ultra-sonografia? Qual(is)? É possível diferenciar a lesão benigna da maligna antes da cirurgia?
A ultra-sonografia apresenta acurácia diagnóstica superior ao de outros exames. A sensibilidade e a especificidade da ultra-sonografia na detecção de LPVB estão em torno de 90%. A tomografia computadorizada apresenta sensibilidade aproximada de 70%. A maioria da LPVB são pólipos de colesterol, dos quais cerca de 90% têm menos de dez milímetros de diâmetro. A apresentação mais comum dessas lesões é de uma imagem pequena, arredondada, ecogênica e sem sombra acústica. Apresentam um pedículo estreito e frágil que pode, muitas vezes, não ser identificado na ultra-sonografia. Lesões polipóides sésseis e espessamento da parede vesicular aumentam a suspeita de câncer, exigindo a realização de tomografia computadorizada e, se disponível, ultra-sonografia endoscópica. Em geral, padrões hipoecogênicos são considerados atípicos para pólipos de colesterol e são sugestivos de malignidade. A prevalência de neoplasias malignas é alta em LPVB com diâmetro superior a 10 mm. Assim, é indispensável o diagnóstico diferencial nessas ocasiões. A presença de imagem ecogênicas parcialmente agregada em lesões polipoides indica um pólipo de colesterol, mesmo que a lesão apresente áreas hipoecogênicas. A ultra-sonografia endoscópica é mais sensível para detectar este padrão de agregação, o qual é um sinal altamente sugestivo de pólipo de colesterol. Estudos sugerem que as LPVB com diâmetro acima de cinco mm, ou aquelas com padrão ecogênico, devem ser examinadas pela ultra-sonografia endoscópica. Quando este exame evidenciar a presença de agregação com imagens ecogênicas, pelo menos parcial, o diagnóstico é considerado pólipo de colesterol. A presença de microcistos múltiplos intramurais indica adenomiomatose. O diagnóstico de adenocarcinoma deve ser considerado em lesões sésseis com mais de 10 mm de diâmetro e ecogenicidade heterogênea. Não obstante os relatos de estudos citológicos de aspirado de LPVB obtidos por punção guiada por ultra-sonografia, os membros do consenso não recomendam este procedimento. Uma precisa distinção pré-operatória entre lesão benigna e maligna não é possível com os atuais métodos utilizados na investigação das LPVB.

Além do tamanho da lesão polipoide, que outros fatores influem na conduta? 
O tamanho, o aspecto e o número de lesões, a presença de cálculos e a idade dos pacientes correlacionam-se com a natureza benigna ou maligna das LPVB e auxiliam na fundamentação da conduta a ser adotada. Assim, características como diâmetro da lesão maior que 10 mm, base de implantação com mais de cinco mm, crescimento rápido, espessamento da parede vesicular, colelitíase e idade superior a 50 anos reforçam a indicação cirúrgica, visto que nesses casos o risco de carcinoma é maior. 

Colecistectomia laparotômica ou laparoscópica?
A colecistectomia laparotômica está indicada nos pacientes com suspeita elevada de neoplasia vesicular maligna, independente da presença ou não de cálculos. São considerados fatores de risco para neoplasia maligna: lesão polipoide maior que 10 mm, aspecto séssil, crescimento rápido, espessamento de parede vesicular e idade superior a 50 anos. Em presença de fatores de risco a indicação da laparotomia independe do tamanho da lesão polipoide. A cirurgia laparoscópica fica reservada para LPVB menores que 10 mm, associadas à colelitíase e sem os fatores de risco mencionados. 

Conclusão
As LPVB não acompanhadas de cálculos, com menos de 10 mm e sem fatores de risco para câncer devem ser acompanhadas eco graficamente a cada seis meses nos primeiros dezoito meses. Na ausência de crescimento da lesão após esse período, o controle ecográfico passa a ser feito anualmente. Nas lesões com menos de 10 mm, sem fatores de risco para câncer, mas acompanhadas de cálculos está indicada a colecistectomia laparoscópica, adotando-se precauções para que a vesícula não sofra perfurações e seja retirada da cavidade abdominal envolta por saco protetor. A colecistectomia laparotômica será empregada na impossibilidade da abordagem laparoscópica. Nas lesões com menos de 10 mm, com fator de risco, está indicada a colecistectomia laparotômica. Nas lesões com mais de 10 mm está indicada a colecistectomia laparotômica, independente da presença ou não de cálculos ou de fatores de risco para câncer. A incessante incorporação de novos conhecimentos acerca da evolução natural das LPVB e os avanços nos métodos diagnósticos e terapêuticos levará, no futuro, ao aprimoramento da conduta presentemente recomendada.
Fonte: Colégio Brasileiro de Cirurgiões
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Pancreatite Aguda


O que é?
O pâncreas é um órgão situado no abdome superior e é responsável pela produção de sucos digestivos e alguns hormônios, como a insulina. Em geral, com os cuidados médicos adequados, um episódio de pancreatite aguda não leva a complicações mais sérias, mas em alguns casos os indivíduos podem necessitar de uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Patogenia (Como acontece?)
Os principais responsáveis pelos episódios de pancreatite aguda são:

  • Presença de “pedras” na vesícula ou nos ductos biliares 
  • O uso abusivo do álcool (nesses casos, a doença já pode ser crônica) 
  • Elevações exageradas de triglicérides (gordura do sangue) podem ser um fator de risco importante. O uso de alguns medicamentos, a realização de colangiopancreatografia retrógrada endoscópica (CPRE), um tipo especial de endoscopia, níveis elevados de cálcio no sangue, presença de alguma doença auto-imune, fatores genéticos e algumas infecções podem ter papel determinante em sua ocorrência. Em cerca de 20% dos casos a causa não pode ser determinada, o que parece aumentar o risco de recorrências.
Sinais e sintomas (O que se sente?)
Dor abdominal é a queixa mais freqüente. Pode durar dias. A dor pode ser sentida também nas costas e curvar o tronco pode trazer certo alívio. A distensão abdominal junto com a dor também é um sintoma freqüente. A dor é intensa e se irradia em faixa, no abdome superior. No entanto, há casos em que a pessoa não refere dores abdominais. Outros sintomas como enjôo, vômitos, palpitações, falta de ar ou dificuldade para respirar, febre e pele amarelada podem aparecer.
Se a pancreatite aguda for secundária a presença de pedras, a dor costuma ser persistente, durando de 6 a 8 horas, sendo desencadeada após alimentação. A dor vai aumentando de intensidade e pode vir acompanhada de enjôo e vômito.
No caso da pancreatite aguda alcoólica, os sintomas se iniciam de 1 a 3 dias após ingestão abusiva de álcool ou mesmo sem beber. Quase sempre, as dores são acompanhadas por enjôo e vômito.

Evolução
Em uma pequena porcentagem dos casos, poderá haver uma evolução para uma condição mais séria, também chamada pancreatite necrotizante, com morte de tecido pancreático. Nesses casos, a inflamação pode se estender à distância e envolver outros órgãos, como pulmões, pleura, pericárdio e rins. Pode também haver formação de ascite (“barriga d’agua”) pelo extravasamento do líquido do pâncreas dentro do abdome e pela inflamação. Nessas condições, o intestino não funciona direito e a pessoa sofre parada dos movimentos intestinais. O sangramento digestivo é uma complicação rara.

Diagnóstico (Como seu médico irá diagnosticar?)
O diagnóstico é feito com base na história clínica, exame físico do paciente, dados laboratoriais e de imagem.
Buscando descobrir qual a causa base que desencadeou a doença, questionamentos sobre história de “pedras” na vesícula e uso persistente de álcool deverão ser feitos pelo médico.
Níveis elevados de ambas as enzimas pancreáticas (amilase e lipase), cerca de 3x o valor normal, acabam fechando diagnóstico na ausência de falha dos rins.
Os exames de imagem trazem informações sobre a estrutura, a presença de pedras na vesícula e dos órgãos em volta do pâncreas. Uma ultrassonografia deve ser realizada em busca das pedras, mas esse exame não é capaz de identificar complicações. Exames de raios-x de tórax e abdome podem apresentar achados sugestivos de pancreatite aguda.
O melhor exame para diagnosticar pancreatite aguda á tomografia computadorizada (TC). Esse exame costuma ser realizado quando há outras suspeitas diagnósticas, quando não há resposta ao tratamento sintomático ou quando há suspeita de pancreatite necrotizante.
A colangiopancreatografia retrógrada endoscópica, endoscopia especial do pâncreas e das vias biliares, apesar de ser uma potencial causa de pancreatite aguda, pode ser importante na determinação da causa em situações de recorrência, principalmente em pacientes com problemas das vias biliares. Pode ser usada também no tratamento de algumas condições, como na remoção de pedras impactadas nas vias biliares.

Tratamento
O objetivo do tratamento é diminuir a inflamação do pâncreas e retirar a causa que desencadeou a crise.
Nos casos mais leves, o tratamento se baseia no alívio da dor, reposição de fluidos com soro, suspensão da alimentação oral e monitoramento constante. Nas complicações, deve-se associar terapia com antibióticos e retirada do tecido pancreático necrosado.

Prevenção Para evitar novos episódios, o indivíduo deve parar de beber. É indicado também que o cigarro seja abolido.
Nos casos da pancreatite aguda secundária a pedras é indicada a realização de cirurgia para retirada da vesícula.
Nos outros casos, a prevenção de novos episódios é específica, por exemplo, controlando os níveis de triglicérides no sangue, excluindo outros fatores precipitantes como medicamentos ou fazer corticoterapia.

Dúvidas frequentes - Tenho pedra na vesícula mas nunca senti nada. Devo retirar a vesícula?
Não há sustentação na literatura médica para indicar a retirada da vesícula em pessoas sem sintomas. Excetuam-se casos em que há risco de câncer de vias biliares ou história de complicações (como a pancreatite aguda) por exemplo. O melhor é conversar com seu médico sobre os possíveis benefícios dessa cirurgia.


- Quem teve pancreatite aguda pode voltar a beber?
O paciente com história de pancreatite aguda não poderá voltar a beber, diminuindo de forma importante a chance de seu quadro se repetir. Além disso, diminuirá as chances de aparecimento de outras doenças associadas ao álcool
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Autores: Reinaldo Benevides dos Santos, Dr. Jorge Carvalho Guedes


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Pequenos Hábitos Ajudam a Acabar com o Estômago Pesado


Uma boa digestão é fundamental para acabar com a gordura acumulada e com o mal-estar

Sabe como sua dieta pode render melhor? Com uma boa digestão. Esse processo é fundamental já que quando os alimentos mal digeridos se acumulam vão, com o tempo, se transformar emgordura. Fora que ninguém gosta de ficar com aquela sensação de estômago pesado, não é mesmo? A notícia boa é que você pode deixar sua digestão muito mais fácil incluindo em sua rotina pequenas atitudes que, após aquele prato delicioso, farão a diferença. Sem contar com a ajuda que darão a sua saúde. Por isso, a nutricionista Roberta Stella, do programa Dieta e Saúde, dá alguma dicas abaixo de como hábitos simples podem livrar você da sensação ruim ao comer. Confira: 

ü  Hora de comer, não de beber! Isso mesmo, o ideal é sempre evitar beber líquidos na hora das refeições. "O líquido dilui o ácido clorídrico fundamental para o processo digestivo, pois é esse ácido que vai transformar a comida engolida em partículas menores, mais fáceis de serem absorvidas. O ideal é não beber nada meia hora antes ou meia hora depois de comer." Caso você não consiga ficar com a boca seca, opte pela boa e velha água. Mas em pequena quantidade, ok?

ü  Mastigação aliada. A correria do dia a dia acaba nos levando para a correria na mesa também e acabamos não mastigando direito os alimentos. "É ruim porque o estômago e o intestino têm dificuldade para absorver os nutrientes, já que a comida chega maior no organismo". Resultado? Problemas de gases em excesso e abdômen inchado. Fora que seu corpo acabará gastando mais energia para fazer a digestão e você fatalmente ficará com mais sono e cansaço, após as refeições.

ü  Descanse um pouquinho, mas não durma! Logo após as refeições é bom evitar realizar atividades físicas intensas e, no outro extremo, evitar dormir. "O sono depois de comer faz com que o metabolismo do corpo diminua. Os exercícios físicos também são ruins porque reduzem a quantidade de sangue disponível para digerir os alimentos. Das duas formas, a comida fica mais tempo retida no organismo, que produz toxinas geradoras do mal-estar", ensina Roberta Stella.

ü  Chazinho para finalizar. A nutricionista do Dieta e Saúde ainda indica que beber uma xícara de chá depois das refeições é uma ótima pedida para se livrar da sensação de inchaço."A quentura dessa bebida ajuda a dissolver as gorduras e diminui a formação de gases intestinais."
PUBLICADO NO SITE MINHA VIDA

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Dez Tipos de Alimentos Capazes de Agravar a Gastrite


Eles irritam as paredes do estômago e pioram a inflamação.
Quem sofre com a gastrite sabe bem o quanto incomoda a queimação, o aperto, a cólica e o estufamento que vira e mexe teimam em aparecer. 
Todas essas sensações fazem parte deste quadro inflamatório. O desconforto aparece, principalmente, na parte mais alta da barriga, na boca do estômago. 
Muitas pessoas, por desinformação sobre a doença, agravam os sintomas com uma alimentação inadequada e nem se dão conta do quanto que a comida pode irritar a mucosa gástrica. Alguns alimentos favorecem a secreção de ácido gástrico e, por isso, devem ser ingeridos com cautela, pois agridem as paredes do estômago. 
A seguir, veja quais são eles e saiba por que evitá-los. 

1.Produtos ricos em corantes e conservantes, como sucos em pó e salgadinhos. "Uma vez instalada a inflamação, esses condimentos tem um grande potencial de agravar ainda mais o quadro, pois causam a irritação da mucosa gástrica", afirma a nutricionista Amanda Epifânio, do Centro Integrado de Terapia Nutricional (Citen).

2. Gomas de mascar. Chicletes, com ou sem açúcar, também são nocivos. O estômago se prepara para receber o alimento sempre que mastigamos algo. Esse preparo envolve a produção de uma quantidade adequada de ácido para o processo digestivo. "Com a chegada do alimento, esse ácido desempenha sua função e não é lesivo à parede gástrica. Mas, ao mastigar a goma de mascar, o estômago é 'enganado'. Não ocorre a chegada de alimento na cavidade gástrica e, portanto, a quantidade de suco gástrico produzido pode ferir o estômago e fazer a gastrite atacar", adverte a nutricionista Amanda Epifânio.

3. Frituras e embutidos, como os salgadinhos de festa, salsicha, salame e mortadela. O efeito dos embutidos está associado à quantidade de corantes e conservantes que esses alimentos contêm, causando irritação da parede do estômago. Com as frituras, o processo é muito semelhante. "Preparações fritas, principalmente, de óleos reutilizados, causam grande irritação gástrica e agravam os sintomas da gastrite. Isto acontece porque eles produzem substâncias oxidantes que agravam a irritação gástrica", afirma Amanda Epifânio. Entretanto, essa irritação não se restringe apenas às frituras encharcadas. "As frituras sequinhas, com aparência inofensiva, são, em geral, fritas em gordura hidrogenada ou trans. Essa qualidade de gordura é a que mais irrita o estômago e tem um potencial de aumentar ainda mais a inflamação", conclui a especialista.

4. Carnes vermelhas. O estômago é responsável apenas pela digestão de alimentos protéicos, como as carnes, induzindo ainda mais a liberação das enzimas digestivas e podendo agravar a inflamação. Segundo a nutricionista Amanda Epifânio, além das proteínas, as gorduras presentes em alguns cortes de carne, como a picanha, tornam a digestão mais lenta, deixando o alimento parado no estômago por um período maior, piorando assim os sintomas gástricos.

5. Leite e seus derivados, como iogurte, manteiga, requeijão e queijos. O leite e seus derivados fazem parte dos alimentos protéicos, e a alteração digestiva é semelhante à das carnes. Seu consumo nunca deve ser utilizado na tentativa de melhorar a dor gástrica, pois haverá uma melhora imediata em resposta à chegada de alimento no estômago, mas o agravamento da gastrite virá logo em seguida.

6. Açúcar e doces, como bolos, biscoitos recheados, sorvete e balas. O açúcar tem uma rápida digestão, podendo aumentar a fermentação intestinal e causar o desconforto gástrico. "As balas têm função semelhante a das gomas de mascar e os sorvetes, por serem à base de leite e ricos em gorduras, agravam ainda mais a gastrite", explica Amanda.

7. Condimentos fortes, como pimenta, temperos prontos, molho shoyu, catchup, mostarda. Ninguém em sã consciência colocaria uma gota de pimenta em uma ferida exposta, não é mesmo? O mesmo vale para o nosso estômago. "Na gastrite, há um processo inflamatório e o consumo de pimenta poderá ferir ou agravar a lesão inicial. Os demais molhos são ricos em conservantes e condimentos que também pioram o quadro", adverte a especialista

8. Cafeína, presente no café, nos chás preto e mate e nos refrigerantes à base de cola. Esta substância é um potente irritante gástrico e deve ser evitada durante o tratamento da gastrite.

9. Frutas cítricas, como laranja, mexerica, limão, maracujá, abacaxi e kiwi. De acordo com a nutricionista Amanda Epifânio, o teor de acidez das frutas cítricas pode agravar a lesão gástrica e causar dor.

10. Bebidas alcoólicas. O álcool também é extremamente agressivo à mucosa estomacal. Ele pode causar e/ou agravar um estado de inflamação.


PUBLICADO POR ROBERTA VILELA

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