Verdades e Mentiras sobre o Aparelho Digestivo




O sistema digestivo é responsável pela transformação de alimentos em nutrientes necessários às diferentes funções do organismo e de produzir, que reúne diferentes órgãos, como estômago, intestino, vesícula, fígado e esôfago. Doenças crônicas ou agudas nessas regiões tendem a trazer problemas sérios ao indivíduo. “Nos últimos anos, algumas pesquisas conseguiram demonstrar que doenças, antes descritas de origem nervosa são, na realidade, conseqüências de infecções ou distúrbios da motilidade intestinal, por exemplo.

1.A hérnia de hiato causa azia.

Em partes. Algumas pessoas que sofrem de azia também têm hérnia hiatal, mas ela aparece também com outras doenças. Um problema mais comum associado à hérnia hiatal é o aumento da pressão abdominal produzido por tosses, vômitos, obstipação crônica, esforços físicos abruptos e aumento de peso. A maioria das pessoas acima de 60 anos têm hérnia hiatal e não apresenta qualquer outro problema.

2.Chocolates, mentolados e fumar causam azia.

Verdade. A azia ocorre quando o esfíncter inferior do esôfago, localizado na junção do esôfago com o estômago, relaxa de maneira inapropriada ou apresenta uma fraqueza. Isto faz com que o ácido produzido pelo estômago reflua para o esôfago. Tanto chocolates como mentolados causam esse relaxamento, o que ocasiona o refluxo do ácido. Outros alimentos que contribuem para isso são: tomate e derivados, frutas cítricas, café (cafeína), frituras e gorduras. Com relação ao fumo, estudos revelam que esse hábito diminui o tônus da musculatura do esfíncter inferior do esôfago, contribuindo para o refluxo.

3.O uso de antiácidos melhora a azia.

Em partes. O uso de antiácidos melhora, por um curto prazo, o sintoma da azia. Mas, o consumo indiscriminado pode resultar em sintomas como diarreia, alterações no metabolismo do cálcio (um elemento importante para os ossos) e retenção de magnésio (que pode levar a complicações graves em pacientes com problemas renais).

4.A úlcera é a doença mais comum entre as pessoas sob estresse constante.

Mentira. A úlcera péptica gástrica ou duodenal ocorre em muitas pessoas. Atualmente, sabe-se da existência de uma bactéria chamada Helicobacter pylori que é o grande vilão causador da maioria das úlceras. De acordo com alguns estudos, elas são mais comuns em pessoas de condição socioeconômica baixa.

5.Pessoas que consomem ácido acetilsalicílico regularmente tem maior risco de desenvolver úlcera gástrica.

Verdade. Tomadores crônicos de ácido acetilsalicílico ou que consomem essa substância quatro dias por semana, durante três meses ou mais, tem maior risco de desenvolverem uma úlcera gástrica, como também de apresentarem sangramento desta úlcera (hemorragia digestiva alta).

6. Úlcera péptica (gástrica ou duodenal) deve restringir a ingestão de alguns alimentos.

Verdade. Aconselhamos evitar a ingestão de café, chá mate, chá preto, bebidas à base de cola, alimentos com muito tempero, gorduras, frituras e frutas ácidas como laranja, limão, entre outras, porque aumentam a secreção ácida do estômago.

7.Intestino regular é aquele que funciona todos os dias.

Mentira. A frequência da normalidade varia entre três vezes ao dia até três vezes durante uma semana. Pessoas com intestino regular podem variar dentro desta faixa de normalidade, sem apresentar qualquer problema intestinal. Dessa forma, o entendimento de intestino regular varia de pessoa para pessoa.

8.O uso de laxativos comprados no balcão da farmácia é seguro e cura o problema da obstipação (prisão de ventre).

Mentira. O laxativo, geralmente, resolve o problema por um período, mas o uso indiscriminado e constante, além de danificar a musculatura do intestino, pode levar à redução na absorção de vitaminas importantes e de outras medicações.

9.Doença diverticular (presença de saculações ao redor do intestino grosso) geralmente causa problemas graves.

Mentira. A diverticulose é uma condição onde pequenas saculações (divertículos) desenvolvem-se a partir da parede do intestino grosso. A maioria das pessoas com este problema não apresenta sintomas e não sabe ser portador de divertículos, a não ser através de exames de raio-X ou colonoscopia. Apenas 20% das pessoas portadoras de diverticulose apresentam complicações como diverticulite, perfuração ou sangramento.

10.O alcoolismo crônico é a única causa de cirrose do fígado.

Mentira. A cirrose tem muitas causas, entre elas a hepatite viral. Nas crianças, a cirrose pode ser causada por problemas hereditários, incluindo fibrose cística, deficiência de alfa-1-antitripsina, atresia biliar, doença de acúmulo de glicogênio. Nos adultos, a cirrose ainda pode ser causada pela hepatite B ou outras doenças mais raras, tais como a cirrose biliar primária, doenças de acúmulo de metais no corpo, reação severa contra algumas drogas administradas e exposição prolongada a toxinas do ambiente.

11.Pode-se ter cirrose no fígado e não saber.

Verdade. O início da cirrose é frequentemente silencioso, tem poucos sintomas específicos que, normalmente, se manifestam quando a doença já se encontra em fase avançada.

12.Hemorroidas são a única causa de sangramento vivo do reto.

Mentira. Apesar da maior parte de sangramento vivo do reto ser devido às hemorroidas  sabemos que pólipos e câncer do reto também podem ocasionar este tipo de sangramento. Qualquer sangramento do reto deve ser avaliado por um médico para diagnosticar a causa do problema.

13.A cirurgia de criação de uma ostomia (procedimento cirúrgico que consiste na desconexão de algum trecho do tubo digestivo ou outro qualquer) é um procedimento comum.

Verdade. A ostomia é um procedimento bastante simples e é realizada quando uma parte do intestino delgado ou grosso é removida, criando uma comunicação direta entre a superfície corporal e a porção restante do intestino. Uma bolsa é aplicada no local da ostomia para captar o material expelido pelo intestino. Em situações de cirurgia intestinal de urgência ou no tratamento do câncer de reto, isto pode ser necessário.

Fonte: Portal Fator Brasil - Dr. Vladimir Schraibman

Atenção! As informações desse site visam apenas ajudar na compreensão dos temas, não deve ser usado como guia para diagnóstico e tratamento nem substituir uma visita ao médico.

Orientações para problemas digestivos

Orientação Geral

Existem pessoas que fazem as maiores loucuras alimentares e “não sentem nada”. Mas, para a maioria de nós, isto não ocorre. Travessuras alimentares normalmente provocam má-digestão, gases e incomodações.

Portanto, para EVITAR TAIS PROBLEMAS, apresentamos, abaixo, sugestões para evitar problemas digestivos, OS DEZ MANDAMENTOS DO ESTÔMAGO FELIZ. Siga-os e verá os resultados.

01.Coma REGULARMENTE, evitando longos períodos de jejum e “beliscadas”.
Os horários devem ser, dentro do possível, sempre os mesmos. O ideal é fazer cinco refeições por dia, com intervalos mais ou menos regulares, o que permite evitar exageros, criando, cada um, o seu próprio horário. O importante é TER E CUMPRIR OS “SEUS” HORÁRIOS.

02. NÃO EXAGERE EM NADA.
Procure comer mais nos cafés e lanches e menos no almoço e jantar. Evite empanturrar-se de comida.

03. COMA DEVAGAR, “curtindo” a comida.
Não há tempo fixo, mas nunca menos do que QUINZE MINUTOS por refeição maior (almoço e jantar).

04. MASTIGUE BEM OS ALIMENTOS.
Isto é importantíssimo. Os alimentos só devem ser engolidos depois de transformados numa pasta amolecida pela presença da saliva. A nova “garfada ou colherada” só deve entrar após a boca vazia. CALMA!!!!!!!

05. EVITE BEBER LÍQUIDOS DURANTE A REFEIÇÃO.
A saliva é suficiente para amolecer e fazer descer a comida (desde que você não encha demais a boca, mastigue bem e coma devagar). Líquido demais prejudica a digestão e dilata o estômago acelerando o processo. Se for o caso, tomar no máximo meio copo de água, à temperatura ambiente.

06. EVITE TEMPERATURAS EXTREMAS.
Comida “pelando” ou “gelada” atrapalham a digestão.

07. Para SOBREMESA, prefira FRUTAS FRESCAS, à temperatura ambiente, não esquecendo de deixar lugar para elas. Evite sorvetes e doces em exagero.

08. Só ELIMINE DAS REFEIÇÕES AQUILO QUE REALMENTE LHE “FIZER MAL”, isto é, aquilo que sua experiência pessoal já lhe ensinou ou o que, em virtude de seu problema, costume ser prejudicial. Peça orientação ao seu médico.

09. AO COMER, SOMENTE COMA!
Evite conversar, ler, ver televisão ou ficar rememorando desgraças ou aborrecimentos ou, o que é terrível, discutindo com outras pessoas. Apenas COMA, aos poucos, saboreando os alimentos, calmamente. Quando a gente está nervoso(a) ou aborrecido(a) deve aguardar um tempo antes de comer.

10. Quando, por necessidade, não houver tempo para uma refeição (almoço ou jantar) e seja preciso “comer na rua, numa lanchonete” escolher algo simples: um sanduíche de queijo, um café com leite, uma vitamina de mamão ou banana ou um suco de laranja ou outra fruta, coisas leves.

Evitar frituras ou “bolinhos assassinos”, assim como as maioneses, mostardas e molhos, em principalmente aqueles “de bisnaga” que todo mundo usa, pois é fácil a contaminação. Se considerar importante, usar os sachês (“pacotinhos individuais”).

CERTAMENTE NINGUÉM É PERFEITO E VOCÊ VAI “PULAR A CERCA” COMO TODO MUNDO, MAS QUANTO MAIS PERTO CHEGAR DO CUMPRIMENTO DESTAS ORIENTAÇÕES, MENOS PROBLEMAS TERÁ COM SUA DIGESTÃO, TENHA CERTEZA!

Fonte: www.servmedsaude.com.br

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DISPEPSIA

Chamamos de dispepsia os sintomas relacionados ao abdome superior, comumente chamados de "indigestão". Esses sintomas são vários, incluindo dor, eructação (arrotos), empachamento, peso, pirose (queimação), náusea ou saciedade precoce.
Freqüentemente, as pessoas confundem os sintomas acima com gastrite. Gastrite é uma inflamação no estômago, que pode ou não causar esses sintomas. Do mesmo modo, nem sempre a dispepsia está associada a gastrite.
Estima-se que 25% de todos os adultos tenham sintomas dispépticos ao menos alguns dias por ano e a maioria desses terão esses sintomas ocasionalmente por toda a vida. Cerca de 7% das consultas médicas são feitas por dispepsia e mais da metade das consultas com gastroenterologista.
Cerca de 50% das endoscopias realizadas por dispepsia não encontra qualquer anormalidade e são classificados como portadores de dispepsia funcional. Mesmo com a endoscopia normal, isso não significa que não exista uma alteração. As dispepsias funcionais abrangem um grupo complexo da anormalidades na contração gástrica, refluxo sem erosões, alterações na sensibilidade, lesões por medicamentos (anti-inflamatórios, antibióticos), dieta (álcool, café), diabetes e outras. Úlceras pépticas são encontradas em cerca de 20% e esofagite de refluxo em 15-20% das endoscopias.

Causas de dispepsia
Gastrintestinais intolerância a alimentos ( tomate, pimenta, álcool, gorduras, café )
úlcera péptica
refluxo gastroesofágico
câncer do estômago
gastroparesia ( distúrbio da contração do estômago )
doenças infiltrativas do estômago ( amiloidose, Ménétrier )
síndromes de má-absorção, intolerância a lactose
parasitoses ( Giardia lamblia )
AIDS
isquemia intestinal crônica
desordens funcionais ( dispepsia não ulcerosa, aerofagia, síndrome do cólon irritável )
Medicações anti-inflamatórios não esteroidais, teofilina, digitálicos, potássio, ferro, niacina, quinidina, antibióticos, álcool
Trato biliar colelitíase com cólicas biliares, colecistite aguda, disfunção do esfíncter de Oddi, câncer hepatobiliar
Pâncreas pancreatite crônica, câncer do pâncreas
Sistêmicas diabetes, tireoidopatia, hiperparatireoidismo, insuficiência renal crônica e coronariana, gravidez, colagenoses vasculares, câncer intra-abdominal
Outras causas porfiria aguda intermitente, radiculopatia diabética, compressões nervosas, hérnia interna ou intussuscepção, obstrução intermitente do delgado

Outra confusão freqüente ocorre entre dispepsia e ansiedade. Um diagnóstico completamente errôneo e que costuma ser dado é o de "gastrite nervosa". Ansiedade, stress e depressão aumentam ou fazem surgir sintomas causados por doenças pépticas (úlceras, gastrite, refluxo gastroesofágico) ou participar do processo de dispepsia funcional. A ansiedade leva a alterações da contração gástrica, aumento na secreção de ácido e na sensibilidade do estômago à dor. Portanto, o "nervosismo" faz surgir ou piorar os sintomas decorrentes de uma gastrite, mas não provocá-la. Do mesmo modo, os mesmos sintomas podem existir sem a gastrite.
Pelos sintomas, é quase impossível distinguir entre as causas de dispepsia funcional. O mais importante é observar os "sinais de alarme", que não significam necessariamente uma doença grave, mas é nessas pessoas que o risco é maior de se encontrar uma doença que necessite diagnóstico e tratamento urgentes, como câncer ou úlceras com complicações.

Sinais de Alarme em portadores de dispepsia
Perda de peso
Vômito persistente
Disfagia ( sensação de que comida está parada no esôfago )
Anemia
Sangramento
Maiores de 45 anos

 A endoscopia digestiva alta continua sendo o método de escolha para investigação das dispepsias, uma vez que é altamente preciso no diagnóstico da maioria das causas, é bem tolerado, seguro e, no Brasil, de baixo custo. Exames radiológicos contrastados, apesar de mais baratos, são pouco precisos. A ecografia pode ser utilizada para a investigação de doenças pancreato-biliares, assim como a tomografia computadorizada.
A decisão de se investigar ou não a dispepsia depende de diversos fatores, como a facilidade e o interesse do paciente de ser submetido a exames. De um modo geral, é possível fazer um tratamento empírico (sem o diagnóstico) na maioria dos casos, desde que essa pessoa não tenha os sinais de alarme acima, que tornam a investigação obrigatória.

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GASTRITE

SAIBA MAIS SOBRE A GASTRITE

A gastrite é uma doença inflamatória que se caracteriza por acometimento da camada de tecido mais superficial que reveste o estômago, chamada de mucosa gástrica. Essa inflamação desenvolve-se como uma resposta normal do organismo quando ocorre uma agressão à sua integridade. Entretanto, essa resposta normal pode levar ao desenvolvimento de sinais e sintomas característicos dessa doença. A agressão que desencadeia o processo pode ser aguda ou crônica e, de acordo com seus tipos, podemos classificar as diversas formas de gastrite.

Introdução

O estômago é um órgão de extrema importância para o processo de digestão dos alimentos. Nele, encontramos vários tipos de células com diferentes funções. Algumas produzem enzimas que ajudam na quebra dos alimentos e outras produzem ácido clorídrico, que é responsável pelo ambiente ácido característico desse órgão. Normalmente, há produção de um muco que reveste internamente a parede do estômago, protegendo as células da agressão pelo ácido.

O que causa a gastrite?
A gastrite pode ser causada por diversos fatores diferentes.
Helicobacter pylori: essa bactéria tem a capacidade de viver dentro da camada de muco protetor do estômago. A prevalência da infecção por esse micro-organismo é extremamente alta, sendo adquirida comumente na infância e permanecendo para o resto da vida, a não ser que o indivíduo seja tratado. A transmissão pode ocorrer por duas vias: oral-oral ou fecal-oral. A gastrite não é causada pela bactéria em si, mas pelas substâncias que ela produz e que agridem a mucosa gástrica, podendo levar a gastrite, úlcera péptica e, a longo prazo, ao câncer de estômago.
Aspirina: o uso de aspirina e de outros antiinflamatórios não-esteroides podem causar gastrite porque levam à redução da proteção gástrica. Importante ressaltar que esses medicamentos só levam a esses problemas quando usados regularmente por um longo período. O uso de corticoide por longo período também pode levar a gastrite.
Álcool: pode levar à inflamação e dano gástrico quando consumido em grandes quantidades e por longos períodos.
Gastrite auto-imune: em situações normais, o nosso organismo produz anticorpos para combater fatores agressores externos.
Em algumas situações, entretanto, pode haver produção de anticorpos contra as próprias células do organismo, levando a vários tipos de doenças (por exemplo, lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatóide, diabetes mellitus tipo 1). Na gastrite auto-imune, os anticorpos levam à destruição de células da parede do estômago, reduzindo a produção de várias substâncias importantes. O câncer de estômago também pode ocorrer a longo prazo.
Outras infecções: a gastrite infecciosa pode ser causada por outras bactérias que não o H. pylori, como por exemplo a bactéria da tuberculose e a da sífilis, pode também ser ocasionada por vírus, fungos e outros parasitas.
Formas incomuns: são causas mais raras. Temos as gastrites linfocítica e eosinofílica, a gastrite granulomatosa isolada; e a gastrite associada a outras doenças, como a sarcoidose e a doença de Crohn.
A gastrite aguda também pode ocorrer em pacientes internados por longo período em unidades de tratamento intensivo, em  politraumatizados e em grandes queimaduras.

Quais os sintomas?

A gastrite pode ser completamente assintomática, principalmente nos casos crônicos. Na fase aguda, os sintomas são mais proeminentes. Comumente, os sintomas são:
  • Desconforto na região superior do abdome: pode ser representado por dor ou apenas um desconforto. 
  • Alguns pacientes podem se queixar de uma dor semelhante a uma queimação ou dor que melhora com a ingestão de alimento.
  • O desconforto, geralmente vem acompanhando por náuseas e vômitos. 
  • Saciedade precoce, ou seja, sensação de empachamento logo após a alimentação. Esse sintoma pode levar à redução e perda de apetite. Se a gastrite levar à formação de úlceras gástricas hemorrágicas, pode haver eliminação de sangue nas fezes (que ficam escuras) ou nos vômitos.

Como se faz o diagnóstico?

O médico suspeita de gastrite quando o paciente relata a presença dos sintomas listados anteriormente. O médico investiga seus hábitos alimentares do paciente, uso de medicamentos, consumo de bebidas alcoólicas, se o paciente tem outras doenças já diagnosticadas. A partir daí, exames complementares podem ou não ser realizados.
Importante ressaltar que o diagnóstico de gastrite só pode ser firmado pela endoscopia digestiva alta, quando o médico visualiza a mucosa gástrica lesada e colhe fragmentos (biópsia) para exame citológico. Caso não seja realizada a endoscopia, o diagnóstico mais correto é o que chamamos de Dispepsia, que pode ser funcional ou não.
Se a causa da gastrite for evidente já na história, como por exemplo, o uso de anti-inflamatórios, o médico já indica o tratamento adequado. No caso do H. pylori, a identificação da infecção pode ser feita no material obtido pela biópsia, à endoscopia, através de um teste respiratório ou exame de sangue. Se o paciente for portador dessa bactéria, o médico decidirá sobre a erradicação ou não da infecção, com base no quadro clínico do paciente.



Como é feito o tratamento?

O tratamento da gastrite é direcionado pela causa. Entretanto, alguns medicamentos são utilizados para a melhora dos sintomas enquanto se trata a causa específica. O paciente deve evitar o uso de medicamentos, como a aspirina e outros anti-inflamatórios não-esteróides, bebidas alcoólicas e cigarro.
O tratamento da infecção pelo H. pylori pode ser bastante difícil em alguns pacientes, e não é raro que ocorra a reinfecção. Esse tratamento não é indicado de rotina para todos os pacientes, sendo reservado para aqueles que apresentam úlcera péptica ou linfoma gástrico. Neles, o tratamento é realizado com antibióticos, medicamentos que reduzem a secreção de ácido pelo estômago e também com agentes protetores da mucosa gástrica.
Na gastrite induzida por medicamentos, geralmente a suspensão do agente suspeito leva à resolução do quadro. Associado a isso, utiliza-se medicamentos para melhora sintomática. Em alguns tipos de gastrite pode ser necessário o uso de corticoide, para conter o processo inflamatório e prevenir complicações.
Nos pacientes hospitalizados, em unidade de tratamento intensivo, politraumatizados e em grandes queimaduras, o desenvolvimento de gastrite aguda pode ser dramático. Por isso, neles, é feita a prevenção do desenvolvimento da doença, com o uso de medicamentos que reduzem a produção de ácido, pelo estômago.
Os medicamentos utilizados para melhora sintomática podem atuar no esvaziamento gástrico ou reduzindo a secreção de ácido. Os que melhoram o esvaziamento gástrico são os chamados pró-cinéticos, que reduzem a estase alimentar no estômago e auxiliam na digestão, como por exemplo, a metoclopramida e a bromoprida. A redução da secreção de ácido é eficiente para combater a dor e a azia, e pode ser feita com medicamentos de dois grupos:
Antagonistas de receptores H2: cimetidina, ranitidina. São também usados para a prevenção da gastrite aguda nos pacientes hospitalizados.
Inibidores da bomba de prótons: omeprazol, lansoprazol, pantoprazol.
Outros medicamentos que podem ser usados, eventualmente, são os protetores da mucosa gástrica, como o sucralfato.

Algumas orientações
  • Comer em pequenas quantidades e várias vezes ao dia, evitando ficar sem alimentação por mais de três horas seguidas. 
  • Alimente-se com calma, mastigando bem os alimentos, o que facilita o esvaziamento gástrico e a digestão.Evite os famosos "fast-foods".
  • Consuma bebidas alcoólicas com moderação, se possível evite a ingestão. 
  • Não há motivo para restrição dietética, mas se possível evite ou reduza a ingestão de alimentos muito gordurosos, frituras, doces concentrados, comidas muito condimentadas. Prefira refeições mais leves, de mais fácil digestão. 
  • O consumo de café e outras bebidas que contém cafeína não é contra-indicado se o paciente tolera bem essas bebidas. 
  • Outra questão importante é o cuidado com a higiene pessoal e dos alimentos, para reduzir a transmissão de agentes infecciosos.

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Vesicula Biliar - Cálculo (pedra) na Vesícula Biliar

VOCÊ TEM PEDRA NA VESÍCULA?

O fígado tem várias funções, dentre as quais a produção de bile. A bile é necessária para digerir as gorduras que ingerimos. O fígado produz litros de bile por dia, em ritmo constante de produção. A bile goteja pelo canal do fígado (ducto colédoco), até desembocar no duodeno (duodeno é a primeira parte do intestino). Dessa forma o duodeno sempre tem bile para “recepcionar” uma eventual ingestão de gordura.

O canal do fígado (colédoco) tem uma ligação com um pequeno depósito chamado vesícula biliar, que armazena um pouco da quantidade da bile produzida (20 ml). Quando ingerimos uma refeição gordurosa, o duodeno “avisa” a vesícula sobre a presença de gordura. Em resposta a este aviso, a vesícula se contrai, enviando cerca de 20 ml de bile para o colédoco, o que promove uma pequena injeção extra de bile no duodeno, sincrônica à ingestão gordurosa, e isto auxilia a digestão das gorduras ingeridas.

Algumas famílias, cerca de 20 % das famílias do planeta, têm como característica genética a Preguiça da Vesícula Biliar. Nessas pessoas a vesícula biliar não se contrai por muito tempo assim os 20 ml de bile, que deveriam ir para o colédoco, permanecem na vesícula, onde passam por processo de desidratação, concentração e finalmente a bile começa a empedrar. É desse modo que se formam as pedras da vesícula.

As pedras da vesícula causam sintomas e podem originar complicações.

Os sintomas mais comuns são náuseas e empachamento após refeições gordurosas.

As complicações são devido à migração dos cálculos . Assim, se um cálculo migrar para o ponto de junção da vesícula com o colédoco, ocorre o entupimento da vesícula. Isso faz com que a vesícula se contraia, numa tentativa de se desobstruir.

Instala-se, então, um quadro de dor intensa que se irradia para as costas, geralmente acompanhado de vômitos .

Este quadro, frequentemente obriga o paciente a procurar um Pronto Socorro, onde recebe medicação antiespasmódica, que provoca o relaxamento da vesícula e permite que a pedra volte, o que alivia a crise. Algumas vezes o encaixe da pedra na junção da vesícula ao colédoco é tão firme, que ela não retorna. Nesse caso a cólica não passa . A vesícula entra em sofrimento, infecção e posterior perfuração com peritonite grave. Esse quadro é chamado colecistite aguda.

Algumas vezes estas pedras passam da vesícula para o canal do fígado (colédoco) e o entopem. Quando isso ocorre a produção de bile do fígado não consegue escoar para o duodeno. Ocorrem cólicas e a bile represada no fígado reflui para o sangue, surgindo assim à icterícia (coloração amarelada do paciente). Esse quadro é chamado coledocolitíase.

Quando a pedra da vesícula entope o colédoco pode ocorrer também o entupimento do canal do pâncreas, causando a temível Pancreatite Aguda.

Essas três complicações são muito graves, têm início súbito, e podem até mesmo provocar a morte do paciente.

Outra complicação da vesícula que contém pedras é que nela pode surgir um câncer, com frequência muito maior que na normal. Trata-se de uma patologia rara, porém, quase na totalidade dos casos, incurável.

Assim, se encontramos pedras na vesícula significa que ela é preguiçosa, portanto, não tem mais função. Além disso, ela representa risco constante de cólica, colecistite aguda, coledocolitíase, pancreatite aguda e câncer.

Por isso, é consenso que a vesícula com pedras deve ser extirpada (colecistectomia), e a técnica mais aceita para esta cirurgia é a videolaparoscópica. 

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Soluços

Soluço é um reflexo complexo caracterizado por uma súbita contração do diafragma seguida de fechamento da glote, resultando no som característico. Há um "centro do soluço" na medula vertebral, que recebe informações ( vias aferentes ) do sistema nervoso central, nervos frênicos e nervo vago e transmite o reflexo através dos nervos vago, frênico, torácicos e plexo cervical ( vias eferentes ). Geralmente o soluço é benigno e auto-limitado.


Causas de soluços benignos
Distensão gástrica ( refrigerantes, aerofagia, refeições copiosas )
Mudanças abruptas de temperatura ( ducha, líquidos quentes e frios )
Álcool
Tabagismo
Ansiedade


Tratamento de soluços benignos
Irritar a nasofaringe Tracionar a língua, levantar úvula com colher, estimulação com cateter, tomar 1 colher de chá de açúcar granulado, suco de limão ou vinagre
Irritar o nervo vago Pressão supraorbital, massagem carotídea
Interromper o ciclo respiratório Segurar respiração, Valsalva, espirrar, susto, respirar em saco, compressão da cartilagem tireoide
Irritar o diafragma Pressionar os joelhos no peito, CPAP durante ventilação mecânica
Aliviar distensão gástrica Eructação, aspiração nasogástrica

Mesmo raros, os soluços persistentes persistentes não causam problemas além dos relacionados à sua causa. Relatos de emagrecimento, exaustão ou morte pelo soluço em si não são comprovados.


Causas de soluços persistentes
Sistema Nervoso Central Neoplasias, infecções ( meningite, encefalite ), AVC, trauma, malformações arterio-venosas, esclerose múltipla, cirurgia
Metabólicas Uremia, hipocapnia, distúrbios eletrolíticos, tóxica ( álcool, medicações ), diabetes
Irritação nos nervos vago ou frênico Corpo estranho no ouvido, cânceres gastrointestinais, pneumonia, empiema, infarto miocárdico, pericardite, aneurismas, obstrução esofágica, DRGE, abscesso subfrênico, hepatomegalia, hepatite, colecistite, peritonite, pancreatite
Cirúrgicas Anestesia geral, pós-operatória
Psicogênicas Ansiedade, stress


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Doença do Refluxo Gastroesofágico - DRGE - Hérnia de Hiato

I. Introdução
O refluxo de material ácido do estômago para o esôfago não significa necessariamente doença. Ele é comum e ocorre diversas vezes ao dia em todas as pessoas, mas por curtos períodos de tempo e esse ácido é eliminado do esôfago rapidamente. A mucosa do esôfago é pouco resistente ao ácido, mas tem a capacidade de suportar esse refluxo normal.
Em alguns casos, a mucosa do esôfago pode ter sua resistência diminuída ou o ácido refluir mais vezes ou por mais tempo que a mucosa esofágica pode resistir. O ácido pode ainda refluir até a garganta, ou causar sintomas pela simples irritação do esôfago. Nessas situações, o refluxo deixa de ser considerado normal e trata-se de doença do refluxo gastroesofágico.

II. Fisiopatologia ( como a doença ocorre )
Há diversos fatores que mantém o refluxo gastroesofágico dentro dos níveis fisiológicos:


Fatores que impedem o refluxo gastroesofágico
Anatômicos Entrada oblíqua do esôfago no estômago ( promove o fechamento quando o estômago está cheio)
Roseta da mucosa gástrica ao nível da cárdia que são pregas que se encaixam como uma engrenagem
Elementos de fixação do estômago ( artéria gástrica esquerda e ligamento frenoesofágico ), que mantém o mesmo no lugar
Pilar direito do diafragma ao nível do hiato*
Fator valvular ( prega de Gubaroff )
Fisiológicos Pressão do esfíncter inferior do esôfago (EIE)*
Eficiência do mecanismo de clareamento esofágico ( capacidade do esôfago de empurrar o ácido através das suas contrações )
Saliva (pelo alto teor de bicarbonato e proteínas tamponantes, neutraliza o ácido no esôfago)
Resistência da mucosa esofágica à agressão ( é pouco resistente ao ácido, pepsina, sais biliares e enzimas pancreáticas )
Volume e tempo de esvaziamento do conteúdo gástrico
* fatores mais importantes
Diversas condições facilitam o aparecimento do RGE em níveis patológicos, levando à doença. Um dos mais conhecidos porém mais controversos é a hérnia de hiato, ou hérnia hiatal. Normalmente, o esôfago termina no estômago pouco abaixo do hiato diafragmático. Na hérnia, a transição esofago-gástrica está localizada acima do hiato, o que faz com que o estômago seja submetido à pressão do diafragma, não o esôfago. Enquanto esse é fino e tende a permanecer fechado pela pressão, o estômago tem paredes mais espessas e não cede à pressão do diafragma, deixando espaço livre para que o ácido reflua para o esôfago. No entanto, mesmo sendo mais freqüente em pessoas com DRGE que nas normais, pode haver hérnia mesmo em pessoas sem a doença.
Condições que aumentam a pressão intra-abdominal também facilitam o refluxo por empurrar o conteúdo gástrico para cima, incluindo ascite, obesidade, gravidez e exercícios extenuantes. Outras condições, que levam à redução da pressão intra-torácica, "puxam" o conteúdo do estômago para o esôfago, principalmente as doenças pulmonares e otorrinolaringológicas, aonde o esforço do paciente de respirar leva à essa alteração de pressão.
A influência do Helicobacter pylori na DRGE ainda não está estabelecida. Há estudos que sugerem menor freqüência do DRGE em portadores do H. pylori, assim como há estudos que poderiam indicar um aumento na incidência de DRGE após o tratamento e erradicação da bactéria. O H.pylori produz amônia, que neutraliza parte do ácido, além da gastrite causada pela bactéria alterar a produção de ácido. Mas essa relação ainda necessita de muita pesquisa para ser compreendida. Até o momento, não há indicação ou contra-indicação de erradicar o Helicobacter pylori em portadores do DRGE.
III. Sintomas
Os sintomas da DRGE podem ser divididos em típicos ( pirose e regurgitação ) e atípicos ( de origem esofágica, como disfagia e odinofagia, ou extra-esofágica, como tosse crônica e asma ).
Pirose ( queimação ) é a sensação de queimadura que sobe do epigastro ( aonde fica o estômago, pela região retroesternal ( atrás do osso central do tórax ) e que pode chegar até o pescoço. Costuma estar relacionado a alimentos e à posição ( geralmente piora quando se deita ). Cerca de um terço das pessoas tem esse sintomas uma vez ao mês e 7% de todas as pessoas tem esse sintoma diariamente. Só com esse sintoma, é possível realizar o diagnóstico correto da DRGE em 80% dos casos ( valor preditivo positivo ). No entanto, a ausência de pirose não descarta a presença de DRGE, pois apenas 80% dos portadores de refluxo apresentam esse sintoma.
Regurgitação é o refluxo de pequenas quantidades de material de sabor ácido para a boca, geralmente após as refeições. Ocorre em cerca de um terço dos portadores da doença do refluxo gastroesofágico, mas podem ocorrer ocasionalmente com qualquer pessoa, principalmente após refeições em grande quantidade.
Odinofagia é a dor após engolir, quando o alimento está passando pelo esôfago. Esse sintoma é relativamente raro na doença do refluxo gastroesofágico, pois geralmente reflete erosões mais graves ou úlceras, particularmente aquelas causadas por infecções do esôfago ( monilíase, citomegalovírus, herpes e outras ) ou por medicamentos.

Manifestações atípicas da DRGE
Manifestações Sintoma ou doença
Esofágicas Dor torácica não cardíaca
Pulmonares Asma
Tosse crônica
Fibrose pulmonar idiopática
Fibrose cística
Pneumonias de repetição
Apnéia do sono
Bronquiectasias
Doença pulmonar obstrutiva crônica
Otorrinolaringológicas Otite média
Sinusite crônica
Gotejamento nasal posterior
Laringoespasmo
Estenose de laringe
Estenose glótica
Estenose de traquéia 
Granulomas e pólipos de laringe
Laringite crônica
Laringite posterior
Úlcera de laringe
Úlcera de aritenóide
Hiperqueratose de laringe
Faringite
Rouquidão
Pigarro
Sensação de globus
Neoplasia de laringe
Orais Aftas
Erosões dentárias
Halitose
Alterações gengivais

A intensidade e freqüência dos sintomas não estão relacionados à gravidade de erosões esofágicas nem ao aparecimento de complicações sérias, com úlceras esofágicas, esôfago de Barrett ou câncer. No entanto, alguns sintomas são considerados sinais de alarme e exigem uma investigação mais detalhada:

Sinais de alarme
Disfagia
Odinofagia
Anemia
Hemorragia digestiva
Emagrecimento
História familiar de câncer
Náuseas e vômitos
Sintomas de grande intensidade
Sintomas predominantemente noturnos
IV. Diagnóstico
A endoscopia digestiva alta é o método de escolha para visualização e avaliação da mucosa, devido à facilidade de sua execução e disponibilidade na maioria dos centros médicos em nosso meio. No entanto, a ausência  de alterações endoscópicas não exclui o diagnóstico de DRGE, já que 25 a 50% dos pacientes  dos pacientes com sintomas típicos apresentam endoscopia normal, sendo portadores de doença do refluxo não-erosiva. Apesar de não ser o método ideal para constatar a presença de refluxo gastroesofágico, a endoscopia permanece o exame inicial pois permite avaliar a gravidade da esofagite e realizar biópsias quando necessário.
A pHmetria de 24 horas permite caracterizar o refluxo gastroesofágico, evidenciando a quantidade de episódios e o tempo em que o conteúdo ácido permanece em contato com o esôfago. Se realizado com dois sensores ( dois canais ), permite a avaliação de refluxo ácido para a porção alta do esôfago, ajudando o diagnóstico de manifestações atípicas da DRGE. Está ainda indicada para pessoas que não obtiveram resposta satisfatória ao tratamento e naqueles casos de doença do refluxo não-erosiva.
Outra opção muito utilizada é o teste terapêutico. Quando não há sinais de alarme, o paciente é jovem e os sintomas são típicos de DRGE, pode-se tentar o tratamento medicamentoso e observar o resultado. Uma melhora de 75% dos sintomas em 1 semana é considerada diagnóstico de DRGE.
Há outrs opções de métodos diagnósticos, mas são pouco utilizados e têm indicações limitadas:

Método O que analisa Quando usar
Raio-X contrastado Avalia o contorno interno do esôfago, permitindo a análise de distúrbios de contração, úlceras e estenoses  (estreitamentos ), mas não permite a análise das contrações como a manometria nem a realização de biópsias como a endoscopia. Esclarecimento da disfagia e odinofagia, ou quando não há nenhum outro exame disponível.
Teste de Bernstein & Baker O gotejamento, através de uma sonda, de ácido no esôfago distal, promove o surgimento de sintomas semelhantes às queixas do paciente com DRGE. Como só ajuda o disgnóstico de refluxo mas não dá nenhuma outra informação, não se usa mais.
Cintilografia Analisa o que acontece com o material radioativo que foi engolido. Se aspirado, esse material é visto no pulmão. Permite ainda analisar o tempo que demora para o estômago empurrar todo o material para o intestino. Quando há suspeita de aspiração pulmonar, em crianças pequenas, que não toleram pHmetria e quando é necessário medir o tempo de esvaziamento gástrico.
Manometria Avalia o perfil de contração da musculatura do esôfago, permitindo avaliar se a contração está adequada, se há distúrbios na mesma e ainda a pressão do esfíncter inferior do esôfago. Suspeitas de distúrbios motores do esôfago e na avaliação pré-operatória da DRGE se a opção cirúrgica de tratamento for a escolhida.

V. Tratamento
O principal conceito que deve ser compreendido pelo portador da DRGE é que essa é uma doença crônica, cujos sintomas tendem a voltar logo em seguida ou pouco após o final do tratamento. Sendo assim, mudanças de comportamento devem ser feitas para diminuir ou evitar que o refluxo persista, evitando assim não só os sintomas, mas também as complicações ( estenoses, úlceras, câncer ). Isoladamente, essa medidas têm pouco efeito, mas devem fazer parte do tratamento:

Medidas comportamentais
Elevação da cabeceira da cama em 15-20 cm
Não se deitar nas duas horas posteriores às refeições
Evitar o cigarro
Evitar alimentos que agridam a mucosa ( ácidos )
Evitar alimentos que favoreçam o refluxo frituras e gorduras
tomates e molhos de tomate
alho e cebola
doces e chocolate
mentolados
refrigerantes
bebidas alcoólicas
café, chá preto e mate
Evitar medicamentos que facilitem o refluxo teofilina
anticolinérgicos
beta-bloqueadores
nitratos
bloqueadores do canal de cálcio
Evitar medicamentos que agridem a mucosa quinidina
doxiciclina
anti-inflamatórios
Várias classes de medicamentos foram utilizados no tratamento do DRGE. Antiácidos, procinéticos e bloqueadores H2, apesar de promoverem alívio dos sintomas, são ineficazes no tratamento, levam a efeitos colaterais e/ou promovem tolerância no organismo. O tratamento da DRGE é universalmente realizado com inibidores de bomba protrônica ( omeprazol, lansoprazol, rabeprazol, rabeprazol e esomeprazol ) em todas as suas fases ( aguda, crônica, recidiva e manutenção ) em doses variadas. O tratamento deve ter duração mínima de 6 a 12 semanas, durante a qual a dose poderá ser reduzida gradualmente. Pessoas que conseguem se manter sem medicação por mais de 6 meses sem sintomas poderão ser tratados apenas quando esses surgirem, mas as demais poderão precisar de um tratamento contínuo, com a mínima dose necessária para que continuem sem sintomas. Em alguns casos, no entanto, o tratamento poderá ser cirúrgico:
Indicações do tratamento cirúrgico da DRGE
DRGE complicada úlceras, esôfago de Barrett, câncer
DRGE não complicada manifestações atípicas comprovadamente pelo refluxo
necessidade de uso contínuo de IBP em menores de 40 anos de idade
necessidade de uso contínuo de IBP em pacientes que não podem arcar com os custos

Fonte: Eisig JN, Barbuti RC, Rodriguez TN, Rossini ARA e Ferrari Jr aP em Condutas em Gastroenterologia, 2004, Ed. Revinter

Atenção! As informações desse site visam apenas ajudar na compreensão dos temas, não deve ser usado como guia para diagnóstico e tratamento nem substituir uma visita ao médico.

Calculadora de Taxa de Gordura no Corpo

Esta calculadora serve apenas para se ter uma medição aproximada da taxa de gordura corporal. Um método mais eficaz para medição de taxa de gordura no corpo é pelo cálculo do peso da pessoa sob a água.
Utilize a calculadora abaixo para calcular a taxa de gordura corporal:


 Calculadora % Gordura
Sexo:
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fem
Peso: kgs
Idade:
Altura:
m
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Tabela para Classificação - Taxa de Gordura

Classificação Homens Mulheres
excepcionalmente baixo 6% a 10% 10% a 15%
baixo 11% a 14% 16% a 19%
ideal 15% a 18% 20% a 25%
moderado 19% a 24% 26% a 29%
excesso de gordura maior que 25% maior que 30%

Cálculo do Peso Ideal

Esse artigo explica como calcular o peso ideal.
A calculadora abaixo segue a fórmula conhecida como Fórmula do Dr. Devine, e pode apresentar valores mais abaixo especialmente para mulheres muito baixas. Outro fator limitante dessa fórmula é que não leva em conta a idade da pessoa.
Utilize a calculadora abaixo para calcular seu peso ideal:

Calculadora Peso Ideal
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